MESPR - Movimento de Evolução Social, Político e Religioso

MESPR - MOVIMENTO DE EVOLUÇÃO SOCIAL, POLÍTICO E RELIGIOSO

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Sócrates


O pensamento do filósofo grego Sócrates (469-399 a.C.) marca uma reviravolta na história humana. Até então, a filosofia procurava explicar o mundo baseada na observação das forças da natureza. Com Sócrates, o ser humano voltou-se para si mesmo. Como diria mais tarde o pensador romano Cícero, coube ao grego "trazer a filosofia do céu para a terra" e concentrá-la no homem e em sua alma (em grego, a psique). A preocupação de Sócrates era levar as pessoas, por meio do autoconhecimento, à sabedoria e à prática do bem.

Nessa empreitada de colocar a filosofia a serviço da formação do ser humano, Sócrates não estava sozinho. Pensadores sofistas, os educadores profissionais da época, igualmente se voltavam para o homem, mas com um objetivo mais imediato: formar as elites dirigentes. Isso significava transmitir aos jovens não o valor e o método da investigação, mas um saber enciclopédico, além de desenvolver sua eloqüência, que era a principal habilidade esperada de um político.

Sócrates concebia o homem como um composto de dois princípios, alma (ou espírito) e corpo. De seu pensamento surgiram duas vertentes da filosofia que, em linhas gerais, podem ser consideradas como as grandes tendências do pensamento ocidental. Uma é a idealista, que partiu de Platão (427-347 a.C.), seguidor de Sócrates. Ao distinguir o mundo concreto do mundo das idéias, deu a estas status de realidade; e a outra é a realista, partindo de Aristóteles (384-322 a.C.), discípulo de Platão que submeteu as idéias, às quais se chega pelo espírito, ao mundo real.


Ensino pelo diálogo
Nas palavras atribuídas a Sócrates por Platão na obra Apologia de Sócrates, o filósofo ateniense considerava sua missão "andar por aí (nas ruas, praças e ginásios, que eram as escolas atenienses de atletismo), persuadindo jovens e velhos a não se preocuparem tanto, nem em primeiro lugar, com o corpo ou com a fortuna, mas antes com a perfeição da alma".

Defensor do diálogo como método de educação, Sócrates considerava muito importante o contato direto com os interlocutores - o que é uma das possíveis razões para o fato de não ter deixado nenhum texto escrito. Suas idéias foram recolhidas principalmente por Platão, que as sistematizou, e por outros filósofos que conviveram com ele.

Sócrates se fazia acompanhar frequentemente por jovens, alguns pertencentes às mais ilustres e ricas famílias de Atenas. Para Sócrates, ninguém adquire a capacidade de conduzir-se, e muito menos de conduzir os demais, se não possuir a capacidade de autodomínio. Depois dele, a noção de controle pessoal se transformou em um tema central da ética e da filosofia moral. Também se formou aí o conceito de liberdade interior: livre é o homem que não se deixa escravizar pelos próprios apetites e segue os princípios que, por intermédio da educação, afloram de seu interior.

Opondo-se ao relativismo de muitos sofistas, para os quais a verdade e a prática da virtude dependiam de circunstâncias, Sócrates valorizava acima de tudo a verdade e as virtudes - fossem elas individuais, como a coragem e a temperança, ou sociais, como a cooperação e a amizade. O pensador afirmava, no entanto, que só o conhecimento (ou seja, o saber, e não simples informações isoladas) conduz à prática da virtude em si mesma, que tem caráter uno e indivisível.

Segundo Sócrates, só age erradamente quem desconhece a verdade e, por extensão, o bem. A busca do saber é o caminho para a perfeição humana, dizia, introduzindo na história do pensamento a discussão sobre a finalidade da vida.

O despertar do espírito
O papel do educador é, então, o de ajudar o discípulo a caminhar nesse sentido, despertando sua cooperação para que ele consiga por si próprio "iluminar" sua inteligência e sua consciência. Assim, o verdadeiro mestre não é um provedor de conhecimentos, mas alguém que desperta os espíritos. Ele deve, segundo Sócrates, admitir a reciprocidade ao exercer sua função iluminadora, permitindo que os alunos contestem seus argumentos da mesma forma que contesta os argumentos dos alunos. Para o filósofo, só a troca de idéias dá liberdade ao pensamento e a sua expressão - condições imprescindíveis para o aperfeiçoamento do ser humano.

