MESPR - Movimento de Evolução Social, Político e Religioso

MESPR - MOVIMENTO DE EVOLUÇÃO SOCIAL, POLÍTICO E RELIGIOSO

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O DINHEIRO

“O dinheiro, infelizmente, está acima da democracia” – SENSITIVISTA.

No sistema democrático-capitalista só podemos ter o direito de fazer alguma coisa, de ir e vir, de ser, de construir, de ter saúde, de ter justiça, e outros mais, se tiver grana, dependendo da questão, muita grana. Por exemplo, sabemos muito bem que para proporcionar educação de primeira linha para os nossos filhos, só poucos estão habilitados, pois que custa muito caro, ficando longe do alcance das massas.

Quanto ao Estado que estaria obrigado a fornecer educação de primeira linha, e de graça, não o faz, porque o dia que o fizer, os filhos das classes mais desfavorecidas passarão a ter condições de concorrer em igualdade de condições com os filhos das elites, além de passarem a perceber as coisas erradas que não percebiam. Vai daí que a educação do ensino básico continua ruim e precária, salvo as poucas e raras exceções que não chegam ameaçar os interesses das elites. Nas boas universidades (públicas), só chegam quem pode pagar muito pela educação de base. As massas ficam de fora. Por isso, que os melhores empregos estão na mão dos filhos de ricos.

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O PRESENTE DE SATANÁS - Kadafi

“Para a Líbia, o meu sentimento” – SENSITIVISTA.

Um relato desesperador de um soldado de Kadafi:
“Escondemo-nos, abaixados atrás de cada canto, e, antes de corrermos, atiramos uns montes de granadas aos pés dos inimigos que avançavam. Corremos agachados como gatos, submersos por esta onda que nos arrastava, onde nos tornava cruéis, bandidos, assassinos, até demônios; esta onda que aumentava nossa força pelo medo, pela fúria e pela avidez de vida, força que procurava lutar apenas pela nossa salvação.

Vimos homens ainda vivos que não tinha mais a cabeça; vimos soldados que tiveram os dois pés arrancados andarem, tropeçando nos cotos lascados; outros se arrastavam, puxando atrás de si os joelhos esmagados; outros, sobre as mãos que os seguravam, saltavam os seus intestinos. Vimos homens sem boca, sem queixo, sem rosto...”.

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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

OS PROPÓSITOS DIVINOS

Os judeus dizem em tom de brincadeira que perderam Jesus por uma falha de relações públicas ou humanas. Jesus nasceu de família judia e, mesmo sendo um crítico da sua religião judaica, poderia ter sido apenas mais um dos profetas hebreus. Deu errado. O cristianismo estabeleceu-se como uma nova religião vinda do judaísmo. Os cristãos e judeus, por sua vez, bem que poderiam dizer que perderam Maomé pelas mesmas razões. O profeta criador do islamismo falou com Deus pela intermediação do anjo Gabriel, aquele mesmo que comunicou Maria, da sua sagrada gravidez do menino Jesus. Ou seja, não fossem os descaminhos das desastrosas relações humanas entre judeus, cristãos e muçulmanos, estariam hoje desfrutando a harmonia de suas raízes comuns e não se divergindo em regras e dogmas que separam cada vez mais a humanidade.

As três religiões têm um mesmo ancestral, o profeta Abraão.
Na Bíblia, a violência não é um mal em si, apenas quando não segue os propósitos divinos, exemplo no Deuteronômio:
“Quando pelejarem dois homens, um contra o outro, e a mulher de um chegar para livrar a seu marido da mão do que o fere, e ela estender sua mão, e lhe pegar pelas suas vergonhas, então cortar-lhe-ás a mão; não a poupará o teu olho”,
- e no Corão: “Dêem solidez aos crentes, pois vou instilar o terror nos corações dos infiéis. Degole-os e corte seus dedos.”

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sábado, 27 de agosto de 2011

INTROSPECTIVO - DROGAS

Denis Russo Burgierman - http://veja.abril.com.br/blog/denis-russo/secao/drogas/

O médico Gabor Maté nasceu em 1944 na Hungria ocupada pelos nazistas. Quando era bebê, ele vivia com a mãe num casebre no gueto judaico de Budapeste. O pai estava preso, condenado pelos nazistas a trabalhos forçados. Os avós, pais de sua mãe, seriam deportados para Auschwitz e assassinados. Um dia a mãe levou Gabor ao pediatra, porque o bebê chorava o tempo todo. O pediatra disse a ela que todos os pacientes judeus dele estavam chorando o dia todo.

