MESPR - Movimento de Evolução Social, Político e Religioso

MESPR - MOVIMENTO DE EVOLUÇÃO SOCIAL, POLÍTICO E RELIGIOSO

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Muito mais que um massacre

Mariúcha Fontana – Opinião Socialista

Genocídio. É única palavra que descreve o que está acontecendo com os guaranis Kaiowás. Segundo o Conselho Missionário Indigenista (Cimi), nos últimos 12 anos, foram assassinados 390 kaiowás. É uma média de 30 assassinatos por ano. Os relatos dos kaiowás sobre as barbaridades cometidas pelos fazendeiros e pistoleiros são de arrepiar.

Os kaiowás sempre viveram nas terras do sudoeste do Mato Grosso do Sul. Porém, desde que os colonizadores chegaram à região, seu território foi roubado. Roubaram inclusive seus nomes. A maioria dos sobrenomes dos kaiowás foi dado pelos donos de fazendas que invadiram suas terras.

Além dos assassinatos, outro fato que chama a atenção são os mais de 700 suicídios registrados entre os kaiowás. Sem sua terra original, sem poder plantar seu roçado e manter seu modo de vida, o suicídio se tornou uma via de fuga desesperada.

Em 2012, uma carta dos kaiowás comoveu o país e teve ampla repercussão. A carta falava em “morte coletiva” e foi interpretada como um anúncio de suicídio coletivo dos indígenas frente a uma ordem de despejo da terra onde viviam.

“Quando os nossos se suicidam, é porque não conseguem lidar com a humilhação e com a violência que sofremos que tiram a nossa dignidade; dizem que mulheres se suicidam por brigas com os maridos. É mentira. As mulheres se suicidam porque não suportam os estupros dos pistoleiros, a violência física. Isso fica marcado na nossa alma. Isso não é suicídio. É assassinato”, acusa Valdelice Veron (uma das lideranças).

Envenenamento

Não é só com bala e pistola que os fazendeiros tentam liquidar os kaiowás. É também com envenenamento da água e da comida, com a pulverização de agrotóxico lançado por aviões sobre as aldeias.

Na aldeia Takuara, a matriarca Julia Veron mostra como o pequeno roçado de mandioca foi destruído pelo agrotóxico. A matriarca mostra uma espiga de milho totalmente ressecada. “Isso é por causa do veneno que eles jogam nas nossas plantações”, explica. O veneno também é despejado sobre as aldeias e atinge velhos, mulheres e crianças.

A matriarca e seu filho, o cacique Ernesto Veron, nos levam até um pequeno riacho utilizado pelos indígenas para beber água. De repente, nos deparamos com um imenso lixão à beira do riacho. O lixo foi atirado por um fazendeiro e seus capangas justamente para impedir que os indígenas possam consumir aquela água. Ernesto diz que já denunciou o caso ao Ministério da Justiça, mas nada foi feito.

A fazenda pertence ao fazendeiro Jacinto Honório Silva Neto, acusado de ser um dos mandantes do assassinato do pai de Valdenice e Ernesto, o cacique Marco Veron, morto a pauladas por jagunços em 13 de janeiro de 2013.

“Só vou parar de falar quando o fazendeiro me matar, quando o pistoleiro acabar comigo. Mas eu vou morrer tranqüilo porque eu to lutando. Eu não sou bandido. Sou apenas uma liderança, um cacique rezador”, fala Ernesto, no meio do lixão, enquanto agita nas mãos sua lança e um chocalho, evocando com sua reza os espíritos kaiowás. A cena é de gelar a espinha.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Desgraçados

Éd Alemão

Eu ia colocar o título deste artigo de filhos da puta que é o primeiro palavrão que vem a boca, mas é uma injustiça com as primas. O que seria do mundo sem elas?

O Brasil está um mar de lama só. Há muito tempo que a sujeira da corrupção está nos levando pra lama. Senador Delcídio Amaral – PT do MS primeiro senador preso da história, salário 33.000,00 reais, ofereceu 50 mil mensais pro Nestor Cerveró  calar a boca na operação Lava Jato da Petrobrás. Quantos perderam o seu emprego nesta brincadeira? Pra quê ele quer tanto dinheiro? Pra levar pro inferno? E depois o filho se acabar nas drogas?

Agora até rio de lama nós temos que há pouco era vivo e ficou morto.  O rio chegou ao mar e o transformou em mar de lama. Salve as nossas tartaruguinhas. Que terror é pior que este? Os árabes estão impressionados. E ninguém vai preso. Samarco cadê o dinheiro da indenização da sua tragédia?

Mas existe coisa pior. Tem uma frase que nunca esqueço: cuidado que pode piorar. Minha vizinha uma senhora de 70 anos, aposentada, mãe de um policial militar, tem uma banca de doces em frente de sua casa para complementar o orçamento, foi vítima destes desgraçados. A pessoa trabalha a vida toda, cria filhos, paga imposto e é humilhada a tal ponto que desiste até de Deus. É um estupro social, que vergonha de país o que aconteceu com ela.

Policiais corruptos foram em sua banca para averiguar uma denúncia de tráfico. Ela estava dentro da casa, e eles não a chamaram para abrir a banca. Simplesmente violaram e revistaram sem sua autorização. Depois foram para a outra banca mais a frente onde a suspeita era mais evidente. Ela saiu de casa e notou o reboliço, e foi tirar satisfação com eles. Foi maltratada, levou um tapa na cara e ordem de prisão. Não deu ouvido e virou-se pra ir embora dizendo que ia cuidar do netinho e que estava com panela no fogo. De imediato uma policial feminina lhe pegou pelos cabelos e lhe jogou dentro da viatura. Foi quando o povo se juntou e gritaram “ela tem filho policial”. Aí eles mudaram a postura. Começaram a chamá-la de Dona. Perguntaram se ela queria ser levada ao hospital e não mais pra delegacia.

Ela totalmente revoltada e aflita falou que não ia naquela viatura porque não era bandida. Aí chamaram o Samu. Quando me contou fiquei perplexo, e o pior que depois de 15 dias recebeu uma intimação do Fórum que estes policiais bonzinhos estão a processando por danos morais e desacato.

