MESPR - Movimento de Evolução Social, Político e Religioso

MESPR - MOVIMENTO DE EVOLUÇÃO SOCIAL, POLÍTICO E RELIGIOSO

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Matar ou deixar vegetar?

Os poucos que tentam viver no mundo real são mais felizes. Os muitos, que acham que um dia renascerá naquele mundo irreal chamado céu, sofrem mais. Oh! Coitados religiosos!

Na década de 80 passava no SBT um programa de humor, e num dos quadros apresentados um rapaz namorava uma garota e ia até a casa de seus pais pedí-la em casamento. O rapaz era bem recebido pelos prováveis sogro e sogra, daí ele fazia o pedido, digo, pedia a mão da donzela em casamento.
Ao ouvir o pedido de casamento, o pai da garota encarava o rapaz e captava através do cérebro uma imagem que ao mesmo tempo era reproduzida na telinha da TV mostrando como seria no futuro a convivência da sua filha casada com o citado rapaz. Mostrava sua filha sendo maltratada pelo esposo. Ele namorava fora do casamento. Ela também gritava com ele até o casamento ir à decadência.

A imagem saía da mente do pai da garota, ele apertava os olhos, olhava para o namorado da filha e gritava: – O que?!!! Casar com minha filha para depois maltratá-la, saia da minha casa seu pilantra… Contei esta história para mostrar às pessoas que se num acaso uma mulher já grávida visse uma imagem como a citada no programa mostrando como seria criar um filho com Síndrome de Down, provavelmente ela e a grande maioria das mulheres abortariam.
Para não ficar em imagem de mentirinha de programa de humor vamos partir para a realidade. Como a medicina está muito avançada e a cada ano avança mais, eu diria (eu acho) que qualquer mulher grávida que passar por exames e for constatado com real precisão, com 100% de certeza que seu filho vem ao mundo com um destes problemas: Síndrome de Down, Mongolóide, o cérebro atrofiado, sem um braço, cego ou com outros tipos de deformidades, ninguém de sã consciência vai querer este neném.

Não quero dizer que uma criança que já veio ao mundo com um destes problemas citados será rejeitada. NÃO É NADA DISTO.
Estou querendo dizer que uma criança (ainda como embrião ou feto) que está por vir ao mundo, e a medicina constatar com precisão que ela nascerá deformada, daí esta futura mãe ouvir o relato de um médico, de uma assistente social, de uma psicóloga explicando as conseqüências futuras, tanto para os pais, para a própria criança, para a sociedade vigilante e preconceituosa…
ACREDITO QUE NEM O PAPA QUERIA QUE ESTA CRIANÇA NASCESSE.
Os sábios do mundo discutem e opinam, mas já descobriram, já provaram cientificamente a partir de que momento o ser humano já é um ser vivo? Após a fertilização? Na fase embrionária? O feto já é um ser vivo, não é? Certa vez vi pela TV o Elsimar Coutinho e um representante da igreja católica tentando explicar (divergiam entre si) em que momento do aborto já é considerado a perda de uma vida. A Igreja Católica e outras religiões têm provas documentadas, registradas em cartórios e com testemunhas provando que Deus é contra o aborto em qualquer situação? Duvido!

Tudo bem, abortar é algo antiético, que seja, mas quem falou e decretou esta falácia? Alguém tem provas reais mostrando que fazer um aborto é um pecado aos olhos de Deus? Que dia, mês, ano, século ou milênio Deus falou ou escreveu falando sobre o aborto? Ah sim! Foi há muito tempo, o homem é que escreveu sobre o mal causado por um aborto, mas foi inspirado por Deus. E, Jesus que era o filho de Deus e não era analfabeto, porque não escreveu nenhuma vírgula na Bíblia? Já ouvi algumas pessoas falando que Deus nos deu livre arbítrio. Só não sabem dizer o dia, mês, ano, século ou milênio em que ele fez este anúncio.  O medo de ir para o inferno está condenando várias pessoas de ter o seu próprio inferno aqui mesmo.
Estabelecido como crime pelo Código Penal, o aborto é permitido no Brasil em apenas três situações: quando não há outra forma de salvar a vida da gestante; quando a gravidez é decorrente de estupro e a mulher ou representante legal dela opta por interromper a gravidez e em casos de diagnóstico de anencefalia. Nesse caso, incluído após julgamento do Supremo Tribunal Federal em 2012, fala-se em antecipação terapêutica do parto.