Obviamente, Gabor não entendia de nazismo e nem sabia o que acontecia num campo de concentração – ele era um bebê. Mas o estresse da mãe, órfã e lutando sozinha para manter uma criança viva, entrava em seu organismo. Hoje ele sabe que crescer naquele ambiente brutal e desestruturado foi determinante para a sua formação emocional. Como ele não pôde receber amor e cuidado suficientes na primeira infância, Gabor tem permanentemente uma sensação de vazio na alma –
uma incompletude, uma carência constante e eterna. Por causa disso, ele tem uma tendência a comportamentos compulsivos. Gabor é viciado em compras. De tempos em tempos, quando a dor aumenta, ele entra numa loja e compra mais do que seria razoável.

Ter vivido isso ajudou Gabor a compreender os mecanismos da dependência. Ele é o autor do livro In the Realm of Hungry Ghosts (“No reino dos fantasmas famintos”) no qual ele revela que, como regra, pessoas dependentes são vítimas de infâncias desestruturadas, como a dele. Os tais “fantasmas famintos” são seres como ele próprio: eternamente carentes de algo. Gabor preenche esse vazio com compras. Outros o preenchem com comida, com sexo, com jogo, ou com drogas. Dependentes severos de crack, cocaína, heroína e maconha são pessoas assim.

“Pessoas com dependências severas foram na maior parte crianças que sofreram abuso”, disse Gabor numa entrevista recente. “Portanto, a guerra contra as drogas é uma guerra contra pessoas que foram abusadas desde que nasceram. Estamos punindo pessoas por terem sido abusadas.”

Essas pessoas têm plenas condições de se desenvolverem bem, de maneira saudável, e de se tornarem adultos bem sucedidos, como aliás aconteceu com o próprio Gabor. Mas, para que isso possa acontecer, elas precisam ser cuidadas. “Fantasmas famintos” são os indivíduos mais frágeis da humanidade, os mais vulneráveis. Eles só têm chances de se desenvolverem se receberem cuidados. E o que estamos fazendo? “Criamos um sistema que repudia, marginaliza, empobrece e adoece os dependentes.” Enfim, nossa sociedade pega os mais vulneráveis e enche-os de cacetadas. Se isso não é covardia, não sei o que é covardia.

Já ouço alguém bradar “o dinheiro dos meus impostos não é para cuidar de vagabundo viciado”. Mas caracas. O nosso sistema atual é muitíssimo mais caro. Manter alguém na cadeia custa dezenas de milhares de reais por ano, enquanto oferecer tratamento custa um preço bem razoável e dá muito mais resultado.

Portugal teve o bom senso de tirar esse assunto da mão de políticos covardes, que se aproveitam da impopularidade dos drogados para incitar o linchamento público e perpetuar a falida guerra contra as drogas. O país montou uma comissão de especialistas, tirou o sistema criminal da jogada e chamou gente com talento para cuidar dos outros para gerenciar o sistema. Surpresa: os dependentes estão conseguindo se curar e estão largando as drogas. Largam porque querem, porque têm força para isso, não porque algum troglodita com cacetete na mão mandou largar.

Aqui no Brasil, nosso sistema se baseia em colocar pequenos traficantes na cadeia. Muitos desses pequenos traficantes na verdade são mães, irmãs e namoradas de dependentes e traficantes, que levam droga para a cadeia ou fazem trabalho de mula para ajudar no orçamento doméstico. Elas são presas e deixam legiões de crianças crescerem sem mãe. Será que essas crianças vão crescer bem?

Nosso atual sistema, assim como aquele sob o qual Gabor nasceu, é uma fábrica de fantasmas famintos. E depois as pessoas acham estranho que, como consequência da guerra contra as drogas, os números de dependentes de drogas no mundo esteja crescendo.


COMENTÁRIO:
Éd Alemão -
Eu recomendo assistir o filme: O Vencedor (a história do boxeador Micky Ward).

PAZ SOCIAL

“As mudanças de hábitos podem promover paz social” – SENSITIVISTA.

