MESPR - Movimento de Evolução Social, Político e Religioso

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segunda-feira, 14 de maio de 2012

CONSTRUINDO O DEUS DO BEM

“Argumentos não representam nada sem atitudes” – SENSITIVISTA.
Uma atmosfera de discussão permeava a nossa reunião na favela da Vila Esperança em Cubatão.
- Deus é Jesus. Precisamos acreditar nele! - afirmava Carmelita com muito fanatismo.
- Eu acredito na sua mensagem de amor e esperança para difundir a fraternidade entre os povos, mas não acredito que ele seja Deus, ou que vai retornar para nos salvar. Isso é fantasia, lorota – Manuel disse com desdém.
- Se a fraternidade for implementada totalmente, o Mundo vai ser uma maravilha, não existirá miséria. Criaremos o nosso paraíso aqui mesmo nesta vida – Tomás falou com esperanças.
- Vocês só falam em dinheiro. Dinheiro não compra salvação – Carmelita falou com tom de provocação.
- Você está enganada! Compra sim. Todas as brigas familiares são por causa de dinheiro. Às vezes, a gente não percebe, mas se pararmos para pensar, chegamos nesta conclusão. Com dinheiro a gente trabalha no que gosta e quantas horas quiser, tem mais tempo para a família, e pode comprar muito conforto – Sr. Joaquim português não se deteve em falar.
- E o inferno? - Replicou Carmelita.
- Mas que inferno dos diabos é esse Carmelita? O inferno de verdade é esse que vivemos: extrema pobreza – argumentou Tomás truculento.
- A igreja fala da salvação, mas eles é que estão se salvando da miséria pegando dinheiro dos trouxas – disse Manuel com autoridade.
- Quando que Jesus vai aceitar que um pastor tenha uma fazenda com mais de mil cabeças de gado, várias propriedades, nadando no dinheiro, enquanto muito de seus seguidores estão passando necessidade? - Perguntou Roberto rompendo o seu silêncio.
- Mas, eles dão se quiserem! – Socorro se juntou a Carmelita.
- Não é bem assim não. As pessoas são induzidas a dar dinheiro para a “casa de Deus” na promessa de receber uma graça na sua problemática infeliz vida familiar. São problemas com filhos viciados, maridos violentos, desemprego, disputa de herança, disputa amorosa, e até casos de vingança – eu disse pra não ficar de fora da discussão.
- Éd, se dinheiro traz salvação, então porque tem tanto rico infeliz? – Socorro perguntou com tom de deboche.
- Porque não sabem usar o dinheiro. São extremamente egoístas, só querem para eles. Não ajudam nem os da própria família e, ainda os esnobam. São exibicionistas. Acham que estão seguros com seu dinheiro amado. É nisso que atrai o roubo, seqüestro, traição e morte.
- Mas Éd, se não recorrermos a igreja, aonde buscaremos um consolo, um desabafo, uma esperança? – Carmelita perguntou desanimada.
- Estudando e pesquisando as suas possibilidades pessoais para resolver o problema familiar em questão. Muitas vezes queremos mudar as pessoas obrigando-as, oprimindo-as e até humilhando-as. E, esse não é o caminho. Precisamos colocar em 1º lugar a liberdade de expressão, ouvir mais, abrir o coração. É só conquistando a confiança que enxergaremos uma solução familiar, financeira e social em todos os âmbitos na convivência humana.
- Então Deus não existe? – Socorro contra-argumentou com impaciência.
- Deus está em cada um de nós – respondi-lhe.
- É isso aí Éd. Tô contigo irmão – Manuel falou pulando.
- Socorro, amolece seu coração! – disse Tomás.
- As igrejas estão endurecendo muito o coração das pessoas – disse Roberto com tristeza.

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Será que é vergonha roubar mas não poder levar?
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Consciência

Fora corrupção.Vamos viver, pelo menos, com decência!!! A formação política dos chilenos, como de todos os hispano-americanos do começo do séc. XIX, era algo de uma ineficiência gritante. Quase que sem transição, viram-se esses povos donos de seus destinos, sem preparo para a difícil tarefa de governar. Surgiram à tona todas as AMBIÇÕES.