Em qualquer dessas condições, a mulher pode procurar o Sistema Único de Saúde (SUS), que tem 65 unidades aptas a interromperem a gravidez. Nesses casos, elas devem ser acompanhadas por uma equipe multidisciplinar, de modo que seja garantida assistência médica, social e psicológica. Em 2013, segundo o Ministério da Saúde, foram registrados 1.523 casos de aborto legal. Estima-se, contudo, que o número de interrupções praticadas no país seja bem maior.
Segundo pesquisa do Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero (Anis), da Universidade de Brasília (UnB), mais de uma em cada cinco mulheres alfabetizadas que possuem entre 18 e 39 anos já praticaram pelo menos um aborto, ao longo da vida. Cerca de metade delas teve que ser internada por conta de complicações, como perfuração do útero. A prática é mais comum entre mulheres com menor escolaridade (23%), enquanto o percentual das que já concluíram o ensino médio é 12%.

Realizada em 2010, a Pesquisa Nacional de Abortos utilizou a técnica de amostragem para chegar a esses números, afinal como muitos casos são feitos em clínicas clandestinas, não há como obter dado exato, mas muitas pesquisas tendam a dimensionar essa ocorrência. No documento Aborto e Saúde Pública no Brasil, de 2009, o Ministério da Saúde destacou estimativa de que 1.054.242 abortos foram induzidos em 2005. Já o Centro Feminista de Estudo e Assessoria (Cfemea) aponta que cerca de 1 milhão de brasileiras submetem-se a abortos clandestinos todos os anos.
Em nota enviada à Agência Brasil, o Ministério da Saúde afirma que o número de óbitos de mulheres atribuído ao aborto passou de 3ª para 5ª causa de mortalidade materna de 1990 a 2012, queda que credita “à ampliação da rede de serviços à saúde integral da mulher, ação efetuada pelo Ministério da Saúde em conjunto com as secretarias estaduais e municipais de saúde”.

Apesar da dificuldade de acesso a esses dados, o Instituto Anis conclui que o aborto deve ser prioridade na agenda de saúde pública nacional. O mesmo posicionamento é defendido pela Anistia Internacional, para quem o tema deve ser tratado como uma questão de saúde pública e direitos humanos e não na esfera criminal.
A opinião é compartilhada pela assessora do Cfemea, Fernanda Saboia. Para ela, o debate sobre o tema no Brasil precisa ser feito à luz da saúde pública e dos direitos das mulheres. “A discussão sobre o aborto não tem o intuito de mudar a opinião individual de cada um, mas de mudar a legislação, para que as pessoas que fazem aborto não sejam criminalizadas ou submetidas a uma abordagem em clínicas clandestinas”, afirma.

Fernanda aponta o abandono dos companheiros, a falta de condições financeiras ou de preparação para ter um filho e a falha de métodos contraceptivos como principais situações que levam a essa prática. Por isso, para ela, manter a situação como está significa “fechar os olhos para uma situação que já é comum e que mata principalmente as mulheres negras e pobres, porque as mulheres da classe média e da classe alta fazem o aborto em clínicas clandestinas em ótimas condições”. De acordo com o Cfemea, muitas clínicas chegam a cobrar pelo menos R$ 4 mil pelo procedimento.
Essa diferença foi diagnosticada também pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No relatório Abortamento seguro: orientação técnica e de políticas para sistemas de saúde, a organização ressalta que “nos países onde o aborto induzido legal está sumamente restrito ou não está disponível, na maioria das vezes o aborto seguro se torna um privilégio dos ricos, e as mulheres de baixa renda são mais suscetíveis a procurar métodos inseguros, que provocam a morte e morbidades, gerando responsabilidade social e financeira para o sistema de saúde público”.