Um homem ou uma instituição podem crescer no conceito das coletividades pelas suas conquistas, pelos seus poderes transitórios, pela sua fortuna, mas serão sempre assinalados pela ilusão, se lhes faltarem os princípios humanos da caridade.

As causas da violência estão na falta de trabalho e de habitação, os baixos salários, a desagregação e ausência de valores dentro e fora da família. Os meios de comunicação são responsáveis pela difusão da violência, quando, por exemplo, apelam para o sensacionalismo, propagam a permissividade sexual, a agressão física e o uso das armas.

A família é responsável quando pratica atos abusivos ou negligencia a ação de proteger crianças e adolescentes, como por exemplo: alcoolismo, drogas, pedofilia. A sociedade é responsável quando há omissão coletiva diante da prática da violência e, também, na hora de votar em pessoas desqualificadas. Quando deixam políticos e policiais corruptos nos condenar com as suas atividades indecentes, usando o poder em causa própria.

O governo é responsável quando permite a exclusão social, a corrupção, o nepotismo, a improbidade administrativa, uma política pública que não garante os direitos individuais.

A sociedade necessita de governantes patriotas para evoluir. É como um pai que escondeu a sua riqueza do filho e na hora da morte se arrepende, se colocando como vítima por causa de uma ideologia errada ou ganância deslavada mesmo. E, o filho vendo não se comove e nem se abala, devido às privações que foram impostas em sua vida. Afinal, um pai moribundo, obcecado pela idéia da avareza, chorando o destino que lhe aproxima...

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O NÚCLEO DO HUMANO

Emanuel Medeiros Vieira - Poeta, romancista e contista, nasceu em Florianópolis (SC) em 1945. Participa de diversas antologias de contos. Estreou com A Expiação de Jeruza, em 1972. Têm romances e contos editados, como Os hippies envelhecidos.

André Gide escreveu: “Todas as coisas já estão ditas, mas como ninguém escuta, é preciso recomeçar sempre.” E o ofício de escrever é um eterno recomeçar: lutar com palavras mal rompe a manhã, para usar a expressão de Drummond. Creio que travamos, através da linguagem, o que T.S.Eliot chamou de “combate intolerável com as palavras” que “se estiram, racham, escorregam, perecem.”

Mas a batalha da vida não é formal. O que percebemos é a banalização do mal e não do bem. A mercantilização das relações, a hegemonia do ter e do parecer, o estímulo à futilidade e ao egoísmo, geraram um ilhamento entre as pessoas, onde muitos seres parecem apenas fingir e camuflar os seus sentimentos.

O modelo vigente acreditava que éramos meros números. Minha geração não viu crise maior do capitalismo. Crise ou colapso? O “Muro de Berlim” dos neoliberais? Onde estão aqueles que exigiam Estado mínimo e nos chamavam de dinossauros? Eles tinham verdades consagradas. Diziam que o capitalismo havia vencido.

Como disse Cesar Benjamin num artigo intitulado “Karl Marx manda lembranças”, os “Estados tentarão salvar o capitalismo da ação predatória dos capitalistas”. O que se vê não é erro nem acidente. O projeto todo estava centrado na acumulação do capital. Tantos anos de falso consenso resultaram neste quadro dantesco.

Resultado? Desigualdade social obscena. E assim por diante. Os concílios acabaram com o limbo e com o purgatório. Com o inferno não… Formou-se uma geração de políticos espertos, inebriados pelos marketings, não pela verdade. E a degradação ética, internalizada em muitas almas, parece não ter fim. Só unidos, poderemos recuperar o núcleo do humano.

Não digo nada de novo. Eu sei. Mas nossa força é essa: nossa união, forjada em tantas lutas. Como observou Boris Pasternak, “viver a vida até o fim não é tarefa para crianças.”

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BELO MONTE - ALTAMIRA

Oswaldo Sevá Filho - engenheiro mecânico, doutor em Geografia e docente da Universidade Estadual de Campinas
Dizer que Belo Monte é estratégico para o desenvolvimento do país é uma manobra propagandística dos grupos que empurram esse projeto há mais de vinte anos. Não é verdade! Pelo contrário, se gastarmos com Belo Monte os trinta bilhões de reais, ou mais que custaria a usina, estaríamos deixando de aplicar tais somas em várias outras atividades muito mais benéficas para o povo brasileiro, inclusive no campo da eletricidade.

