Marcos Clemente Santini –
Diretor Presidente – A Tribuna
Ao contrário do que se
esperava, a mobilização contra o fechamento da unidade de produção de aço na
Usiminas em Cubatão, programada para a última quarta-feira (11/11), foi marcada
por incidentes e confrontos. Para assegurar que os funcionários não fossem
impedidos de entrar nas dependências da fábrica, a Usiminas conseguiu na
Justiça do Trabalho de Cubatão uma liminar que garantia intervenção policial se
houvesse bloqueio dos portões de acesso aos empregados.
A Polícia Militar
antecipou-se aos sindicalistas, e agiu para cumprir a decisão judicial. Houve
incidentes a partir do momento em que viaturas do Batalhão de Ações Especiais
(Baep) saíram de dentro da usina para escoltar os ônibus que traziam
trabalhadores para o turno da manhã, com disparo de bombas de gás de efeito
moral e spray de pimenta. Aconteceu corre-corre geral, e o pânico gerado fez
com que a Cavalaria e a Tropa de Choque da PM também interviessem, tendo sido
registradas três prisões de sindicalistas, que foram levados ao 1º Distrito
Policial de Cubatão.
A Polícia alega que agiu
rigorosamente nos termos da lei, sem excessos, e o uso escalonado da força
ocorreu apenas após a desobediência dos manifestantes em manter livre o acesso
à Usina. O efetivo mobilizado – 150 homens, de três cidades da região, e mais
de 30 viaturas – se justificaria em face dos riscos que cercavam a operação,
que, além de impedir uma eventual invasão da fábrica, ainda buscava garantir
que não acontecessem bloqueios nas rodovias próximas.
O balanço da manifestação
não foi positivo. O confronto com as forças policiais não colabora com o
principal objetivo do esforço de mobilização que vem sendo desenvolvido a
partir do anúncio do fechamento da unidade, com a demissão de pelo menos 4.000
trabalhadores. Ao contrário, afasta setores importantes, cuja presença e
participação são fundamentais para criar um ambiente favorável às negociações
com a empresa e sensibilizar as autoridades para buscar soluções para o grave
problema que se avizinha.
A estratégia adotada não
foi a melhor. Promover assembléia de trabalhadores na porta da fábrica, como se
a questão fosse de reajuste salarial, mostrou-se equivocada. Muito mais
eficiente teria sido mobilizar toda a população nas cidades da Baixada Santista
– com a presença da classe média, de estudantes, de empresários, de donas de
casa – para expressar o inconformismo e a preocupação de todos.
A questão não envolve
apenas os trabalhadores e seus sindicatos. Diz respeito à sociedade e vai além
dos limites regionais, precisando assim ser divulgada em todo o País. Perdeu-se
uma oportunidade de mostrar força e coesão nessa luta, que será longa e
difícil, e novas manifestações foram suspensas. É preciso manter a mobilização,
mas a estratégia precisa ser repensada.
Éd Alemão
Os Estados Unidos não
ganhou a guerra mundial à toa. Ele e seus aliados que dão as cartas do jogo.
Vão comprar o petróleo, o aço, a soja, o milho, etc no preço que eles queiram
pagar, e fim de papo. Os árabes estão explodindo tudo, querem melhor preço no
seu petróleo. Para o Brasil só resta rezar e ir morar debaixo dos viadutos, já
que até barraco na favela está caro.
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Será que é vergonha roubar mas não poder levar?
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