MESPR - Movimento de Evolução Social, Político e Religioso

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terça-feira, 25 de maio de 2010

CARTA DE ALFORRIA

Casualmente, conheci um empresário no restaurante que costumo almoçar. Não tinham mesas disponíveis e pedi licença para dividir a mesa onde ele estava. Começamos a falar sobre política:

- Cubatão, com toda arrecadação que tem, não se consegue encontrar restaurantes bons – desabafou comigo.
- O que o senhor acha do PT?

- Eles estão desempenhando um bom trabalho. O Brasil está cheio de investimentos, dentro e fora do país, graças a estas viagens do Lula.

- Mas estes investimentos não chegam no povo. Veja o caso de Cubatão, quantos milhões não foram investidos na construção do pólo petroquímico e, no entanto, só temos miséria na cidade. Agora falam do pré-sal, que garantias que o povo cubatense tem de sair da miséria, ainda mais com a mudança na partilha dos royalties da Petrobrás? – lancei este desafio.

- Isso também se deve aos políticos que vocês escolhem. Me mostraram uns três vereadores na cidade que nem sabe escrever, como vão apresentar um projeto social a uma empresa aqui no Pólo para poder viabilizar pro povo?

- Até concordo contigo. Esses vereadores seriam mais capacitados pra lutar a favor do povo se tivessem mais cultura, principalmente na questão da moradia onde o governo dificulta a aquisição pelo feirão da Caixa, exigindo credibilidade da família, sendo que é sua obrigação tirar os miseráveis da senzala moderna (favela) dando mais dignidade ao trabalhador. Os empresários também deveriam pagar um salário melhor e diminuir a carga horária pro trabalhador poder estudar e ter tempo para a política – quis testá-lo.
- Mas tempo não falta, vejo muitas pessoas indo a igrejas, estádios, shows, etc, e não vejo reuniões de bairros, as sessões da Câmara cheia, movimentos sociais, uma participação mais efetiva da comunidade.

Nisto tocou o celular, ficando com um ar apreensivo logo que atendeu. Assim que desligou se voltou para mim e disse:

- Tem um funcionário meu que vou ajudar a financiar um caminhão, e vou colocá-lo numa programação de serviços já garantidos por contrato, que só é trabalhar e pronto.

- Se todos os empresários fossem assim seria bom.

- Mas estou na dúvida, será que não vou perder dinheiro?
Ele tinha me falado que era de Santa Catarina, o seu sotaque não negava, e que tinha 300 caminhões na transportadora. Quando ele falou desta dúvida, fiquei decepcionado.

- Veja só, não sei se é o seu caso, mas em Santa Catarina onde se encontra os maiores empresários do transporte no Brasil como você, eles conseguiram capital roubado dos judeus na 2º Guerra Mundial quando vieram muitos alemães fugidos com este dinheiro. Hoje, muitos são ricos e cada vez mais gananciosos – eu disse sem clemência.

Ele me olhou, fitando-me por um segundo, e balançou a cabeça positivamente. Nós nos despedimos, e ele falou que foi um prazer ter falado comigo.

Às vezes estamos tão aprisionados na ideologia de competição que esquecemos que houve uma Alemanha que foi humilhada por duas vezes e, não damos conta que a história pode se repetir em outro país e em outra época.

Vejam –
www.ed10alemao.wordpress.com  

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Será que é vergonha roubar mas não poder levar?
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Consciência

Fora corrupção.Vamos viver, pelo menos, com decência!!! A formação política dos chilenos, como de todos os hispano-americanos do começo do séc. XIX, era algo de uma ineficiência gritante. Quase que sem transição, viram-se esses povos donos de seus destinos, sem preparo para a difícil tarefa de governar. Surgiram à tona todas as AMBIÇÕES.