Quanto ao fundamentalismo barrageiro que infelizmente exala do artigo do Dr. Carlos Lessa, recomendo a ele que estude muito melhor e longamente a documentação técnica e o que já escreveram os críticos do projeto Belo Monte, quem sabe ele se dê conta de que é um péssimo projeto de engenharia, cujas máquinas ficariam paradas alguns meses, por anos, por falta de vazão d' água para turbinar e com riscos geotécnicos nunca dantes assumidos em outras obras no país.

No caso de Belo Monte, licenciaram um projeto completamente não convencional, com conseqüências e riscos totalmente inéditos, sem qualquer tipo de garantia legal de que as precauções e providências devidas serão tomadas, nem na construção, nem na fase de operação. Por exemplo, as vazões em mais de 100 km do rio que ficará “no seco”, o rebaixamento de lençóis freáticos em uma área enorme de matas e vilarejos, a elevação dos mesmos lençóis freáticos em outra área enorme, incluindo quase toda a cidade de Altamira...

Ignoram a existência de atingidos, de expulsos, de gente que precisaria ser reassentada, de fazendeiros, sitiantes, colonos, meeiros, pescadores, castanheiros, que teriam de ter um programa de reorganização de sua atividade agrícola, extrativista, pecuária.

Esses brasileiros inexistem juridicamente, a não ser quando suas propriedades, com todos os papéis em ordem, são indenizadas, o que é obtido por uma diminuta minoria dentre os trinta mil brasileiros que serão atingidos diretamente pelas obras de Belo Monte. O capitalismo todo está aguardando mais esse desfecho favorável, será a maior sangria de todas as feitas recentemente, por 40, 50 bilhões de dólares, vários anos de sustentação...

O que está em risco é a democracia, os direitos humanos e políticos, a preservação de recursos e locais valiosíssimos, com grandes potenciais protéicos, arqueológicos, antropológicos, turísticos...

Quanto mais poderosas as grandes empresas, quanto menos freios tiverem, mais longe estará a sociedade da justiça e da democracia.

Na minha carreira docente, acabo de me despedir, depois de quase vinte e cinco anos, da área de pós-graduação em Planejamento Energético. Vou ficar, até me aposentar, nas Ciências Sociais, estudando e divulgando os problemas das vítimas, dos prejudicados, ameaçados, expropriados por esses projetões malignos.


COMENTÁRIO:
Éd Alemão – Se realmente estes projetões fossem para estimular o desenvolvimento do lugar, casos como Cubatão com seu pólo petroquímico que é o maior da América Latina, onde foram investidos bilhões de reais ou trilhão, era
para esta cidade ser uma Dinamarca ou Suécia brasileira, mas a realidade é bem diferente.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

JESUS CRISTO

Luís Antônio Giron – Editor da seção Mente Aberta de ÉPOCA, escreve sobre os principais fatos do universo da literatura, do cinema e da TV
A revolução ideológica

No final do século XIX e início do XX, tornou-se moda entre muitos eruditos de renome duvidar da existência do homem Jesus Cristo. Segundo eles, Jesus não passaria de um personagem literário, um herói do quarteto de evangelistas do Novo Testamento: Mateus, Marcos, Lucas e João. Nesta segunda década do século XXI, o ceticismo se aprofundou ainda mais. Agora nem mesmo a Bíblia merece crédito nem como documento, nem como texto religioso. Os ateístas militantes rejeitam até mesmo a qualidade literária das Sagradas Escrituras. Muitos padres, pastores, pregadores e gurus de auto-ajuda já tratam Jesus como uma figura de ficção que lhes serve para construir parábolas exemplares – utilizadas para os fins mais variados. Se nos anos de 1960 o Cristo foi confundido com um líder revolucionário, um Che Guevara avant la lettre, que desejava acabar com o capitalismo antes mesmo de o capitalismo ter existido, hoje Ele (ou ele) ganhou um upgrade corporativo e foi convertido no maior gerente de RH de todos os tempos, entre outros títulos nada honrosos, porém muito práticos. Dessa forma, o cidadão Jesus Nazareno propriamente dito, nascido em Belém, na Galileia, judeu por formação e dissidente por vocação, parece experimentar uma fase de descrédito histórico.