Aí eu fico pensando é o cúmulo do cúmulo, onde estamos chegando? Eles querem 15.000,00 reais dela, é brincadeira? Ela está na mão do juiz. Falei que deveria ter procurado a corregedoria no primeiro instante, e ter aberto processo contra eles.

Existe uma coisa estranha aqui na vila. A molecada do tráfico só vive dura, sem grana. Toda hora é presa e solta ao mesmo tempo. E a molecada trafica numa boa. Não é estranho?




Mar de Lama

Rafael Moia Filho

A situação do nosso país ganha contornos circenses quando percebemos que o Governo Federal simplesmente abdicou de governar para o povo e deixou que a nossa economia desandasse e fizesse com que a inflação, desemprego, juros altos e outros fantasmas destruíssem 2015 e o transformasse em pó.

Em paralelo o Congresso Nacional conduzido por dois dos piores parlamentares da história democrática recente do país afunda na lama contaminada pela Operação Lava Jato. São eles usufrutuários das propinas, da sonegação fiscal, das maracutaias e demais crimes e contravenções possíveis.

O Judiciário a tudo assiste mais preocupado com seus ganhos e remunerações do que propriamente com os destinos da Nação.

Os três poderes constituídos assim chafurdam na lama tóxica que é pior do que a oriunda das barragens de Mariana-MG.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Escola Filosófica Sensitivista: Uma mobilização mais ampla - USIMINAS

Escola Filosófica Sensitivista: Uma mobilização mais ampla - USIMINAS: Marcos Clemente Santini – Diretor Presidente – A Tribuna Ao contrário do que se esperava, a mobilização contra o fechamento da unidade ...

Uma mobilização mais ampla - USIMINAS

Marcos Clemente Santini – Diretor Presidente – A Tribuna

Ao contrário do que se esperava, a mobilização contra o fechamento da unidade de produção de aço na Usiminas em Cubatão, programada para a última quarta-feira (11/11), foi marcada por incidentes e confrontos. Para assegurar que os funcionários não fossem impedidos de entrar nas dependências da fábrica, a Usiminas conseguiu na Justiça do Trabalho de Cubatão uma liminar que garantia intervenção policial se houvesse bloqueio dos portões de acesso aos empregados.

A Polícia Militar antecipou-se aos sindicalistas, e agiu para cumprir a decisão judicial. Houve incidentes a partir do momento em que viaturas do Batalhão de Ações Especiais (Baep) saíram de dentro da usina para escoltar os ônibus que traziam trabalhadores para o turno da manhã, com disparo de bombas de gás de efeito moral e spray de pimenta. Aconteceu corre-corre geral, e o pânico gerado fez com que a Cavalaria e a Tropa de Choque da PM também interviessem, tendo sido registradas três prisões de sindicalistas, que foram levados ao 1º Distrito Policial de Cubatão.

A Polícia alega que agiu rigorosamente nos termos da lei, sem excessos, e o uso escalonado da força ocorreu apenas após a desobediência dos manifestantes em manter livre o acesso à Usina. O efetivo mobilizado – 150 homens, de três cidades da região, e mais de 30 viaturas – se justificaria em face dos riscos que cercavam a operação, que, além de impedir uma eventual invasão da fábrica, ainda buscava garantir que não acontecessem bloqueios nas rodovias próximas.

O balanço da manifestação não foi positivo. O confronto com as forças policiais não colabora com o principal objetivo do esforço de mobilização que vem sendo desenvolvido a partir do anúncio do fechamento da unidade, com a demissão de pelo menos 4.000 trabalhadores. Ao contrário, afasta setores importantes, cuja presença e participação são fundamentais para criar um ambiente favorável às negociações com a empresa e sensibilizar as autoridades para buscar soluções para o grave problema que se avizinha.

A estratégia adotada não foi a melhor. Promover assembléia de trabalhadores na porta da fábrica, como se a questão fosse de reajuste salarial, mostrou-se equivocada. Muito mais eficiente teria sido mobilizar toda a população nas cidades da Baixada Santista – com a presença da classe média, de estudantes, de empresários, de donas de casa – para expressar o inconformismo e a preocupação de todos.

A questão não envolve apenas os trabalhadores e seus sindicatos. Diz respeito à sociedade e vai além dos limites regionais, precisando assim ser divulgada em todo o País. Perdeu-se uma oportunidade de mostrar força e coesão nessa luta, que será longa e difícil, e novas manifestações foram suspensas. É preciso manter a mobilização, mas a estratégia precisa ser repensada.


Éd Alemão

Os Estados Unidos não ganhou a guerra mundial à toa. Ele e seus aliados que dão as cartas do jogo. Vão comprar o petróleo, o aço, a soja, o milho, etc no preço que eles queiram pagar, e fim de papo. Os árabes estão explodindo tudo, querem melhor preço no seu petróleo. Para o Brasil só resta rezar e ir morar debaixo dos viadutos, já que até barraco na favela está caro.

Quando eu trabalhava no antigo Banco Sul Brasileiro no período da abertura política, transição da ditadura para a democracia, eu vi várias falências. O nosso banco se salvou devido a estatização, passando para o nome de Meridional. O governo assumiu a bronca. Foram várias manifestações com passeatas até Brasília. Cubatão vai deixar de existir. A cidade vai virar deserto. O governo não tem como assumir esta bronca. Cadê os R$ 2,3 bilhões emprestados para a Usiminas via BNDES, entre 2006 e 2011, para modernizar e ampliar as usinas de aço em Cubatão e Ipatinga (MG)?

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A inexistência de Deus

Éd Alemão

Deus como harmonia e desenvolvimento existe em 3 modalidades.

O Deus individual (1), o coletivo (2), e o universal (3).

O individual (1) é quando projetamos um futuro mais confortável e seguro financeiramente.

O coletivo ou familiar (2) é quando existe harmonia nos ideais de desenvolvimento ou prosperidade.

O universal (3) é quando pensamos no planeta, no lixo que jogamos, o desmatamento e a poluição.