O nascimento das ideias, segundo o filósofo 
Sócrates comparava sua função com a profissão de sua mãe, parteira - que não dá à luz a criança, apenas auxilia a parturiente. "O diálogo socrático tinha dois momentos", diz Carlos Roberto Jamil Cury, professor aposentado da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

O primeiro corresponderia às "dores do parto", momento em que o filósofo, partindo da premissa de que nada sabia, levava o interlocutor a apresentar suas opiniões. Em seguida, fazia-o perceber as próprias contradições ou ignorância para que procedesse a uma depuração intelectual. Mas só a depuração não levava à verdade - chegar a ela constituía a segunda parte do processo. Aí, ocorria o "parto das idéias" (expresso pela palavra maiêutica), momento de reconstrução do conceito, em que o próprio interlocutor ia "polindo" as noções até chegar ao conceito verdadeiro por aproximações sucessivas. O processo de formar o indivíduo para ser cidadão e sábio devia começar pela educação do corpo, que permite controlar o físico.

Já para a educação do espírito, Sócrates colocava em segundo plano os estudos científicos, por considerar que se baseavam em princípios mutáveis. Inspirado no aforismo "conhece-te a ti mesmo", do templo de Delfos, julgava mais importante os princípios universais, porque seriam eles que conduziriam à investigação das coisas humanas.

Biografia
Sócrates nasceu em Atenas por volta de 469 a.C. Adquiriu a cultura tradicional dos jovens atenienses, aprendendo música, ginástica e gramática. Lutou nas guerras contra Esparta (432 a.C.) e Tebas (424 a.C.).

Durante o apogeu de Atenas, onde se instalou a primeira democracia da história, conviveu com intelectuais, artistas, aristocratas e políticos. Convenceu-se de sua missão de mestre por volta dos 38 anos, depois que seu amigo Querofonte, em visita ao templo de Apolo, em Delfos, ouviu do oráculo que Sócrates era "o mais sábio dos homens". Deduzindo que sua sabedoria só podia ser resultado da percepção da própria ignorância, passou a dialogar com as pessoas que se dispusessem a procurar a verdade e o bem.

Em meio ao desmoronamento do império ateniense e à guerra civil interna, quando já era septuagenário, Sócrates foi acusado de desrespeitar os deuses do Estado e de corromper os jovens. Julgado e condenado à morte por envenenamento, ele se recusou a fugir ou a renegar suas convicções para salvar a vida. Ingeriu cicuta e morreu rodeado por seus amigos, em 399 a.C

Contexto histórico: Atenas, capital da democracia e do saber
Sob o governo de Péricles (499-429 a.C.), a cidade-estado de Atenas, vitoriosa na guerra contra os persas e enriquecida pelo comércio marítimo, tornou-se o centro cultural do mundo grego, para o qual convergiam os talentos de toda parte.

Fídias, o arquiteto e escultor que dirigiu as obras do Partenon, o maior templo da Acrópole, os dramaturgos Sófocles, Ésquilo, Eurípedes e Aristófanes e o orador Demóstenes são nomes dessa época.

O regime democrático ateniense - restrito aos cidadãos livres, deixando de fora estrangeiros e escravos - foi fortalecido por reformas que limitaram os poderes da burguesia rica e ampliaram os da assembléia e do júri popular. A educação artística do povo foi estimulada pela exibição de obras de arte em locais públicos e pelas representações teatrais.


Para pensar
Ao eleger o diálogo como método de investigação, Sócrates foi o primeiro filósofo a se preocupar não só com a verdade, mas com o modo como se pode chegar a ela. Eis por que ele é considerado por muitos o modelo clássico de professor. Quando você prepara suas aulas, costuma levar em conta a necessidade de ajudar seus alunos a desenvolver procedimentos para que possam pensar por si mesmos? Quer saber mais?