No livro Jesus – uma biografia de Jesus Cristo para o século XXI (Nova Fronteira, 208 páginas, R$ 39,90), o historiador britânico Paul Johnson tenta provar que Jesus existiu, e que a própria essência do cristianismo reside em um acontecimento único na história: a presença na Terra de um sujeito que foi a um só tempo Deus e homem. Apesar de se declarar cristão, o conservador Johnson se vale de sua erudição de historiador e de métodos de interpretação contemporâneos para demonstrar sua tese: “Jesus de Nazaré foi, em termos de influência, o ser humano mais importante da história.”

O autor se baseia em fontes legítimas: a primeira epístola de São Paulo aos coríntios, escrita em 50 d.C. – o documento mais antigo que sobreviveu sobre Jesus -, as quatro biografias de Jesus redigidas em grego meio século após sua morte (os quatro evangelhos) e outros 45 relatos lançados nos primeiros cem anos que se seguiram à crucificação. Johnson não tem dúvida de que essas fontes contêm testemunhos da passagem concreta de Jesus. Segundo ele, existe grande número de evidências sobre a existência de Jesus: “Escritores romanos seculares de épocas muito mais próximas à dele, como Plínio, Tácito e Suetônio, consideravam isso certo, assim como o preciso e consciente historiador judeu Josefo, escrevendo uma geração após a morte de Jesus.” Como se não bastasse, das quatro biografias de Jesus, uma delas foi redigida por uma testemunha ocular (João) e as outras a partir de transcrições de relatos orais de testemunhas, levadas a público entre 30 e 40 anos depois da morte de Jesus. Para Johnson, a dificuldade não é a ausência, mas a abundância de fontes. E elas foram utilizadas em cerca de 100 mil biografias de Jesus impressas em inglês, sem contar as inúmeras monografias e ensaios. Só no século XXI, de acordo com levantamento de Johnson, foram publicadas em inglês, cem biografias de Jesus.

O desafio de Johnson é apresentar, de forma racional e científica, aos leitores atuais, a personalidade de um homem “apaixonado, mas reflexivo, direto e sutil, com grande autoridade e até mesmo rígido em certos momentos, mas também infinitamente gentil, compreensivo, compassivo e amoroso, tão deslumbrante em suas excelências que aqueles próximos a ele não hesitaram em aceitar sua divindade”. Neste ponto Johnson resvala na adoração. Mas é a única vez no livro que o faz. Ele faz por merecer e merece o crédito.

Sua biografia de Jesus é uma lição de erudição contemporânea. Ele acompanha a trajetória do biografado sem perder o controle ou a lucidez. Descreve e analisa a Judeia romanizada, pertencente ao Império Romano, que serviu de berço a Jesus, seus primeiros anos e a decisão, aos 30 anos, de reformar a prática religiosa de sua terra. A passagem mais interessante do ensaio se dá no momento em que os documentos não ajudam.
Os evangelhos só narram o nascimento e os doze anos iniciais de Cristo. O evangelho de Lucas, que narra a infância do Cristo, interrompe-se quando José e Maria, depois de correrem Jerusalém inteira, encontram o filho perdido no templo, discutindo doutrina com os sábios judeus. José e Maria ao perguntar por que ele tinha fugido, o preocupado José ouve de seu filho uma frase que poderia lhe ter parecido atrevida e ofensiva: “Não sabíeis que devo estar na casa de meu pai?” Mas José e Maria compreenderam e perdoaram Jesus.
 
Curiosamente, o Novo Testamento só retoma a biografia de Jesus quando está com 30 anos e decide ser batizado por João e iniciar sua pregação.
Os 18 anos de formação foram ignorados. A ausência de documentos serve como deixa para Paul Johnson especular sobre a condição material e a educação de Jesus. O que teria feito Jesus entre os 12 e os 30 anos? Johnson responde à questão sem recorrer a documentos apócrifos e desprovidos de credibilidade.