Deus neste sentido de projetos é muito poderoso para se formar sociedades inteligentes e prósperas.

Agora, o Deus fabricado, ser onipotente, super homem, é avassalador destruidor de mentes. Um conhecido meu que já foi criminoso está convicto que Deus mudou a sua vida. Ele não se julga capaz pelo feito. Pra ele Deus operou em sua vida segundo o pastor. O fato dele ter saído do crime mesmo através deste simbolismo de Deus é bastante coisa. É um criminoso a menos. Mas até quando? E quando tiver uma recaída? Vai pensar que Deus o está punindo lhe abandonando. Ficará confuso e desconfiado.

Ele me contou uma história do que lhe aconteceu recentemente com sua mulher. Ela se desviou da igreja e ele cobra muito por isso. Esses dias discutiram e ele quebrou um guarda chuva em sua cabeça. Ela ficou ameaçando de matá-lo, que ia pôr veneno na comida. Quando ele foi deitar na cama viu uma sombra nas costas dela como se fosse um vulto negro, um espírito. Ele deitou assim mesmo de costas, pedindo forças pra Deus, com aquela coisa no meio dos dois. Ele pôs na cabeça que era o coisa ruim querendo destruir o relacionamento dos dois. Ficou falando sobre isso várias vezes, e está indo a igreja para expulsar este demônio. Falei que não acreditava, ficou assustado comigo. Aí contou outra história de quando traficava lá nos Morrinhos no Guarujá. Numa disputa pela boca os seus parças foram para lhe matar. Só que quando chegou no meio do Beco alguma coisa o segurou, ficou parado como estátua por uns 5 minutos. Quando voltou a andar seguindo seu caminho, encontrou uma das primas e lhe disse que coisa de 5 minutos os caras estavam ali para matá-lo.

Falou que quando se converteu depois de tudo isso. Vendo os amigos morrendo ou indo presos, ele ouviu do pastor que um anjo o abraçou e lhe deu o dom da cura, que com isso ele conseguiu curar um cachorro quase morto pela doença do carrapato.

Fiquei só ouvindo pra não prolongar a conversa e entrarmos numa discussão. Pois a pior coisa é discordar de uma pessoa que está totalmente iludida pela igreja. Mas a minha alma pede pra dar um grito pela estupidez, e fica aqui meu desabafo.

Analisando sua situação, se ele tivesse realmente se libertado de sua fúria não tinha quebrado o guarda chuva na cabeça da mulher. Um homem do bem é manso, educado e gentil. A sombra negra que ele avistou na cama é a materialização da raiva que sua mulher estava com ele. A pessoa com muita fúria consegue acionar os sensores da mente ativando uma força mediúnica na qual não se tem controle fácil. Ela vem como um raio. Só com muito exercício de concentração mental pudemos controlá-la. A mesma coisa foi quando ficou parado. O seu sexto sentido o alertou para o perigo e o imobilizou. Somos criaturas divinas por ter um cérebro em evolução, herança de algum extra-terrestre. Pois não existe outra espécie de animal aqui neste planeta que tenha a inteligência que temos. Nós achamos que é Deus por não termos controle desta força. Muitos conseguiram conquistar este controle – Jesus, Maomé, Gandhi, Madre Teresa, São Francisco, Buda, Chico Xavier e muitos anônimos. Este conhecido, eu sei a história de sua criação, vem de família desestruturada. Pais separados e violentos. Foi muito mal tratado e até espancado. Arrumou uma mulher também com os mesmos problemas de criação. Vivem um inferno só. Colocam suas angústias e rancores como moeda de troca, não conhecem o que é amor.

O dito “Deus vai te proteger”. Quem te protege é você mesmo. A partir do momento que agimos corretamente sem querer prejudicar ninguém e objetivando um futuro promissor através da profissionalização, estaremos construindo o nosso céu nesta própria vida. Formando bastante amizade e contemplando a beleza do mundo. Como também se a pessoa for sangue ruim, do mal, vai fazer o seu próprio inferno e infernizar os outros.

Um exemplo de Deus coletivo (2) foi quando a Alemanha estava passando fome no período antes 2ª guerra e o povo se organizou e elegeram um líder. Declararam guerra pra todo mundo. Só não se tornaram o país mais rico porque Hitler queria conquistar tudo. Mas quase conseguiram. Se Einstein não fosse pro lado americano e terminasse a bomba atômica poderíamos hoje estar todos falando em alemão.

A mesma coisa foi com a China, se não tivesse se fechado para o mundo no período de Mao Tse Chang, quando não era nem permitido igrejas no país, não tinham se tornado uma potência como é hoje, com sua bomba atômica e milhares de indústrias poderosas que estão massacrando a concorrência. Uma delas é aqui em Cubatão com o fechamento da Usiminas. 4.000 desempregos, tendo que parar a fabricação de aço por não conseguir competir com os chineses. O governo brasileiro já há muito tempo tinha que ter feito a reforma tributária. Muito imposto que está quebrando as indústrias e o povo.

O Deus Buda está sendo mais forte que o Deus Jesus. O fechamento da Usiminas é fechamento da cidade de Cubatão. Estamos perdendo a principal artéria se não for a única, depois da lava-jato que paralisou a Petrobrás, a nossa refinaria também está estagnada. Estamos sem alternativas. Não temos turismo, não temos porto, não temos diversidade empresarial. A cidade é pequena de 100.000 habitantes onde virará deserto.

