O Brasil caiu numa armadilha: não tem dinheiro para investir em infra-estrutura, – condição necessária para um crescimento maior e para reduzir a pobreza – justamente porque gasta em benefícios sociais para aliviar os efeitos dessa pobreza. Para o especialista em contas públicas Raul Velloso, a Constituição de 1988 refletiu o desejo da sociedade brasileira em reparar dívidas sociais antigas, assunto preterido pelos governos militares enquanto estiveram no poder. “O modelo adotado foi o aumento da arrecadação para financiar os gastos públicos”, afirma Velloso. Essa opção, segundo ele, explica as taxas de crescimento medíocres, não superiores a 3%, nos anos posteriores à publicação da Constituição. “Foi uma opção diferente da chinesa. Em 30 anos, a partir de 1978, a economia da China cresceu quatro vezes”, diz ele.
Os princípios econômicos básicos não foram levados em conta na elaboração do texto constitucional. Além dos gastos criados sem pensar nas receitas, a Constituição foi publicada com artigos irreais. Um deles fixava um limite de 12% ao ano para os juros – algo incompatível com a realidade de uma economia de mercado. Se fosse seguido à risca, todos os últimos presidentes do Banco Central deveriam ser presos.
Os princípios econômicos básicos não foram levados em conta na elaboração do texto constitucional. Além dos gastos criados sem pensar nas receitas, a Constituição foi publicada com artigos irreais. Um deles fixava um limite de 12% ao ano para os juros – algo incompatível com a realidade de uma economia de mercado. Se fosse seguido à risca, todos os últimos presidentes do Banco Central deveriam ser presos.
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Será que é vergonha roubar mas não poder levar?
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