Não tem coisa mais terrível do que o desespero. Por causa dele se mata e se morre. Com a vitória nas urnas de Fernando Collor do PRN – Partido da Reconstrução Nacional aconteceram muitos suicídios que foram encobertos pelo Estado para não aumentar mais ainda a desordem. Muitas pessoas vendiam suas moradias para aplicar na poupança e ter o seu dinheiro dobrado em um mês, era uma loucura atentadora, só que aqueles que se arriscaram a fazer isso na posse do novo governo se deu mal, não imaginavam que eles iam mexer também na poupança.
Eu presenciei pelo menos uns três suicídios. Mas, teve um que não consigo esquecer até hoje. Foi de um amigo meu vendedor, lá no centro de São Paulo, no viaduto do Chá. Ele perdeu a cabeça, subiu na mureta e se jogou. Para a infelicidade dele, não morreu na hora, ainda ficou se agonizando até chegar ao hospital.
O Collor matou muita gente metendo a mão no dinheiro da poupança. Eu também até pensei em me matar, mas não era porque tinha dinheiro na poupança não. Era porque não se vendia mais nada. Os fabricantes seguravam os produtos querendo aumento. Eu trabalhava para o Frigorífico Bordon/Swift Armour e precisava vender para ter salário, nós vivíamos só de comissões. Foi desesperador, ainda mais, que eu era recém-casado, pagando aluguel e a mulher grávida.
Fui vender café clandestinamente no Ceasa para as cafezeiras. Foi o que me salvou por algum tempo, até a polícia me pegar. E, o pior de tudo, que não tinha ninguém para ajudar, porque todo mundo estava neste barco furado, como se fosse um terremoto. Era gente se jogando dos prédios, viadutos e nos trens. A inflação era tão galopante naquela época que precisávamos mudar de casa a cada seis meses por causa dos reajustes abusivos dos aluguéis devido a desvalorização da moeda.
Vejam – www.escolasensitivista.blogspot.com
Eu presenciei pelo menos uns três suicídios. Mas, teve um que não consigo esquecer até hoje. Foi de um amigo meu vendedor, lá no centro de São Paulo, no viaduto do Chá. Ele perdeu a cabeça, subiu na mureta e se jogou. Para a infelicidade dele, não morreu na hora, ainda ficou se agonizando até chegar ao hospital.
O Collor matou muita gente metendo a mão no dinheiro da poupança. Eu também até pensei em me matar, mas não era porque tinha dinheiro na poupança não. Era porque não se vendia mais nada. Os fabricantes seguravam os produtos querendo aumento. Eu trabalhava para o Frigorífico Bordon/Swift Armour e precisava vender para ter salário, nós vivíamos só de comissões. Foi desesperador, ainda mais, que eu era recém-casado, pagando aluguel e a mulher grávida.
Fui vender café clandestinamente no Ceasa para as cafezeiras. Foi o que me salvou por algum tempo, até a polícia me pegar. E, o pior de tudo, que não tinha ninguém para ajudar, porque todo mundo estava neste barco furado, como se fosse um terremoto. Era gente se jogando dos prédios, viadutos e nos trens. A inflação era tão galopante naquela época que precisávamos mudar de casa a cada seis meses por causa dos reajustes abusivos dos aluguéis devido a desvalorização da moeda.
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Será que é vergonha roubar mas não poder levar?
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