Agora é pedir refúgio pra outra cidade. Existe o refugiado de guerra na Europa, agora vai existir o refugiado econômico. Não é porque o diabo existe. Isso tudo graças a um governo corrupto e incompetente.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A Usiminas e o PT

Jornal da Orla – (13) 2101-0021
E-mail/Redação: editor@jornaldaorla.com.br
Diretor de Redação: Edison Carpentieri

A desativação da Usiminas em Cubatão provocará a demissão de milhares de trabalhadores e um efeito dominó perverso em toda a região metropolitana da Baixada Santista. Só Deus sabe quantas famílias serão atingidas pelo fantasma do desemprego e o que virá pela frente. O fato é que todos os setores da economia vão sentir duramente os efeitos dessa decisão, terrível para a região, e as conseqüências trágicas na vida das pessoas. O mais grave é que não há esperança de reversão do quadro para os próximos meses ou anos. Trata-se de uma tragédia anunciada. Durante anos e anos os governos petistas, incompetentes e contaminados por uma ideologia que a história já mostrou equivocada, torraram o dinheiro do contribuinte numa farra sem precedentes. Lula, Dilma e a “companheirada” acreditaram que era possível construir um país dos sonhos apenas incentivando a gastança e o consumo. Que era possível reduzir a miséria sem a contrapartida do trabalho.

Os governos petistas embarcaram no sonho megalomaníaco de Lula e no ouro negro do pré-sal. Usando bilhões do contribuinte, financiaram investimentos em várias ditaduras da África, em Cuba, como se o Brasil fosse a nação mais rica do planeta. No plano interno, criaram todos os tipos de bolsa para os mais pobres, como se fosse possível acabar com a miséria por decreto.
Quando Lula da Silva ainda era candidato ao governo do Estado e falava de seus projetos para melhorar a vida do povo, um adversário lembrou que ele não sabia o que estava dizendo, haja visto que não havia tomado conta sequer de um “carrinho de pipoca”. Já sua sucessora, Dilma Rousseff, havia “quebrado” uma loja de R$1,99 no sul do país e se vangloriava de, quando criança, ter rasgado uma nota de dinheiro da mãe para dar a metade a uma garotinha pobre.

Pois bem, os brasileiros entregaram aos dois o Palácio do Planalto. Deu no que deu. Justiça seja feita, o Sr. Lula da Silva não iludiu apenas os eleitores brasileiros. Certa vez, Barack Obama disse que ele era “o cara”. Faltou dizer: de pau.



O IMPEDIMENTO DA HONESTIDADE, DA ÉTICA E DA MORAL
Vander Roccha
Pois,
Sou fã incondicional de Nietzsche. Afora nossas desavenças eclesiásticas, políticas e ético morais, todo e qualquer pensamento refere-se ao tempo futuro, aquele que ora vivemos.
Nietzsche, Filósofo alemão em seu livro [1844-1900] (Para além do bem e do mal) pergunta quantos séculos precisam os espíritos para serem compreendidos?
Os maiores acontecimentos são maiores pensamentos, e os maiores pensamentos são os maiores acontecimentos, e os que mais tardiamente se compreendem:
- As gerações que lhes são contemporâneas não vivem esses acontecimentos, passam por eles.
Nietzsche previu sem fazer profecias, aliás o imbecil precisa de profecias, ele não faz análises dos pensamentos, nem dos acontecimentos ou efeitos que essas ideias produzirão. Ele anteviu os acontecimentos políticos da era Stalinista sem vivê-los.
A diminuição das forças armadas, o descrédito das forças públicas, a formação de milícias dos sem trabalho e dos sem terra, a degradação do povo, a ingerência do estado, o aumento da máquina pública, a propaganda enganosa feita pelos detentores da mídia, a revolução social, a privação da liberdade da sociedade e finalmente a falência do estado.
Os partidos políticos brasileiros sabem disso, nós procuramos não saber, mas o PCC de “Marcola” sabe, o MST e outros tantos sabem.
Teriam eles lido Nietzsche? Claro que não, são beócios ao extremo, mas rigorosamente, eles consideram seus pensamentos e ideias acontecimentos ponderáveis de escravizar o nosso povo. Em outro livro nosso mestre genial, Nietzsche fala sobre escolher inimigos. (Assim fala Zaratustra):
- Escolha inimigos que te Mereçam.
Gosto dos valentes; mas não adianta bater a torto e a direito; 
É preciso saber   porque continuar a bater.
Muitas vezes há mais coragem em se conter  para  reservar  forças a um adversário mais digno.
Temos que nos ater apenas aos inimigos dignos de ódio, e não inimigos desprezíveis;
É necessário que tenhamos orgulho dos nossos inimigos;
É necessário reservardes-vos para um adversário mais digno. Teremos de passar por cima de muitas ofensas, passar por cima de muitos canalhas que  massacrará com as palavras povo e a nação.
Não se misture às contestações, não passam de um matagal de direitos e de abusos. Considerá-las irrita a inteligência. Atirar-se para a confusão. Descansa e deixa dormir sua espada! Deixa os povos e nações seguirem os seus escuros caminhos, na verdade deles , nas quais não brilha uma única esperança! Nós somos eternos aprendizes sem eternidade.

Eu acho que sem armas e sem inimigos dignos, só nos resta deitar no berço esplêndido:
Impeachment de Dilma?
Impeachment de Cunha?
Impeachment de Renan?
Impeachment do STF?

Não significará nada.
Para a caterva que nos governa é melzinho na chupeta, há suplentes, reservas e pré-convocados.

O pior de todos inimigos está dentro de nós mesmos.
Quantos séculos serão precisos para que nossos espíritos compreendam que essa corrupção brasileira está dentro de nós.
Há séculos praticamos o IMPEACHMENT da ética e da moral.
E nossa honestidade esconde-se na probabilidade de um favorzinho de merda.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Estupro Psicológico

Éd Alemão

Eu não sei quem xingar, se os coronéis ou a igreja católica. Só sei que foi um crime despercebido por muitos. Meu pobre tio, irmão de meu pai, descobriu que estava possuído pelo demônio há alguns anos atrás. Foi nos crentes se libertar. Disseram a ele que estava carregado. Parece que fizeram várias sessões e precisou de vários pastores para lhe tirar o demônio.