A OMS estima que, a cada ano, são feitos 22 milhões de abortos em condições inseguras, levando à morte cerca de 47 mil mulheres, além de causar disfunções físicas e mentais em outras 5 milhões. Já “nos locais com poucas restrições ao acesso a abortamento seguro, a taxa de mortes e doenças cai drasticamente”, afirma a organização, que constatou diminuição no número de abortos realizados nesses países.
Na avaliação da coordenadora da organização Católicas pelo Direito de Decidir, Rosângela Talib, isso ocorre porque, em países em que o aborto é legalizado, as mulheres buscam o sistema de saúde e lá recebem informações. Há “maior possibilidade, dessas mulheres, saírem do serviço de saúde com métodos contraceptivos e também de terem maior nível de informação sobre sua saúde reprodutiva", afirma.

Diante do que considera ausência do Estado em relação à educação sexual e ao planejamento familiar, Rosângela avalia que “nem a interdição legal, com a criminalização, nem a interdição religiosa que coloca como pecado, tem impedido que as mulheres realizem o aborto. A proibição tem sido inócua como possibilidade de você diminuir a prática e isso tem levado a uma série de problemas de saúde pública”.
Religiosas, as integrantes dessa organização defendem que esse tema deve deixar de ser um tabu na sociedade em geral e também na Igreja. “A gente teve uma revolução de costumes, não dá para a gente defender os mesmos princípios, como se nada tivesse mudado. O que a gente faz é chamar a Igreja para dialogar com a sociedade”, defende Rosângela.

 
Reflexão
Ana foi forçada ao aborto, no Sertão de Pernambuco. A adolescente de 15 anos ficou grávida do namorado, e coube ao pai do jovem planejar o fim da concepção indesejada. A polícia de Trindade, a 650 quilômetros de Recife, descobriu que a menina foi levada contra a sua vontade a um técnico de enfermagem, conhecido por fazer abortos clandestinos na região. A técnica usada, invasiva demais, acabou dando errado.

Com uma hemorragia, durante a madrugada, Ana foi levada pelo técnico e pelo sogro para frente do Hospital Regional de Ouricuri, a poucos quilômetros da cidade da menina. Assim que ela chegou à sala de emergência, os médicos detectaram o óbito. O que os dois homens fizeram foi praticamente deixar o corpo na frente do hospital. Eles não permaneceram no lugar. Era janeiro de 2013.
Histórias como a de Ana são comuns num país conservador, que não discute o aborto, tratado quase sempre com um viés religioso e machista, e não como um problema de saúde pública. Por causa da clandestinidade, é comum a subnotificação, o que também ocorre com as mutilações ou mortes de mulheres que recorrem ao mercado negro. O caso de Ana, abandonada em frente a um hospital no interior do país, só não passou batido porque uma testemunha reconheceu o agressor.

Policiais civis começaram a investigar a história e descobriram o envolvimento do pai e da mãe do namorado de Ana, também um adolescente. O técnico de enfermagem está preso, segundo a polícia em Trindade. Os pais do adolescente estão foragidos, dizem os policiais.
GRAVIDEZ DE RISCO

Elineide morreu aos 42 anos, um dia depois do parto, e mobilizou entidades que atuam em defesa dos direitos da mulher. A doceira morava em Ceará-Mirim, cidade encostada em Natal. A gravidez era de risco, em razão da saúde do feto: o diagnóstico era de que o bebê não nasceria com vida.
A mulher decidiu, em conjunto com o marido, interromper a gestação, amparada na legislação brasileira, que permite o aborto em caso de risco de morte para a mulher. O hospital decidiu só fazer o procedimento com autorização da Justiça. O juiz indeferiu o pedido com base na “legislação aplicável à matéria” e em sua “convicção pessoal”.

Não haveria tempo hábil para um recurso na segunda instância do Judiciário. Na noite de 30 de março de 2010, o bebê nasceu morto. O parto só ocorreu depois de uma espera de quatro horas. Elineide morreu no dia seguinte, “sem direito a um acompanhante”, após sofrer uma parada cardíaca, segundo entidades de defesa da mulher que atuam no Rio Grande do Norte.