História da Educação na Antigüidade, Henri-Irénée Marrou, 656 págs., Ed. EPU, tel. (11) 3168-6077, 135 reais 
Paidéia - A Formação do Homem Grego, Werner Jaeger, 1413 págs., Ed. Martins Fontes, tel. (11) 3241-3677, 101,40 reais 
Sócrates, coleção Os Pensadores, Ed. Nova Cultural, tel. (11) 3039-0900 (edição esgotada) 
Sócrates, Rodolfo Mondolfo, Ed. Mestre Jou (edição esgotada) 


VEJAM

Cracolândia – www.ed10alemao.wordpress.com

terça-feira, 13 de junho de 2017

O Maior Estupro

“O maior estupro foi feito por Gilmar Mendes”, diz vítima de Abdelmassih
Vítimas do médico estuprador Roger Abdelmassih não perdoam Gilmar Mendes e devem representar contra o ministro do STF na Corte Internacional

Algumas das mulheres estupradas pelo médico Roger Abdelmassih, preso no Paraguai, devem representar contra Gilmar Mendes na Corte Internacional.
Uma delas, ao recebê-lo no aeroporto, avisou, dirigindo-se às câmeras de TV: “Não tem ministro que vai tirar você daqui”. Abdelmassih foi condenado a 278 anos de prisão pela Justiça criminal de São Paulo em novembro de 2010, acusado de 52 estupros de suas próprias clientes. Estava detido.
Gilmar, então presidente do STF, entendeu que ele deveria recorrer em liberdade da sentença porque não representava perigo. Já tinha o registro cassado, não podia mais exercer a profissão e, portanto, não teria como continuar cometendo o crime. No início de 2011, Abdelmassih era um foragido.
Gilmar é o mesmo que considerou “estranho” o episódio das doações feitas para pagar multas dos réus do mensalão. “Imagino que os militantes se disponham a cumprir alguns dias nos presídios”, disse, em resposta a uma carta de Suplicy.
Em matéria de estranheza, ele possui antecedentes. Concedeu habeas corpus a Daniel Dantas, preso pela Polícia Federal no caso Satiagraha em 2008. Fez o mesmo com Cristina Maris Meinick Ribeiro, condenada por sumir com o processo de sonegação fiscal da Receita Federal contra a Globo.
Em maio de 2010, o habeas corpus de Abdelmassih fora negado pela ministra Ellen Gracie. Gilmar, porém, cravou que não havia elementos “concretos e individualizados, aptos a demonstrar a necessidade da prisão cautelar do ora paciente”.


A escritora Teresa Cordioli, vítima do médico nos anos 70, não perdoa o juiz. “O maior estupro foi feito pelo Gilmar Mendes, que o soltou. Aí nós criamos mais força na busca”, disse.
Gilmar nunca se manifestou sobre o episódio Roger Abdelmassih.


COMENTÁRIOS
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Desconsiderando o efeito canalhice, o que pesa de fato contra os juízes brasileiros é o famoso termo "falta de bom senso". O juiz estuda 40 anos a ciência do Direito e deixa de lado a coisa mais importante, que até os analfabetos possuem às vezes, que é o bom senso. O sujeito é condenado a 278 anos de prisão. Não tem relaxamento de pena que livre o mesmo da prisão perpétua, é óbvio que ele vai dar no pé. Cadê o bom senso dum juiz desse?


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Só de pensar que é este tipo de pessoa que representa a "casta" do sistema jurídico brasileiro, me dá "asco".

Depois vem alguém querendo defender a idéia de que uma outra revolução no Brasil é retrocesso democrático.