Como filho da casa de Davi, por parte de pai e mãe (Maria e José eram parentes), Jesus gozava de uma posição social confortável. Aprendeu a ler e a escrever, e deve ter ouvido poesia da boca de sua mãe. Como Jesus não deixou textos escritos, o historiador se baseia nos registros de suas falas para dizer que Jesus era civilizado, educado, culto. Palestrava com precisão e elaborava seus sermões com clareza. “Minha crença é que ele era familiarizado com latim e grego, além de seu aramaico natal e do hebraico que falava e lia como um judeu devoto educado”, escreve Johnson. “Sua composição habitualmente poética das frases, embora natural para ele (bem como para sua mãe) também foi, suspeito, adquirida pela leitura constante de poesia, grande parte da qual sabia de cor. Essa poesia, creio, incluía não apenas textos hebraicos, como o livro de Jó, cheio
de poesia, e as canções religiosas que chamamos de Salmos, mais o tesouro de poetas gregos que na época circulava pelo império. Acredito que Jesus tenha recitado passagens de Homero e Eurípedes, possivelmente também de Virgílio".

Autodidata, Jesus não mostra fazer parte de nenhuma doutrina ou escola filosófica.
Ele não gostava de seguir opiniões alheias. Era de fácil convivência e respeitava a opinião de todos com quem conversava. Possuía, segundo seu biógrafo, uma imaginação “não conspurcada pela sala de aula ou o salão de conferências”.Mesmo assim adquiriu grande conhecimento em comércio e agricultura, conforme seus ditos e parábolas demonstram. Ele deve ter trabalhado em vários ofícios. Além de aprendiz de carpinteiro, profissão de José, ele se envolveu com plantio e criação de ovelhas. Muitas vezes Jesus se refere a seus fiéis como “rebanho”. Daí ser chamado de O Bom Pastor não é apenas uma metáfora, mas um indício de que conhecia a atividade de guardador de rebanhos. E, como tal, conduziu hordas de devotos. Outra pista de seu amor ao pastoreio foi a tendência de buscar lugares altos para meditar e se manter em isolamento.

Para Johnson, o cotidiano dos judeus na época de Cristo era penoso, porque era controlado por uma hierarquia rígida e egoísta. Jesus agiu para transformar o culto monoteísta em uma prática popular, desprovida de classes e voltada para todos os tipos de pessoas. Por isso, afrontou o poder dos sumo-sacerdotes judeus, que colaboravam com o governador romano Pôncio Pilatos. Assumiu-se talvez presunçosamente como filho de Deus. Mas seu propósito era humilde, embora difícil: Jesus desejava que os seres humanos renunciassem à vida material em nome da espiritual. O biógrafo descreve o julgamento que levou Jesus à cruz como um dos maiores erros da história do Direito, perpetrado pelos grandes mestres da Justiça do seu tempo: os judeus e os romanos.

Jesus lutou para combater um mundo irracional e cruel. Um mundo não muito diferente do atual. Segundo o biógrafo, se Jesus aparecesse hoje, ele arrebanharia seguidores assim como encontraria inimigos. E seria mais uma vez crucificado, assassinado. “O cristianismo que ele legou não foi testado e fracassou”, afirma Johnson. Sua doutrina é difícil de ser cumprida. No século XXI, ainda precisaria ser posta em prática.

A afirmação não deixa de ser herética. Mais de dois mil anos de cristianismo foram para o historiador um período inócuo. E talvez seja tarde demais para que ele possa ser observado literalmente. Mesmo assim, se nada do que Jesus disse foi de fato praticado, se nada do que ensinou é verdade, ainda assim sua presença como ser humano se afigura fascinantemente. Ele teria se sacrificado por uma humanidade que não o merecia e, em nome de ideais impossíveis. Jesus Cristo homem foi vítima do seu próprio amor.


COMENTÁRIO
Éd Alemão - Jesus fez parte da seita dos essênios e, viajou ao oriente no período dos 12 aos 30 anos em busca de sabedoria e iluminação. No oriente já existia esta filosofia a mais de 500 anos através de Confúcio.

A COMUNIDADE

“Problema social é problema espiritual” – SENSITIVISTA.

Para termos cidadania a comunidade de bairro precisa se transformar em célula vital, assumindo a sua posição de centro fiscalizador e consultivo perante o governo. O pensamento na coletividade diminui mais a disputa acirrada por ascensão individual a qualquer custo, trazendo uma sensação mais humanitária e um padrão formidável de conforto espiritual, diminuindo assim, a violência.