Sensitivista
“A lei atual que proíbe o aborto é eficaz apenas para matar mulheres. Quantas mulheres vão ter que morrer para entendermos que a lei não tem efeito?”, questiona o ginecologista e obstetra Jefferson Drezzet.

O médico, que é coordenador do Ambulatório de Violência Sexual e de Aborto Legal do Hospital Pérola Byington em São Paulo (inclusive é o hospital que eu nasci), diz que os abortos continuam sendo feitos, mas que por ser considerado crime, as mulheres fazem  os procedimentos sozinhas, adquirindo medicamentos de procedência duvidosa ou em clínicas clandestinas.
Drezzet explica que há duas opções de clínicas que fazem abortos: as que têm estrutura e oferecem à mulher um aborto com segurança e as que são verdadeiros “matadouros de mulheres” onde o procedimento é feito por pessoas sem qualificação e sem qualquer estrutura. “A primeira opção é cara, ou seja, a lei prejudica ainda mais as mulheres pobres, que estão mais vulneráveis e mais sujeitas a um procedimento incorreto e arriscado”, explica.

O médico diz que dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que, no mundo, 600 mil mulheres morrem por ano em decorrência do aborto inseguro. “No Brasil, uma mulher morre a cada dois dias”, comenta.  Ele ressalta que além das mortes, há várias complicações decorrentes do procedimento feito na clandestinidade. “O aborto pode ser muito seguro ou extremamente inseguro. O que diferencia é como, onde  e por quem ele é feito”, observa.
Drezzet diz que o Uruguai, que descriminalizou recentemente o aborto, o número de mortes e complicações tiveram reduções expressivas sem aumentar os casos de aborto.

“A ideia é dar mais segurança para a mulher que quer fazer o aborto. Se ela está decidida a não ter o bebê, vai fazer de qualquer maneira”, avalia.
Diferente do Uruguai e de boa parte dos países desenvolvidos, o Brasil ainda não tem qualquer perspectiva de mudar a legislação vigente sobre o assunto. Barreiras religiosas e políticas travam mudanças no Código Penal neste assunto. Durante a campanha eleitoral, os dois candidatos à Presidência da República declaram ser contra a descriminalização do aborto. Para o médico, a questão do abortamento não deve ser visto como questão religiosa, mas como um problema de saúde pública.

 

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Colonização - invasão e escravidão (América Latina)