PENSEMOS :
1- O escândalo da mandioca deu no quê ?
2- Que notícia se tem acerca do escândalo dos "anões do orçamento" ?
3- Por qual motivo não se consegue barrar a entrada de armas e drogas nas fronteiras do país ?
4- Alguém consegue me responder qual é a razão pela qual os governos dão prioridade à contratação de trabalhadores de ONGs e demais cooperativas para ocupar cargos que são típicos "de carreira", como por exemplo o pessoal da área de saúde, em detrimento à contratação de pessoas aprovadas nos concursos públicos ?
5- Qual é a verdadeira razão pela qual o Ministro aposentado JOAQUIM BARBOSA abdicou de seu direito de permanecer no serviço ativo até completar seus 70 anos de idade em um cargo que lhe garantia a permanência por mais 10 anos ? Vontade própria pu ameaças de morte contra ele e de seus familiares. O povo aumenta mas não inventa !
6- Por qual razão SERGIO CABRAL optou por contratar serviço terceirizado de aluguel de veículos para dar atendimento à Polícia Militar do Rio de Janeiro, se é público e notório que este tipo de despesa é má gestão do dinheiro público, pois o quanto se gasta com este tipo de serviço ao longo de 2 ou 3 anos daria para a compra e conservação de toda a frota ?
7- Tem gente morrendo na fila de atendimento do INTO (para quem não sabe é o Instituto Nacional de Traumato ORTOPEDIA), enquanto o governo federal gastou bilhões e bilhões de reais em obras faraônicas para a copa do mundo.
8- Não cabe na cabeça de ninguém que a compra da refinaria de Pasadena no Texas (EUA) pelo preço que foi pago, foi realizada com absoluta isenção de interesses pessoais.
9- Até hoje não se tem notícia do que teria sido feito para penalizar os políticos que roubam o dinheiro público, como os mais diversos escândalos que se teve notícia. Querem que eu enumere ? ................Não será possível pois neste espaço que me reservam não caberia todo o rosário do que eu nestes meus 62 anos de idade já assisti !
10- É bom parar por aqui, pois se não os leitores não terão paciência de lerem tudo o que eu tenho para escrever e demonstrar QUE SÓ MESMO UMA OUTRA REVOLUÇÃO VAI DAR SOLUÇÃO NESTE PAÍS.

https://imgs.jusbr.com/profiles/4034220/images/1485645761519_small.jpg
Faltou só perguntar se precisa desenhar ou consegue entender. Desde a "descoberta" em 1500 não tivemos um governo que pensasse no bem do país. Veja os exemplos de Austrália, Nova Zelândia, Cingapura entre outros que colonizados por europeus, principalmente ingleses, desenvolveram a olhos vistos. Já nós que tivemos a sorte de sermos colonizados, assim como os africanos e parte da Índia, pelos portugueses ficamos a admirar a natureza e esperar o "bonde" passar.


https://az.jusbr.com/static/image/avatar_g_small.jpg
O Brasil é uma panela de pressão no limite, e as válvulas de escape tradicionais (carnaval, futebol, drogas) já não estão mais dando conta.
Teremos mais protestos. É uma certeza lógica.

Gilmar Mendes           Roger Abdelmassih


Fui estuprada e imaginei que a culpa fosse minha

Aos 13 anos, eu não sabia que a culpa não era minha. Eu não sabia que eles deviam ser punidos. Fiquei com raiva e culpa. Só soube que a culpa não era minha e que a culpa nunca é da vítima muitos, muitos anos depois