Depois de uma fase enterrado na cachaça com separação, desemprego e desilusões amorosas descobriu que estava possuído. Possuído mesmo era pela herança maldita. Todo ignorante é fácil fazer lavagem cerebral. Estas igrejas? Oh meu Deus! Perguntei-lhe como foi sua criação e me disse que o pai era muito severo e autoritário. Trabalhava desde novo na roça e qualquer descuido dele no tratamento com o pai era motivo de uma surra forte, às vezes até com pedaço de pau. Então foi espancado? Perguntei-lhe. Mas não admite. Sempre colocando o direito do pai em lhe bater. Era a cultura imposta. Neste tempo se falava com os filhos através da porrada, não tinha diálogo, quanto menos carinho ou consideração. Tinha-se bastante filhos para não pagarem empregados no trato com a terra. E, nem se importavam com os estudos dos mesmos. Foi uma geração criada como bichos para servirem a uma família patriarcal escravista.

Como uma pessoa que nunca teve amor pode dar amor se não o conhece. Nunca o teve. Nunca foi respeitado ou considerado. Pelo contrário, foi humilhado e desprezado. É o verdadeiro estupro psicológico, ainda mais com o consentimento e a aprovação da igreja católica condenando a ir pro inferno filhos desobedientes, formando assim gerações de demônios com muito ódio e rancor entalado no peito. Pobre tio hipócrita que acredita em demônios. Precisa procurar um psicólogo. É o retrato fiel do finado meu pai. Vítimas de uma geração herdeira da escória que veio de Portugal (ladrões e assassinos). Por isso que o país está esta merda. Apoiamos o mal achando que estava tudo certo no passado. Só que o passado nos condena por não tê-lo enfrentado. É tio, você foi criado pra ser um bosta. Riem seus desgraçados, mas o assunto é sério. É por causa disso que o tráfico aumenta, o crime aumenta, temos mais guerra no trânsito e mais guerra na família.

Vejam



EDUCAÇÃO FAMILIAR POLITIZADA
Valmor Bolan
Nossos jovens precisam resgatar a auto-estima, valorizando o dom da vida, com perspectivas de quem pode muito oferecer à sociedade. Falta, a muitos, ânimo, vigor, vontade de ser e de fazer, porque há uma crise de sentido da vida, inibindo talentos, ceifando oportunidades, derrubando jovens cedo demais, ao vício, ao desencanto, a desistir da vida muito antes de terem começado. Isso tem que mudar, porque nunca uma geração teve tanto acesso à informação, a bens culturais, a intercâmbios e a um alargamento de horizontes e potencialidades.
O que falta então? Justamente um direcionamento que os faça acreditar que é possível vencer as dificuldades, superar os desafios, construir possibilidades de vida. Nesse sentido, desde cedo, os pais devem ser uma presença amorosa na vida dos filhos, dar-lhes afeto, atenção, partilha de idéias e experiências, para que quando jovens, se sintam motivados a viver a vida, com entusiasmo, esperança e gosto de viver.
A crise do sentido da vida começa mesmo em casa, porque muitos dos pais têm sido indiferentes à verdadeira formação dos filhos, não lhes dando o tempo e a atenção devida para as suas necessidades afetivas e intelectuais.
Os filhos devem se sentir amados pelos pais, saber que eles estão juntos, acompanhando o desenvolvimento pessoal, vendo o que eles estão estudando, às vezes estudando juntos, conversando com eles sobre os problemas cotidianos, fazendo-os se sentir em família e não à parte dela.
Tem sido muito mais fácil deixar os filhos largados numa internet, num jogo de vídeo-game, ou em programas fúteis de televisão. Prevalece um certo indiferentismo sobre o que eles fazem ou deixam de fazer, não há envolvimento. Por isso, muitos quando se tornam adolescentes, já querem sair de casa, buscar lá fora o que não encontram no ambiente doméstico. Dessa forma, vulneráveis e fragilizados, muitos jovens se perdem no imediatismo, no escapismo ou no hedonismo, como expressões de busca do sentido da vida, que lhes foi negado em casa.
Compete aos pais a responsabilidade da primeira formação dos filhos, para que os jovens se sintam impelidos a dar o melhor de si no que fazem, e contribuam assim para alcançarem a felicidade, a partir daquilo que se sentem verdadeiramente vocacionados.

Nossos jovens precisam reencontrar a força do afeto, em família, porque é assim que conseguirão o suporte necessário para vencer os desafios da vida, e serem mais apaixonados pela vida, com a disposição, a dedicação ao estudo e ao trabalho, a partir de princípios de valores da responsabilidade, para fazerem de suas vidas, experiências mais bem sucedidas não apenas do ponto de vista profissional, mas principalmente, pessoal.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Vamos defender o Estuprador, o abusador de criancinhas

É repugnante a frase de Jesus “perdoar o inimigo” ou “dar o outro lado da cara para bater”, num caso de estupro ou  pior ainda, de incesto. Só quem tem filhos ou irmãos sabe da dor de um crime tão revoltante como este. Talvez seja por isso que Bento XVI não expulsou os padres pedófilos da igreja, ele não tinha filhos, como Jesus também não tinha. Mas a Justiça de Deus foi maior, e o expulsou da Igreja. Primeiro Papa a ser deposto na história.

Samira deu o maior azar do mundo ter se casado com um pedófilo, abusador de criancinhas. Em sua cidade natal, Braço do Norte – Santa Catarina, chegaram muitos alemães fugidos da guerra com a derrota de Hitler, abarrotados de dinheiro de judeus mortos nos campos de concentração nazista. Dinheiro este que está sendo gozado por muitas famílias no Sul do país. Dinheiro sujo do holocausto.

Chegaram ao Brasil, estes alemães fugidos e derrotados, e procuraram lavar o dinheiro o quanto antes possível. Distribuíam entre eles para não deixar pistas. Trocaram de nomes para não serem reconhecidos como filhos dos monstros (Stangl, Touvier, Cukurs, Eichmann, outros). Falsificaram documentos e colocaram nomes bem brasileiros e curtos como João da Penha, João Luz. Foi também uma forma de driblar o governo brasileiro que estava confiscando os bens dos alemães aqui no Brasil. Enfim, Samira casou com um deles. Eles eram pessoas sem nenhum escrúpulo, que mataram judeus nas câmaras de gás – velhos, crianças, mulheres. Fizeram todo tipo de experiência como cobaias humanas, sem nenhuma ética ou arrependimento. Não é difícil de imaginar que uma criatura desta não possa violentar seus próprios filhos. E o mais incrível, foram ajudados pela Igreja Católica para fugirem pro Brasil e Argentina (caminho dos ratos). A Santa Igreja ganhou muito dinheiro. Por isso que o Imperador Maldito, apesar de não acreditar em Deus, doou um poste de iluminação para a paróquia de sua cidade.