Quando os espanhóis chegaram ao Peru no início do séc. XVI encontraram o Império dos Incas. Este Império foi destruído por Pizarro e Almagro. A destruição obedeceu aos mais cruéis métodos de conquista. Mais tarde, os dois se tornaram inimigos na discórdia da partilha do ouro, e se formou uma guerra civil que durou 10 anos.
A vida peruana nos quase trezentos anos de colônia, praticamente, foi o de toda América Espanhola, exploração e devastação. Foi no Peru que houve a única resistência contra a revolução, que era animada pelas idéias dominantes da Revolução Francesa, por causa da formação de uma comunidade espanhola rica na região. Enquanto as outras regiões queriam sua independência da Espanha. E, foi por isso que os libertadores tiveram de se precaver contra os delatores, que informavam os chefes espanhóis, sem qualquer problema de consciência patriótica.
É a essa altura que aparece no cenário da campanha libertadora a figura de Simon Bolívar. Ele sabia que sem o domínio total e absoluto do Peru não haveria libertação para a América Espanhola. Em 1824, as forças rebeldes venceram, pondo um fim ao domínio espanhol na América. Em homenagem a Simon Bolívar, o Alto Peru passou a ser a mais nova República do continente, com o nome de Bolívia. O futuro acenava para uma América grandiosa, livre e republicana. Só que, existia um problema ao qual persiste até hoje, a terrível apatia da sociedade, sem entusiasmo para criar um futuro promissor, tipo Jeca Tatu de Monteiro Lobato, que representava a preguiça e o atraso.
Nem mesmo o projeto de união das regiões em um só governo deu certo. Quanto menos a concretização de uma confederação espiritual conseguiu Simon Bolívar. O que ocorreu na verdade, foi uma série de generais peruanos se empolgando pelo poder, que originou o aparecimento do caudilho com suas inconveniências de toda ordem. Já no México houve várias lutas contra a anarquia dos caudilhos ambiciosos e sem cultura. Quando os espanhóis lá chegaram, os Astecas não ofereceram nenhuma resistência, mesmo assim, assassinaram Montezuma, seu Imperador.
Em 1836 sob o comando do general Santana, o México declara guerra contra os Estados Unidos a respeito da questão do Texas, perdida pelo México num verdadeiro desastre. Havia, também, a questão dos privilégios da Igreja e do Exército pesando sobre a classe média mexicana, sentindo a ferrenha garra dos impostos. Para se avaliar o poderio da Igreja Católica, ela possuía a metade das terras cultiváveis do México. Só mais tarde que a Igreja foi separada do Estado, e foi determinada a distribuição de terras boas aos lavradores pobres.
No Brasil, que era de Portugal, houve a invasão holandesa no nordeste em 1630, pelo fato de Portugal querer dar o calote na Holanda por passar para o domínio Espanhol. Espanha e Holanda eram arqui-inimigos. A Holanda era o investidor do capital para a construção dos engenhos e a responsável pela distribuição do açúcar. A Espanha assim que obteve o controle de Portugal quis dar um calote na Holanda. Depois de 24 anos de posse no nordeste, com toda a pressão de Portugal e Espanha, os holandeses foram para as Antilhas e transformaram o local no maior produtor de açúcar no Mundo. Os portugueses não foram capazes de dar continuidade ao processo de modernização que os holandeses começaram. Sem capitais para investir, com dificuldades para aquisição de mão-de-obra e sem dominar o processo de refino e distribuição, o açúcar português não conseguiu concorrer no mercado internacional, mergulhando a economia do Brasil (e a de Portugal) numa crise que atravessaria a segunda metade do século XVII até a descoberta de ouro em Minas Gerais. Pois Portugal teve que pagar a Holanda oito milhões de Florins, equivalente a sessenta e três toneladas de ouro. Este valor foi pago em prestações, ao longo de quarenta anos e sob a ameaça de invasão da Marinha de Guerra. 
E, na questão de nossa independência, não houve propriamente uma guerra, pois D. Pedro I não aceitou voltar para a Europa e ficou governando o país como Imperador. Mas não ficamos independentes economicamente. O problema agrário no Brasil até hoje não foi resolvido. Temos uma das mais altas concentrações de terras (latifúndios) do mundo que nada produz. Em comparação com nossos vizinhos latino-americanos, o Brasil é campeão em latifúndios. Não sai da liderança nem se comparado com países onde a questão é explosiva, como Índia ou Paquistão.
Juntando tanta terra na mão de poucos e vastas extensões improdutivas, o Brasil montou o cenário próprio para atear fogo ao campo. É aí que nascem conflitos, que nos últimos 15 anos, só em chacinas, fizeram 115 mortos. Daí surge a massa de sem-terra, formada tanto por quem perdeu seu pedaço para plantar, como pela multidão de excluídos, desempregados ou biscateiros da periferia das grandes cidades, que são, de uma forma ou de outra, gente também ligada à questão da terra – porque perdeu a propriedade, porque não choveu, porque o pai vendeu a fazenda, ou porque ela foi inundada por uma represa.

Reflexão
No sec. XV as caravelas eram verdadeiras máquinas de guerra e naves cortando mares como discos voadores num espaço de água ao invés de vácuo ou espaço. Lembre-se que ainda não existia o avião. Pelo o que aconteceu na América Latina, o Novo Mundo, que teve uma exploração sem limites e devastadora, é de se preocupar com a chegada de povos de outros planetas. Pois, numa suposição de alguma visita, se foram capazes de chegar aqui com sua tecnologia ao qual ainda não temos, será que não vai acontecer conosco o que aconteceram com os índios? E o monte de casos de visões e relatos de OVNIS? Será que o governo mundial não está por trás de ocultar estas aparições por medo dos povos ficarem apavorados?