A nossa crença em Deus será mais fortalecida e vibrante, pois sentiremos a sua presença constantemente através da coletividade. As questões sobre aborto, homossexualismo, drogas, gravidez de filha solteira, prisão de parentes, verba pública e investimentos sociais serão discutidos em reuniões. Transformando-as numa nova forma de religiosidade para serem formadas as opiniões, politizando a comunidade para o seu próprio governo.
Os que fogem aos deveres sociais que pesam sobre o homem de certa posição, evitam muitos aborrecimentos, é morrer para escapar de viver como se deve. O mérito de suportar com firmeza os embates da comunidade, respondendo satisfatoriamente e lealmente ao que deles exigem sua condição e o cargo que ocupam, é uma amostra de grande espiritualidade.

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sábado, 20 de agosto de 2011

DEUS É FIEL

“Deus só vai ser fiel se o povo se unir, caso contrário, é o cão que domina” – SENSITIVISTA.

Na Alemanha de 1910 eu encantava pessoas com os meus trabalhos de comediante em casas de espetáculos. Tinha minha religião judaica como herança de família com uma concepção de vida imutável. Nós dávamos muito dinheiro para os rabinos, e não nos preocupávamos muito com os outros que não eram da nossa religião. A Europa borbulhava em conflitos de interesses econômicos e, a população burra e ignorante não se reunia em associações para buscar uma solução pacífica, evitando assim a guerra. Mas as igrejas viviam lotadas e, o clamor a Deus parecia ser o único remédio para evitar o pior. Sendo que, se houvesse mais união entre os homens, sem religiões e pátrias para separá-los, Deus conseguiria ser fiel e poderoso nos seus desígnios.

Mas a guerra chegou, o clarão do fogo cortava obliquamente a neblina, os canhões rugiam e trovejavam. Sentíamos calafrios. Sentíamos como se o contato de uma corrente elétrica alvoroçasse nosso sangue no mesmo instante em que as primeiras granadas assobiavam, quando o ar estremecia sob os tiros.

Para nenhum homem, a terra é tão importante quanto para um soldado. Nela ele abafa o seu pavor, e grita no seu silêncio e na sua segurança; ela o acolhe e o libera para mais dez segundos de corrida e de vida, e volta a abrigá-lo: às vezes, para sempre!

Eu nunca tinha ouvido cavalos gritarem e quase não podia acreditar. Era toda a lamentação do mundo, é a criatura martirizada, é uma dor selvagem, terrível, que assim geme. Ficamos pálidos. Um deles tinha a barriga rasgada, as tripas penduradas para fora. Tropeçou nos próprios intestinos e caiu, mas levantou novamente.

Nós éramos capazes de agüentar muito sofrimento, mas aquilo era pavoroso. Queríamos levantar-nos e fugir, não importava para onde, somente para não termos que ouvir mais aqueles gritos.

                                      Lucas Pierre (em espírito)

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CONVERSA COM O PASTOR

“Muitos inescrupulosos têm poucos motivos de arrependimento, porque este sentimento lhe parece sempre uma vaidade alheia à sua natureza de sem caráter” – SENSITIVISTA.

Certo Pastor me questionou desta ideologia que criei:

- Por quê você é contra a religião?

- A religião cega os homens bitolando-os em conceitos de perseguições demoníacas, criando-se céus e infernos. Atrapalha o desenvolvimento cultural, intelectual e espiritual, devido aos seus dogmas ditos sagrados e que não podem ser alterados ou muito menos reformulados. A religião é uma mina de ouro para enriquecimento devido à indução da necessidade de dar o dízimo para casa de Deus. Em fim, lavagem cerebral.

- Você não acha que precisamos seguir regras e que a Bíblia tem que ser obedecida? Veja os casos dos casamentos gays. Você concorda com isso?

- Eu concordo porque não sou religioso e não me importo com a Bíblia. É um livro com mais de 2000 anos. Os tempos mudam, o ser humano muda. Quando Jesus pregava, era sem Bíblia e fora das igrejas (sinagogas na época). Eu não sou gay, mas acho que eles merecem seu espaço.

- Mas Deus quer o homem e a mulher juntos para sacramentar a continuidade da espécie humana.

- Meu amigo Pastor, casamento não é só sexo, e sexo faz parte do amor. Pecado é um casal viver toda hora brigando, um suportando o outro. O mais importante é o afeto, a busca do carinho e da compreensão.

- Isso é sem-vergonhice. É coisa do diabo! – disse todo incomodado.

- Pecado mesmo são as igrejas ficarem cada vez mais ricas induzindo o povo a dar dinheiro. Pecado é pedofilia, mentira, inveja, ganância. Pecado é o político ladrão que atrapalha a vida da Nação.