Samira falou que se separou do Imperador porque ele era muito ciumento, possessivo. Não a deixava sair sozinha, só com guarda-costas. Sentiu-se sufocada. Mas será que era só isso mesmo? Será que ela não viu alguma coisa acontecendo com seus filhos? Eram 3 moças e 1 rapazinho. Porque é muito estranho o que aconteceu com o seu irmão quando veio de Santa Catarina pra São Paulo, onde ela morava com o Imperador, que foi recebido por capangas do mesmo e o levaram a um matagal e o espancaram cruelmente, e enfiaram um pau na sua bunda com todos os requintes de crueldade. Ele só foi saber porque a irmã estava tão aflita. Não tinha necessidade do Imperador fazer uma atrocidade desta, à menos que ele queria assustar ou amedrontar a Samira e a família dela para que não abrisse o bico para denunciar qualquer atitude imoral que tenha feito com as crianças.

Estas mesmas crianças ficaram ao bel prazer do monstro na separação. A Samira era impedida de ver os filhos direito, de falar com eles. Era vigiada e difamada de puta pelo Imperador de Merda. Uma das suas frases mais preferidas: “Vergonha é roubar e não poder levar.”

Estas mesmas crianças cresceram deturpadas. Tornaram-se pessoas seriamente problemáticas e infelizes. E, quantas outras crianças não foram terrivelmente abusadas pelo canalha, ainda mais que tinha muito dinheiro (cem milhões de reais) e analfabeto? Joana D’arc foi deserdada pelo monstro por ter fugido de casa com o primeiro namorado. Sua irmã do meio virou sapatona, e altamente depressiva. Seus outros dois irmãos são uma incógnita. Mas uma coisa é certa, herdaram a ambição e a ganância do pai, pois não querem dividir com Joana D’arc o que é de direito dela. E suas filhas que não sabem nada da história, e pegou um vôzinho com menos tesão de criancinha, acha que ele foi uma boa pessoa, por causa do seu dinheiro sujo roubado de judeu. E, não enxergam o que o Avô fez com a Avó e com a própria mãe delas.

Eu só estou me desabafando agora porque o demônio morreu, se não ele poderia mandar me matar. Só Deus sabe o que eu passei do lado de uma maluca esquizofrênica, desequilibrada, epiléptica, que via todo tipo de assombração resultado duma criação voltada para o medo como os covardes dos nazistas faziam, uma mulher que pedia a morte do pai todo ano e se frustrava por ter se casado com um nordestino e pobre, características de uma jovem violentada e abusada pelo próprio pai que só foi me falar disto depois de 7 anos casada comigo, quando eu já tinha esgotado todos os meus recursos para lhe achar uma cura. Este maldito segredinho me custou muito caro. Polícia Federal, Sociedade Judaíca e Defesa do Menor e da Mulher poderiam estar investigando esta história, para a memória do desgraçado não sair impune. E, se me matarem antes disso, vou me vingar deste desgraçado no inferno. Sou funcionário público da Prefeitura de Cubatão, setor de vigilância há 12 anos, é fácil me encontrar. Edivaldo Cipriano do Nascimento.

Obs: Quem sabe que com essa investigação não encontre a própria linhagem de Hitler. Uma coisa é certa, este patrimônio de cem milhões de reais não pode ter vindo de um soldadinho raso.


VEJAM






segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Matar ou deixar vegetar?

Os poucos que tentam viver no mundo real são mais felizes. Os muitos, que acham que um dia renascerá naquele mundo irreal chamado céu, sofrem mais. Oh! Coitados religiosos!

Na década de 80 passava no SBT um programa de humor, e num dos quadros apresentados um rapaz namorava uma garota e ia até a casa de seus pais pedí-la em casamento. O rapaz era bem recebido pelos prováveis sogro e sogra, daí ele fazia o pedido, digo, pedia a mão da donzela em casamento.
Ao ouvir o pedido de casamento, o pai da garota encarava o rapaz e captava através do cérebro uma imagem que ao mesmo tempo era reproduzida na telinha da TV mostrando como seria no futuro a convivência da sua filha casada com o citado rapaz. Mostrava sua filha sendo maltratada pelo esposo. Ele namorava fora do casamento. Ela também gritava com ele até o casamento ir à decadência.

A imagem saía da mente do pai da garota, ele apertava os olhos, olhava para o namorado da filha e gritava: – O que?!!! Casar com minha filha para depois maltratá-la, saia da minha casa seu pilantra… Contei esta história para mostrar às pessoas que se num acaso uma mulher já grávida visse uma imagem como a citada no programa mostrando como seria criar um filho com Síndrome de Down, provavelmente ela e a grande maioria das mulheres abortariam.
Para não ficar em imagem de mentirinha de programa de humor vamos partir para a realidade. Como a medicina está muito avançada e a cada ano avança mais, eu diria (eu acho) que qualquer mulher grávida que passar por exames e for constatado com real precisão, com 100% de certeza que seu filho vem ao mundo com um destes problemas: Síndrome de Down, Mongolóide, o cérebro atrofiado, sem um braço, cego ou com outros tipos de deformidades, ninguém de sã consciência vai querer este neném.