Sensitivista
Os fundamentos do saber humano passarão da concepção materialista do Universo à concepção espiritualista do ser, com as conseqüências filosóficas, sociais, morais e religiosas, que dela decorrem.
É com efeito flagrante que a existência imanente no corpo somático subentende a imanência de um cérebro elétrico no cérebro somático, e assim se achariam dissipadas as perplexidades que impediram até aqui os fisiologistas de admitirem a existência do espírito sobrevivente à morte do corpo, perplexidades que resumem no fato indubitável da existência de um paralelismo psicofísico nos fenômenos do pensamento. (E. Bozzano – Des Phénomenes de Bilocation, 1937, pág. 175).

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Fraqueza Espiritual

Ontem eu fui à casa de uma amiga que o filho se matou enforcado há uns 20 dias. Ele tinha 22 anos. Um jovem que parecia normal, que tinha condições de ter sucesso na vida. Inclusive, ele chegou a me ajudar num trabalho de instalação elétrica na casa de sua mãe.

Ela me contou que ele andava meio depressivo por causa do fim de um namoro e que a moça acabou casando com outro cara. Eu cheguei a ler uns textos que ele escreveu mencionando a sua tristeza. Falava muito em Deus e Jesus.
No seu entendimento, Jesus tinha que resguardar o namoro. Tinha que ter dado um emprego com um salário digno. A depressão tomou conta dele, e com isso começou a questionar Deus. Veio depois o uso de drogas que detonou mais ainda a sua mente. Aí, ficam as perguntas: se ele fosse ateu, não seria um homem mais forte? Se ele não fosse tão carente de mãe, apesar de sua constante presença mas ausente em palavras, será que cometeria esta besteira? A sua mãe é analfabeta e muito religiosa católica. Muitas vezes largava o filho de lado para servir a Deus, indo às muitas missas. Será que se ela fosse um pouco menos religiosa e mais amável com o filho, ele se mataria? Há uns 10 anos atrás, outra vizinha também perdeu o filho de 18 anos enforcado em casa. Este moleque apanhava muito do pai. Tinha um pai muito estúpido e alcoólatra. A sua mãe sempre fervorosa na igreja católica, beata de carteirinha, chora até hoje desta desgraça. São pessoas sem muito estudo que vieram de regiões de extrema pobreza que é o nordeste brasileiro.
No nordeste houve muitas guerras religiosas. Primeiro foi com os índios quando os portugueses começaram a explorar o pau-brasil e depois a cana de açúcar. Portugal mandou os padres jesuítas para converter os indígenas que tinham outra cultura, outra crença. Muitos que não aceitaram a nova fé foram queimados ou torturados. Era a inquisição no Brasil. Depois dos índios convertidos no catolicismo, em 1630 houve a invasão dos holandeses calvinistas judeus. Com isso aconteceu vários massacres religiosos. Existem relatos que crianças e adultos foram partidos ao meio por machadadas dentro da igreja. Teve um padre que seu coração foi arrancado pelas costas.
Vinte e quatro anos de domínio holandês no nordeste que sufocou o cristianismo e fez surgir a cidade de Maurícia ao qual é a Recife dos dias de hoje, afetou em muito a cabeça dos nordestinos. E, para complicar mais ainda, quando os holandeses foram expulsos do nordeste, e Portugal reassumiu a região em 1654, mais guerras religiosas aconteceram. Esta região se tornou o berço de pessoas cruéis. Daí a origem de Lampião, a história de Canudos na Bahia e outros. Juntando a miséria do local que foi destroçado pelo plantio de vastas quantidades de terras destinadas a monocultura da cana de açúcar que detonou o solo nordestino com suas queimadas para o corte, que antes era muito rico pela sua diversidade, somadas as seqüelas das guerras religiosas, se formou um local muito problemático. Ainda mais com o apelo acentuado da igreja católica que retomando a região dos holandeses calvinistas e judeus, impôs um ritmo bem acentuado nas suas inquisições de torturas e abnegação para afastar qualquer outro tipo de religião. 