Eu tinha 13 e era fã de Skid Row, Faith No More e Ramones. Pintava os cabelos de preto azulado, usava um piercing no nariz e era gamada num menino cujo apelido era Samurai.
Ele era mais velho, tinha uns 16, e não era da minha escola.
Tinha uma festa e seria na casa do tio de um colega.
Me arrumei toda linda & roqueira com aquele meu cabelo até a cintura e minha camiseta dos Ramones e fui. Cheguei e procurei Samurai de cara. Ele nunca tinha me dado bola, mas eu sabia que tinha crescido naquele ano e que ele talvez me notasse. Eu tinha até peitos! Vai que, né?
A casa tinha uma piscina e um bar lá atrás.
E foi pra lá que eu fui. Era onde estavam os meninos mais velhos, né? O que eu ia querer com os pirralhos da escola?
E foi lá que eu tomei minha primeira dose de uísque. E a segunda, e a terceira e outras.
E foi lá que eu finalmente consegui beijar o objeto do meu desejo, depois de tanto tempo.
E foi lá, no banheirinho da casa dos fundos ao lado da piscina, que eu fui estuprada.
Não foi o Samurai.
Mas os moços que lá estavam acharam que ora, se essa menina está bêbada e praticamente desacordada depois de vomitar muito, é claro que vamos passar a mão. Vamos levar pro banheiro. Vamos abusar e enfiar garrafas nela, porque ela não devia ter dado esse mole de beber tanto perto dos meninos mais velhos. Quem mandou dar mole?
Ainda me largaram de cara na pia e eu fiquei com o olho direito roxo.
Eu não sabia que a culpa não era minha. Eu não sabia que eles deviam ser punidos. FIquei com raiva e culpa. Mas não fiquei com vergonha.
Segunda-feira, quando cheguei na escola, a história tinha se espalhado. E sabe qual era a história?
A Clara é uma vagabunda e deu pra três no banheiro da festa.
TODA a escola estava falando isso, com exceção de uma garota mais velha, que me disse que eu não deveria ficar triste. Mas eu não estava triste, eu estava era achando todo mundo muito babaca e morrendo de raiva. Como é que essas pessoas estavam falando isso? Como é que elas podiam afirmar o que tinha acontecido? Por que ninguém me perguntou nada? Ora, era a Clara, a maluquinha, a filha de artista, a que não se importava com a opinião dos outros, devia ser verdade.
Esse foi o momento em que eu vi que o mundo era escroto. Esse foi o dia que eu lembro nitidamente de olhar pra toda aquela gente falando de mim no intervalo e pensar: NINGUÉM SABE NADA.
Com 13 anos eu fui estuprada.
Eu só falei pros meus pais anos depois porque achei que eles também me culpariam. Achei que eles ficariam putos comigo e que eu não poderia mais sair. Achei um monte de coisas erradas. A coisa mais errada disso tudo foi achar que a culpa tinha sido minha. Que eu não deveria ter bebido. Que eu não deveria ter ficado no meio desses caras. Que eu “ter peitos” e querer ser notada e parecer mais velha era parte do problema.
Eu só soube que a culpa não era minha muitos, muitos anos depois. Depois dos 15, depois dos 20, depois até dos 30.
Não vou entrar nos detalhes das sequelas emocionais que esse evento me deixou. Não vou contar de alguns traumas que tenho até hoje por causa de uns caras que muito provavelmente não têm sequer noção do que fizeram. Pode até ser que eles tenham família e filhos hoje, pode ser que lembrem disso como “uma menina bêbada que zoaram numa festa”, coisa de adolescente.
Isso aconteceu há 22 anos.
Nada mudou. Acho até que piorou. Se tivesse acontecido hoje, eles provavelmente teriam registrado e espalhado, como fizeram esses babacas em Pinhal, no mesmo Rio Grande do Sul onde nasci.
E o que esses babacas estão dizendo?
O ciclo sem fim de culpar a vítima. 74 pessoas curtiram isso.
Ela estava pedindo. Ela tinha bebido. Se ela foi para uma casa com uns caras é porque estava querendo.
Ainda não ensinaram os meninos a não estuprar. Ainda não ensinaram a eles que as mulheres não são corpos disponíveis. Ainda não ensinaram que quem cala não consente. Ainda não ensinaram que isso é crime.
Não, não são as meninas que têm que se cuidar porque “sabem como são os meninos” Não, isso não é instinto. Não, isso não é normal.
Isso é a nossa sociedade misógina punindo as mulheres desde cedo. “Tri de boa”, com outras meninas reproduzindo essa cultura nojenta de culpar a vítima, porque também não ensinaram a elas que pode acontecer a qualquer uma.
Isso tem que ter fim.
Contar a minha história depois de tanto tempo é romper com um silêncio que deveria ter sido rompido na época e que não deve persistir.
A culpa nunca, nunca, nunca, nunca, nunca é da vítima.