Não quero dizer que uma criança que já veio ao mundo com um destes problemas citados será rejeitada. NÃO É NADA DISTO.
Estou querendo dizer que uma criança (ainda como embrião ou feto) que está por vir ao mundo, e a medicina constatar com precisão que ela nascerá deformada, daí esta futura mãe ouvir o relato de um médico, de uma assistente social, de uma psicóloga explicando as conseqüências futuras, tanto para os pais, para a própria criança, para a sociedade vigilante e preconceituosa…
ACREDITO QUE NEM O PAPA QUERIA QUE ESTA CRIANÇA NASCESSE.
Os sábios do mundo discutem e opinam, mas já descobriram, já provaram cientificamente a partir de que momento o ser humano já é um ser vivo? Após a fertilização? Na fase embrionária? O feto já é um ser vivo, não é? Certa vez vi pela TV o Elsimar Coutinho e um representante da igreja católica tentando explicar (divergiam entre si) em que momento do aborto já é considerado a perda de uma vida. A Igreja Católica e outras religiões têm provas documentadas, registradas em cartórios e com testemunhas provando que Deus é contra o aborto em qualquer situação? Duvido!

Tudo bem, abortar é algo antiético, que seja, mas quem falou e decretou esta falácia? Alguém tem provas reais mostrando que fazer um aborto é um pecado aos olhos de Deus? Que dia, mês, ano, século ou milênio Deus falou ou escreveu falando sobre o aborto? Ah sim! Foi há muito tempo, o homem é que escreveu sobre o mal causado por um aborto, mas foi inspirado por Deus. E, Jesus que era o filho de Deus e não era analfabeto, porque não escreveu nenhuma vírgula na Bíblia? Já ouvi algumas pessoas falando que Deus nos deu livre arbítrio. Só não sabem dizer o dia, mês, ano, século ou milênio em que ele fez este anúncio.  O medo de ir para o inferno está condenando várias pessoas de ter o seu próprio inferno aqui mesmo.
Estabelecido como crime pelo Código Penal, o aborto é permitido no Brasil em apenas três situações: quando não há outra forma de salvar a vida da gestante; quando a gravidez é decorrente de estupro e a mulher ou representante legal dela opta por interromper a gravidez e em casos de diagnóstico de anencefalia. Nesse caso, incluído após julgamento do Supremo Tribunal Federal em 2012, fala-se em antecipação terapêutica do parto.

Em qualquer dessas condições, a mulher pode procurar o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem 65 unidades aptas a interromperem a gravidez. Nesses casos, elas devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar, de modo que seja garantida assistência médica, social e psicológica. Em 2013, segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 1.523 casos de aborto legal. Estima-se, contudo, que o número de interrupções praticadas no país seja bem maior.
Segundo pesquisa do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (Anis), da Universidade de Brasília (UnB), mais de uma em cada cinco mulheres alfabetizadas que possuem entre 18 e 39 anos já praticaram pelo menos um aborto, ao longo da vida. Cerca de metade delas teve que ser internada por conta de complicações, como perfuração do útero. A prática é mais comum entre mulheres com menor escolaridade (23%), enquanto o percentual das que já concluíram o ensino médio é 12%.

Realizada em 2010, a Pesquisa Nacional de Abortos utilizou a técnica de amostragem para chegar a esses números, afinal como muitos casos são feitos em clínicas clandestinas, não há como obter dado exato, mas muitas pesquisas tendam a dimensionar essa ocorrência. No documento Aborto e Saúde Pública no Brasil, de 2009, o Ministério da Saúde destacou estimativa de que 1.054.242 abortos foram induzidos em 2005. Já o Centro Feminista de Estudo e Assessoria (Cfemea) aponta que cerca de 1 milhão de brasileiras submetem-se a abortos clandestinos todos os anos.
Em nota enviada à Agência Brasil, o Ministério da Saúde afirma que o número de óbitos de mulheres atribuído ao aborto passou de 3ª para 5ª causa de mortalidade materna de 1990 a 2012, queda que credita “à ampliação da rede de serviços à saúde integral da mulher, ação efetuada pelo Ministério da Saúde em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de saúde”.

Apesar da dificuldade de acesso a esses dados, o Instituto Anis conclui que o aborto deve ser prioridade na agenda de saúde pública nacional. O mesmo posicionamento é defendido pela Anistia Internacional, para quem o tema deve ser tratado como uma questão de saúde pública e direitos humanos e não na esfera criminal.
A opinião é compartilhada pela assessora do Cfemea, Fernanda Saboia. Para ela, o debate sobre o tema no Brasil precisa ser feito à luz da saúde pública e dos direitos das mulheres. “A discussão sobre o aborto não tem o intuito de mudar a opinião individual de cada um, mas de mudar a legislação, para que as pessoas que fazem aborto não sejam criminalizadas ou submetidas a uma abordagem em clínicas clandestinas”, afirma.

Fernanda aponta o abandono dos companheiros, a falta de condições financeiras ou de preparação para ter um filho e a falha de métodos contraceptivos como principais situações que levam a essa prática. Por isso, para ela, manter a situação como está significa “fechar os olhos para uma situação que já é comum e que mata principalmente as mulheres negras e pobres, porque as mulheres da classe média e da classe alta fazem o aborto em clínicas clandestinas em ótimas condições”. De acordo com o Cfemea, muitas clínicas chegam a cobrar pelo menos R$ 4 mil pelo procedimento.
Essa diferença foi diagnosticada também pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No relatório Abortamento seguro: orientação técnica e de políticas para sistemas de saúde, a organização ressalta que “nos países onde o aborto induzido legal está sumamente restrito ou não está disponível, na maioria das vezes o aborto seguro se torna um privilégio dos ricos, e as mulheres de baixa renda são mais suscetíveis a procurar métodos inseguros, que provocam a morte e morbidades, gerando responsabilidade social e financeira para o sistema de saúde público”.

A OMS estima que, a cada ano, são feitos 22 milhões de abortos em condições inseguras, levando à morte cerca de 47 mil mulheres, além de causar disfunções físicas e mentais em outras 5 milhões. Já “nos locais com poucas restrições ao acesso a abortamento seguro, a taxa de mortes e doenças cai drasticamente”, afirma a organização, que constatou diminuição no número de abortos realizados nesses países.
Na avaliação da coordenadora da organização Católicas pelo Direito de Decidir, Rosângela Talib, isso ocorre porque, em países em que o aborto é legalizado, as mulheres buscam o sistema de saúde e lá recebem informações. Há “maior possibilidade, dessas mulheres, saírem do serviço de saúde com métodos contraceptivos e também de terem maior nível de informação sobre sua saúde reprodutiva", afirma.