Reflexão
Já passou esse tempo; o domínio das coisas não pode, hoje em dia, subordinar-se ao conceito das seitas, sejam elas filosóficas, religiosas ou científicas; têm de ceder lugar à razão, que esclarece os espíritos emancipados de fascismo de qualquer natureza, porque a época os vem abroquelando nos imperativos do Direito, do que é justo, do que é verdadeiro, sem constrangimento.
 
VEJAM
Jornal Francês Charlie Hebdo – http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_do_Charlie_Hebdo
 
 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A Semente do Bem

A religião precisa mudar seu discurso ou pragmatismo. Ela se apoderou da dita chave da salvação se colocando em nome de Deus, mas o reino do céu será conquistado só por aqueles que têm a verdadeira espiritualidade.

Para sermos dignos não é necessário sermos religiosos, pois a dignidade veio bem antes da religião. Ela é a verdadeira espiritualidade. É fazer o bem por gostar do bem. Enquanto que muitos religiosos só querem fazer o bem pensando em não ir para o inferno, bitolados em seus livros sagrados discriminam e se omitem em ajudar, pecando muitas vezes por esta inércia.

Para Aristóteles (sec  IV a.C), a felicidade não se encontra nos prazeres nem na riqueza, mas na atividade racional. Admitindo que o pensar é a principal característica humana, conclui que a felicidade consiste na atividade da alma segundo a razão.

No cristianismo medieval se pregava que o aperfeiçoamento da vida espiritual teria que ser por meio de práticas de mortificação do corpo, como jejum, abstinência, flagelação. Essa tendência predominou na Alta Idade Média, ainda influenciada pelos padres da Igreja católica.

Segundo Nietzsche, o cristianismo acelerou o processo de domesticação do ser humano ao incentivar a “moral do rebanho”, geradora de culpa e ressentimento, fundada na aceitação do sofrimento, da renúncia, da piedade, típicos da moral dos fracos. Por isso que os atos do homem forte são criticados pela mediocridade das virtudes estabelecidas pela religião. Por causa disso é preciso recuperar o sentimento de potência, a alegria de viver e a capacidade de invenção.

A ciência está atrasada por mais de cem anos por culpa da religião. Poderíamos hoje ter uma tecnologia que nos levasse até outros planetas. Uma sociedade mais igualitária. Um ser humano mais espiritualista, e com um avanço mental trazendo até paranormalidade como a de Jesus.

Um crente me disse que Jesus vai voltar. Eu lhe respondi que não vai ser preciso matar ele de novo. Ele me olhou assustado e quis saber porquê. Falei que Jesus lutou tanto para nos salvar da exploração da religião dele, onde ia à Sinagoga e chutava os tabuleiros cheios de moedas dizendo que na casa do seu pai não poderia ter comércio nas vendas dos perdões divinos, as tais indulgências, que se ele voltar hoje vai ter um infarto. Vai morrer do coração porque a exploração está muito maior, e onde antes se falava em nome do seu pai, agora é falado em seu nome.

Todos nós temos poderes: poder de produzir, de consumir, de criar, de punir, de comandar, poder de seduzir, de agraciar... O menos poderoso dos indivíduos tem poderes, mesmo que secretos! Aliás, Freud percebeu com muita argúcia que certos doentes “indefesos” manipulam pessoas, mantendo-as na sua dependência.

Diferentemente dos animais, cujos atos são sempre os mesmos para cada indivíduo da espécie a que pertencem, não mudando ao longo do tempo, nós desenvolvemos comportamentos diversificados e precisamos da educação para nos tornar propriamente humanos (a semente do bem). Muitos são os exemplos dados por antropólogos e psicólogos sobre crianças que, ao crescerem longe do contato com seus semelhantes, permaneceram como se fossem animais. Na Alemanha, no século passado, foi encontrado um rapaz que crescera totalmente isolado. Kaspar Hauser, como ficou conhecido, permaneceu escondido por razões nunca esclarecidas. Como ninguém o ensinara a falar, só se humanizou ao se iniciar o processo de sua educação, quando ficou constatada uma excepcional inteligência, até então obscurecida pelo abandono a que fora relegado.