- As igrejas combatem as drogas, a imoralidade, a prostituição.

- Mas estas coisas existem por causa do governo que não tem uma política pública eficiente para repassar nossos impostos e, a religião deveria cobrar isso dos nossos governantes e não cobra. Resumindo, as igrejas são  lacraias do capitalismo.

- É o Mundo! Você é uma pessoa inteligente né Éd? Então me responda: onde estão os políticos que mais roubaram o país?

- No poder.

Assim que respondi, o Pastor balançou a cabeça e me soltou um olhar malicioso, no qual não suportei e sapequei o meu verbo:

- Este poder eu não quero. A cobrança vai ser grande na hora de prestar conta com Deus. Poucos são os que alcançam Deus e nele se conservam com um coração forte.

- Quem é você?! Qual é o seu entendimento sobre religião? – falou todo nervoso.

-  Esta filosofia sobrenaturalística impele as pessoas ao irracional para se ter certa harmonia social, mas confronta com a lógica. Não é necessário a pessoa ser religiosa para ser decente. A decência vem bem antes da religião. E, uma amostra do meu conhecimento religioso é esse: os muçulmanos enxergam os judeus e os cristãos como “povos da bíblia”, que merecem respeito especial por serem monoteístas. O islamismo é visto como o aperfeiçoamento do judaísmo e do cristianismo. As três religiões são reveladas – ou seja, seus livros sagrados foram comunicados por Deus aos mortais valendo-se dos serviços de intermediários, os anjos e profetas. No hinduísmo e no budismo, em contraste, os desígnios divinos precisam ser descobertos pelos homens ao cabo de sacrifício, renúncia e meditação.

Vejam 

A religião pode deixar de existir
http://www.tribunadaimprensa.com.br/?p=21970   

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O ESPÍRITO MALIGNO

“A formação do demônio é o resultado do amor doentio de famílias problemáticas” – SENSITIVISTA.

Muitas famílias vivem um dilema terrível: suportar a dor que se forma na falta de entendimento em suas relações cotidianas. Vou citar apenas um exemplo de muitos que ocorrem em várias casas que caminham para a destruição.

Um homem se casa e tem 2 filhos. A sua mulher que antes era uma ternura se transforma em víbora. Este homem se torna um empresário bem sucedido, com ótima conduta moral e um marido exemplar. A sua mulher se tornou muito vaidosa e contaminou um dos filhos.

A juventude é um recipiente vazio preparado para receber todo tipo de influência. Este filho se tornou um mau caráter devido à mãe sempre protegê-lo de muitas coisas erradas que fazia e, de sempre ver a mãe desafiando o pai numa postura prepotente. Quando o casal não se entende, quando não existe harmonia de pensamentos e cultura, os filhos se dividem. Uns partindo para o pai e outros para a mãe através da formação de seus espíritos.

O espírito maligno não vem do além, ele é criado e se cristaliza devido à soberba, vaidade e arrogância que muitas vezes se forma por falta de uma educação politizada e cosmopolita, e com uma pintada de tempero religioso. Muitos religiosos aterrorizam em seus discursos ou pregações para aplacar seu próprio pânico de não entenderem muito bem as coisas da vida.

Este filho que ficou maldito devido a sua mãe, levou o pai à falência, trouxe a desgraça da separação deles, colocou o irmão numa cadeira de roda e prejudicou muitas pessoas que tinham bons ideais ou Deus no coração. E, por esta ação deste maldito, encheram seus corações de muita raiva.
Os demônios que a igreja prega são meras crendices doutrinárias de idéias absurdas sobre a natureza do mal. Ficaremos, pois, a esgrimir no ar; a apelar, apenas, para o bom senso, moeda muito desvalorizada nas controvérsias religiosas, onde nada se poderá ou deverá opor à contextura de um texto bíblico ou à decisão de um concílio.

Vejam –
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Consciência

Fora corrupção.Vamos viver, pelo menos, com decência!!! A formação política dos chilenos, como de todos os hispano-americanos do começo do séc. XIX, era algo de uma ineficiência gritante. Quase que sem transição, viram-se esses povos donos de seus destinos, sem preparo para a difícil tarefa de governar. Surgiram à tona todas as AMBIÇÕES.