 

 

Comentários

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Jonas SchlesingerPOSTADO EM 21/AUG/2014 ÀS 10:38

Têm caras que não dão moleza não. O mais sensato para uma garota é não facilitar, o contrário que aconteceu com ela. Não quero defender quem comete isso, mas hoje em dia as meninas ficam "alegres" mais cedo. Com 11 anos já vemos que têm garotas querendo namorar, vestindo-se como periguete e desejando o namorado como um bando de lobas famintas prontas para comer o próximo naco de carne. A família hoje vai muito de mau a pior e os pais também têm responsabilidade principalmente quando se tem filha. Não há desculpa para que eles fizeram, mas ela facilitou e muito.

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GiselePOSTADO EM 21/AUG/2014 ÀS 11:28

Principalmente quando se tem uma filha?? A curiosidade sexual existe para ambos os gêneros, assim como o menino começa a se descobrir no banheiro, a menina também o faz. E não, não é principalmente quando se tem uma filha que há de ter responsabilidade sobre eles. E sim, nós, mulheres, sempre acabamos por achar que a culpa é nossa, porque é isso que essa sociedade machista dissemina, é isso que muitos alardeiam. Uma menina de 3, 4 anos também deve cuidar como se comporta? Como se veste? Como senta? Uma menina de 3, 4 anos ser abusada por um senhor de quase 60 anos, e a culpa é dela? Uma menina que aos 3, 4 anos foi abusada e continua achando que o erro foi dela? Não somos nós mulheres as erradas, as que se vestem de "periguete" para atiçar o imaginário masculino, até que eles avancem sobre nós como bichos, como nossos donos, nossos superiores. Afinal, eles cresceram ouvindo que a culpa é da mulher que usa roupa curta, roupa justa, blusa decotada. Então, caro Jonas, a responsabilidade é dos pais quando se tem filho homem também, a responsabilidade é dos pais de dizer para eles que eles não podem possuir através da força quem eles desejarem, porque as meninas não estão aí para servirem sexualmente os seus desejos mais sórdidos. E isso se ensina desde pequeno Jonas, para que não cheguem na idade adulta abusando de crianças, adolescentes, mulheres adultas, como se elas fossem as que provocam, as que "pedem" para serem estupradas.

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Marcos ViniciusPOSTADO EM 21/AUG/2014 ÀS 12:16

Tinha que aparecer um para justificar esse abuso em cima das mulheres. A culpa não é, nunca e nem será da mulher por ser estuprada. Se fosse por isso teríamos muitos estupros nas praias, afinal muitas estão "facilitando" não é? Sinceramente, eu e nem ninguém tem obrigação de respeitar essa sua "opinião"! E quanto à Gisele meus parabéns para a sua resposta!

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LauraPOSTADO EM 21/AUG/2014 ÀS 14:01

Fantástico Gisele!!! Eu sou mãe de um menino e sempre me preocupo em a educá-lo (embora ele ainda seja uma criança) para que se torne um homem de fato!! Essa atitude idiota, imbecil e animalesca de atacar mulheres é coisa de troglodita!! Homem que é homem só faz sexo com concessão, e uma CONCESSÃO CLARA!! Se a garota está bêbada o papel de um homem é levá-la para casa DELA em segurança!! Homens devem proteger e não ameaçar!!

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MárciaPOSTADO EM 21/AUG/2014 ÀS 11:35

Jonas Schlesinger, leia mais trinta vezes o artigo e tenha uma filha, ok.

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LoriPOSTADO EM 21/AUG/2014 ÀS 11:36

Jonas, so pra me ater ao "os pais também têm responsabilidade principalmente quando se tem filha". Na verdade, os pais tem muita responsabilidade quando se tem filhos em geral. Mas pais de meninos tem a obrigacao - antes de qualquer coisa - de ensinar seus filhos a nao estuprarem e agredirem mulheres, independente do que elas estejam vestindo ou como estejam se comportando. A nao ser que queiram ser pais de estupradores.



VEJAM



segunda-feira, 12 de junho de 2017

Imundice na Igreja Católica

G1

Freira é acusada de conivência com abuso de crianças surdas na Argentina

Religiosa é acusada de omissão e de esconder abuso de crianças por padres de instituição.


