Emanuel Medeiros Vieira - Poeta, romancista e contista, nasceu em Florianópolis (SC) em 1945. Participa de diversas antologias de contos. Estreou com A Expiação de Jeruza, em 1972. Têm romances e contos editados, como Os hippies envelhecidos.
André Gide escreveu: “Todas as coisas já estão ditas, mas como ninguém escuta, é preciso recomeçar sempre.” E o ofício de escrever é um eterno recomeçar: lutar com palavras mal rompe a manhã, para usar a expressão de Drummond. Creio que travamos, através da linguagem, o que T.S.Eliot chamou de “combate intolerável com as palavras” que “se estiram, racham, escorregam, perecem.”
Mas a batalha da vida não é formal. O que percebemos é a banalização do mal e não do bem. A mercantilização das relações, a hegemonia do ter e do parecer, o estímulo à futilidade e ao egoísmo, geraram um ilhamento entre as pessoas, onde muitos seres parecem apenas fingir e camuflar os seus sentimentos.
O modelo vigente acreditava que éramos meros números. Minha geração não viu crise maior do capitalismo. Crise ou colapso? O “Muro de Berlim” dos neoliberais? Onde estão aqueles que exigiam Estado mínimo e nos chamavam de dinossauros? Eles tinham verdades consagradas. Diziam que o capitalismo havia vencido.
Como disse Cesar Benjamin num artigo intitulado “Karl Marx manda lembranças”, os “Estados tentarão salvar o capitalismo da ação predatória dos capitalistas”. O que se vê não é erro nem acidente. O projeto todo estava centrado na acumulação do capital. Tantos anos de falso consenso resultaram neste quadro dantesco.
Resultado? Desigualdade social obscena. E assim por diante. Os concílios acabaram com o limbo e com o purgatório. Com o inferno não… Formou-se uma geração de políticos espertos, inebriados pelos marketings, não pela verdade. E a degradação ética, internalizada em muitas almas, parece não ter fim. Só unidos, poderemos recuperar o núcleo do humano.
Não digo nada de novo. Eu sei. Mas nossa força é essa: nossa união, forjada em tantas lutas. Como observou Boris Pasternak, “viver a vida até o fim não é tarefa para crianças.”
Mas a batalha da vida não é formal. O que percebemos é a banalização do mal e não do bem. A mercantilização das relações, a hegemonia do ter e do parecer, o estímulo à futilidade e ao egoísmo, geraram um ilhamento entre as pessoas, onde muitos seres parecem apenas fingir e camuflar os seus sentimentos.
O modelo vigente acreditava que éramos meros números. Minha geração não viu crise maior do capitalismo. Crise ou colapso? O “Muro de Berlim” dos neoliberais? Onde estão aqueles que exigiam Estado mínimo e nos chamavam de dinossauros? Eles tinham verdades consagradas. Diziam que o capitalismo havia vencido.
Como disse Cesar Benjamin num artigo intitulado “Karl Marx manda lembranças”, os “Estados tentarão salvar o capitalismo da ação predatória dos capitalistas”. O que se vê não é erro nem acidente. O projeto todo estava centrado na acumulação do capital. Tantos anos de falso consenso resultaram neste quadro dantesco.
Resultado? Desigualdade social obscena. E assim por diante. Os concílios acabaram com o limbo e com o purgatório. Com o inferno não… Formou-se uma geração de políticos espertos, inebriados pelos marketings, não pela verdade. E a degradação ética, internalizada em muitas almas, parece não ter fim. Só unidos, poderemos recuperar o núcleo do humano.
Não digo nada de novo. Eu sei. Mas nossa força é essa: nossa união, forjada em tantas lutas. Como observou Boris Pasternak, “viver a vida até o fim não é tarefa para crianças.”
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Será que é vergonha roubar mas não poder levar?
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