Diante do que considera ausência do Estado em relação à educação sexual e ao planejamento familiar, Rosângela avalia que “nem a interdição legal, com a criminalização, nem a interdição religiosa que coloca como pecado, tem impedido que as mulheres realizem o aborto. A proibição tem sido inócua como possibilidade de você diminuir a prática e isso tem levado a uma série de problemas de saúde pública”.
Religiosas, as integrantes dessa organização defendem que esse tema deve deixar de ser um tabu na sociedade em geral e também na Igreja. “A gente teve uma revolução de costumes, não dá para a gente defender os mesmos princípios, como se nada tivesse mudado. O que a gente faz é chamar a Igreja para dialogar com a sociedade”, defende Rosângela.

 
Reflexão
Ana foi forçada ao aborto, no Sertão de Pernambuco. A adolescente de 15 anos ficou grávida do namorado, e coube ao pai do jovem planejar o fim da concepção indesejada. A polícia de Trindade, a 650 quilômetros de Recife, descobriu que a menina foi levada contra a sua vontade a um técnico de enfermagem, conhecido por fazer abortos clandestinos na região. A técnica usada, invasiva demais, acabou dando errado.

Com uma hemorragia, durante a madrugada, Ana foi levada pelo técnico e pelo sogro para frente do Hospital Regional de Ouricuri, a poucos quilômetros da cidade da menina. Assim que ela chegou à sala de emergência, os médicos detectaram o óbito. O que os dois homens fizeram foi praticamente deixar o corpo na frente do hospital. Eles não permaneceram no lugar. Era janeiro de 2013.
Histórias como a de Ana são comuns num país conservador, que não discute o aborto, tratado quase sempre com um viés religioso e machista, e não como um problema de saúde pública. Por causa da clandestinidade, é comum a subnotificação, o que também ocorre com as mutilações ou mortes de mulheres que recorrem ao mercado negro. O caso de Ana, abandonada em frente a um hospital no interior do país, só não passou batido porque uma testemunha reconheceu o agressor.

Policiais civis começaram a investigar a história e descobriram o envolvimento do pai e da mãe do namorado de Ana, também um adolescente. O técnico de enfermagem está preso, segundo a polícia em Trindade. Os pais do adolescente estão foragidos, dizem os policiais.
GRAVIDEZ DE RISCO

Elineide morreu aos 42 anos, um dia depois do parto, e mobilizou entidades que atuam em defesa dos direitos da mulher. A doceira morava em Ceará-Mirim, cidade encostada em Natal. A gravidez era de risco, em razão da saúde do feto: o diagnóstico era de que o bebê não nasceria com vida.
A mulher decidiu, em conjunto com o marido, interromper a gestação, amparada na legislação brasileira, que permite o aborto em caso de risco de morte para a mulher. O hospital decidiu só fazer o procedimento com autorização da Justiça. O juiz indeferiu o pedido com base na “legislação aplicável à matéria” e em sua “convicção pessoal”.

Não haveria tempo hábil para um recurso na segunda instância do Judiciário. Na noite de 30 de março de 2010, o bebê nasceu morto. O parto só ocorreu depois de uma espera de quatro horas. Elineide morreu no dia seguinte, “sem direito a um acompanhante”, após sofrer uma parada cardíaca, segundo entidades de defesa da mulher que atuam no Rio Grande do Norte.

Sensitivista
“A lei atual que proíbe o aborto é eficaz apenas para matar mulheres. Quantas mulheres vão ter que morrer para entendermos que a lei não tem efeito?”, questiona o ginecologista e obstetra Jefferson Drezzet.

O médico, que é coordenador do Ambulatório de Violência Sexual e de Aborto Legal do Hospital Pérola Byington em São Paulo (inclusive é o hospital que eu nasci), diz que os abortos continuam sendo feitos, mas que por ser considerado crime, as mulheres fazem  os procedimentos sozinhas, adquirindo medicamentos de procedência duvidosa ou em clínicas clandestinas.
Drezzet explica que há duas opções de clínicas que fazem abortos: as que têm estrutura e oferecem à mulher um aborto com segurança e as que são verdadeiros “matadouros de mulheres” onde o procedimento é feito por pessoas sem qualificação e sem qualquer estrutura. “A primeira opção é cara, ou seja, a lei prejudica ainda mais as mulheres pobres, que estão mais vulneráveis e mais sujeitas a um procedimento incorreto e arriscado”, explica.

O médico diz que dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que, no mundo, 600 mil mulheres morrem por ano em decorrência do aborto inseguro. “No Brasil, uma mulher morre a cada dois dias”, comenta.  Ele ressalta que além das mortes, há várias complicações decorrentes do procedimento feito na clandestinidade. “O aborto pode ser muito seguro ou extremamente inseguro. O que diferencia é como, onde  e por quem ele é feito”, observa.
Drezzet diz que o Uruguai, que descriminalizou recentemente o aborto, o número de mortes e complicações tiveram reduções expressivas sem aumentar os casos de aborto.

“A ideia é dar mais segurança para a mulher que quer fazer o aborto. Se ela está decidida a não ter o bebê, vai fazer de qualquer maneira”, avalia.
Diferente do Uruguai e de boa parte dos países desenvolvidos, o Brasil ainda não tem qualquer perspectiva de mudar a legislação vigente sobre o assunto. Barreiras religiosas e políticas travam mudanças no Código Penal neste assunto. Durante a campanha eleitoral, os dois candidatos à Presidência da República declaram ser contra a descriminalização do aborto. Para o médico, a questão do abortamento não deve ser visto como questão religiosa, mas como um problema de saúde pública.

 

Consciência

Fora corrupção.Vamos viver, pelo menos, com decência!!! A formação política dos chilenos, como de todos os hispano-americanos do começo do séc. XIX, era algo de uma ineficiência gritante. Quase que sem transição, viram-se esses povos donos de seus destinos, sem preparo para a difícil tarefa de governar. Surgiram à tona todas as AMBIÇÕES.