A freira Kosaka Kumiko foi acusada pelo Ministério Público por suposto envolvimento em um famoso caso de abusos sexuais de menores de idade em um instituto para deficientes auditivos na província de Mendoza, no oeste da Argentina, informaram à agência EFE fontes da Justiça nesta sexta-feira (5). A religiosa, de origem japonesa, é acusada "por omissão" do crime de abuso sexual com "acesso carnal severamente agravado".

Depois de ficar um mês foragida, a irmã se entregou há três dias em Buenos Aires e, já detida, foi levada a Mendoza, onde ontem depôs ao promotor, que comunicou sua decisão. "Não houve perguntas por parte de órgão nem da acusada. Ela deu sua versão. Negou os fatos e disse que estava para servir, fazer o bem e cuidar dos meninos", acrescentaram as fontes sobre o depoimento. A acusada foi encaminhada depois a uma penitenciária feminina.

O caso
Outras cinco pessoas já foram presas acusadas de diversos casos de abuso sexual contra crianças com idades entre 10 e 12 anos no Instituto Antonio Próvolo, em Luján de Cuyo. Os detidos são dois padres - Nicolás Corradi, de 80 anos, e Horacio Corbacho, de 55 anos, - e três funcionários.

A história veio à tona no final de 2016, quando uma adolescente disse, em linguagem de sinais (LSA - Lengua de Senas Argentina), ter sido abusada por Corbacho quando tinha cinco anos. Ela afirmou que uma freira com "traços orientais" foi quem colocou a fralda nela depois da violação, escondendo e tendo conhecimento de que tinha sido estuprada, o que a torna cúmplice primária do delito do abuso.

Kosaka Kumiko chegou a Próvolo em 2007 e ficou na região por muitos anos, até buscar outros centros religiosos. Segundo o processo, a freira escolhia as crianças mais vulneráveis para serem entregues aos estupradores. Ela as golpeava sistematicamente e a mais submissas eram entregues aos violadores.

Em investigações realizadas nesse instituto foram encontrados vídeos com imagens pornográficas e 550 mil pesos (cerca de R$ 113 mil). Os casos comoveram o país e fizeram às autoridades educacionais tomarem medidas no local.


Éd Alemão

Em meio a tantos relatos assombrosos, chama a atenção, mais uma vez, a omissão da igreja católica. Por que a igreja deixou que criminosos agissem livremente? Por que a igreja enviou o padre Corradi para a Argentina, se ele já acumulava dezenas de acusações de estupro de crianças na Itália?

Em 2009, casos de abusos vieram à público em Verona e o padre Corradi foi citado como um dos abusadores. Até quando a instituição vai abafar crimes que ocorrem debaixo de seu nariz?


Padre Horacio Corbacho, 56 anos


Padre Nicola Corradi, 83 anos


Freira Kosaka Kumiko



VEJAM



sexta-feira, 2 de junho de 2017

Caso Suzane von Richthofen

Irmão de Suzane tem quarto só pra ele, evita pátio e ocupa ala trancada

MARIANA ZYLBERKAN
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) –
Na madrugada de quarta-feira (31), quando chegou para ser internado na Casa de Saúde São João de Deus, em Pirituba, na zona norte de São Paulo, Andreas von Richthofen, 29, teve que ser escoltado por seguranças do local, dado o alvoroço causado com a sua presença entre os outros internos. "Todos queriam vê-lo de perto", disse um deles, que não quis se identificar.
Segundo relatos à reportagem, o irmão de Suzane von Richthofen, presa por ter participado do assassinato dos pais em 2002, se revoltou contra a internação e teria quebrado um dos vidros da portaria antes de ser contido por funcionários da clínica.
Um dia antes, após ser pego tentando pular o muro de uma casa na região do Campo Belo, na zona sul, Andreas Richthofen foi encaminhado por policiais à ala psiquiátrica do Hospital Campo Limpo, também na zona sul.
De acordo com médicos que o atenderam no hospital, ele estava desorientado, com as roupas rasgadas e ferimentos pelo corpo. Um deles disse que seu quadro era de esquizofrenia. Horas depois, o irmão de Suzane foi transferido para a clínica em Pirituba.
Desde que foi internado, ele saiu poucas vezes do quarto, apenas para dar pequenas caminhadas pelo corredor da ala onde ficam outros cerca de 30 pacientes.
Os quartos ficam em um corredor com piso de lajotas e paredes verdes e brancas, isolados por uma porta de ferro, mantida sempre trancada. Apenas enfermeiros, médicos e alguns funcionários podem abri-la e acessar a ala.
Todos dividem o cômodo com ao menos mais um interno, e Richthofen é o único que está sozinho no quarto.
As refeições são levadas por enfermeiros até ele, diferentemente dos outros pacientes, que se alimentam todos juntos em um refeitório com mesas e cadeiras de plástico. No primeiro dia, foi servido arroz, feijão, salada, pedaços de frango empanados, gelatina de sobremesa e suco artificial de limão.
Ele ainda não apareceu no pátio onde os internos se reúnem para praticar exercícios todos os dias entre 9h30 e 13h -horário no qual o almoço é servido no refeitório.
Ninguém tinha ido visitá-lo até a tarde desta quinta-feira (1º). As visitas são permitidas diariamente após as 15h.
Como chegou com as roupas rasgadas, ele agora usa roupas doadas. Em alguns casos, a clínica evita visitas na primeira semana de internação, até o paciente se adaptar ao ambiente da clínica e começar a ser acompanhado por um grupo de psicólogos.
Richthofen está na parte menos populosa da clínica, ocupada por dependentes de álcool e drogas, além de portadores de doenças mentais, que fazem tratamento particular, apesar de ele ter entrado ali como paciente do SUS.
CRACOLÂNDIA
Na ala dedicada a atender pacientes vindos da rede pública, há cerca de 200 pacientes. Alguns deles reclamam da superlotação da clínica nas duas últimas semanas, após ação policial que, no dia 21, dispersou os usuários de drogas na cracolândia.
Diariamente, chegam entre dez e doze novos internos na clínica, sempre no período da madrugada.
Na manhã desta quarta-feira (31), por exemplo, uma briga por cigarro entre os pacientes terminou com um deles com o nariz quebrado.
De acordo com os internos, situações como essa eram raras antes do aumento da ocupação no local.
Há ainda por lá mais dois complexos. Um atende apenas mulheres, e outro passa por reformas para ampliar o atendimento a internos vindos da rede pública.
Todos os prédios são rodeados por uma área arborizada onde há bancos para os pacientes receberem visitas. Eles também têm acesso a salas equipadas com televisão ligada o dia inteiro.
A clínica São João de Deus tem convênio com a prefeitura desde 2012 para ceder 30 leitos de internação para dependentes químicos à rede pública ao custo mensal aproximado de R$ 158,1 mil.
A clínica recebe da administração R$ 170 por dia para cada paciente. No último sábado (27), a prefeitura formalizou um aditamento ao contrato para reservar mais 90 leitos até 20 de abril de 2018.

Éd Alemão

É desolador o cenário destas vidas que foram destruídas por um golpe brutal. Será que apenas o golpe de Suzane foi brutal? Será que seus pais foram tão inocentes? Tem mais coisa nisso. Acredito que não foi uma simples atitude motivada pela recusa ou repressão dos pais ao namoro de Suzane. Acredito que seus pais a abusavam sexualmente. Tanto ela como o seu irmão. É minha hipótese devido aos fatos e comportamentos dela com o seu irmão. Seus olhares mostram muito isso. São de pessoas abusadas sadicamente com um sentimento de grande repulsa. Isso um dia vai ser revelado. É difícil porque é algo nojento e reflete muito na vida cotidiana futura com esse caráter repugnante.


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Consciência

Fora corrupção.Vamos viver, pelo menos, com decência!!! A formação política dos chilenos, como de todos os hispano-americanos do começo do séc. XIX, era algo de uma ineficiência gritante. Quase que sem transição, viram-se esses povos donos de seus destinos, sem preparo para a difícil tarefa de governar. Surgiram à tona todas as AMBIÇÕES.