Reflexão

Quando pensamos em mitos, hoje, imediatamente, lembramos de alguns mitos gregos, como o de Pandora, que abriu a caixa proibida – de onde saltaram todos os males, e onde ficou presa a esperança -, ou ainda do saci-pererê, de Tupã e outras lendas que povoaram a nossa infância e que têm origem nas culturas indígenas ou africana.

O mito nasce do desejo de entender o mundo, para afugentar o medo e a insegurança. O ser humano, à mercê das forças naturais, que são assustadoras, passa a emprestar-lhes qualidades emocionais. Assim, ele se move dentro de um mundo animado por forças que ele precisa agradar para que haja caça abundante, para que a terra seja fértil, para que a tribo ou o grupo seja protegido, para que as crianças nasçam e os mortos possam ir em paz.

Os americanos criaram os seus mitos como o superman, homem aranha, Batman, mulher maravilha, etc. Até, então, como sentimento de vencedores da última guerra mundial, e também, uma apologia a Cristo que andava sobre as águas, multiplicava pães, transformava a água em vinho, ressuscitou Lázaro e outros muitos milagres.


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Dica de Filme







quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Choque de Civilizações

O abismo entre dois mundos
Desafio para o Islã e para o Ocidente
é conviver com diferenças.
Dez charges colocaram o mundo em clima de alerta em 2006. Publicadas num pequeno jornal da pacata Dinamarca no final do ano anterior, as ilustrações representavam a imagem do profeta Maomé – o que não é aceito pela religião islâmica. Seria um episódio breve não tivesse desencadeado uma histérica reação diplomática dos países muçulmanos, boicotes econômicos, multidões enfurecidas e ameaças de morte, que mostraram que o fosso de valores, idéias e hábitos entre o mundo islâmico e o Ocidente se aprofundou perigosamente. Desde a Guerra Fria, não se via com tanta clareza a existência de dois mundos crescentemente hostis e que, rapidamente, esquecem o muito que têm em comum exacerbando o pouco, mas fundamental, que os separa.
O fanatismo religioso tem diminuído as chances de diálogo entre Ocidente e o Islã. O convívio poderia ser harmonioso e mutuamente enriquecedor não fosse o fato de que o poder crescente dos fanáticos esmaga os mais moderados e transigentes. O caso das charges é exemplar por ter colocado em foco alguns dos mais agudos pontos de ruptura entre os dois lados: liberdade de expressão, direitos humanos e o que o americano Samuel P. Huntington, professor de Harvard, chamou de "choque de civilizações". A questão que se coloca atualmente é: a religião do Islã é ou não compatível com a sociedade moderna e secular?
Boa parte da incompatibilidade do mundo muçulmano com o Ocidente moderno se explica pela noção de que no Islã político não deve haver separação entre vida pública e vida privada, entre religião e política. O diálogo fica difícil com quem se recusa a aceitar que as escolhas humanas possam estar acima das leis que consideram emanadas por seu Deus. Do lado ocidental, a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, parece feita sob medida para reforçar o sentimento generalizado entre os muçulmanos de que o mundo os persegue.
Expressões desse conflito podem ser vistas ainda em outros episódios recentes. De tempos em tempos, os terroristas da Al Qaeda apareceram na televisão com ameaças de novos atentados em sua jihad contra os "cruzados" e judeus. O Irã e seu presidente-bomba ameaçam desenvolver um arsenal nuclear para derrotar o "satã" – sim, o Ocidente e seus valores. Em setembro de 2006, protestos clamando por sangue explodiram em ruas do Oriente Médio depois que o papa Bento XVI fez um simples comentário acerca de um texto medieval que criticava a disposição de Maomé ao conflito. Recuando apenas alguns anos, encontramos a sentença de morte decretada pelo aiatolá Khomeini contra o escritor britânico Salman Rushdie, por considerar o livro Os Versos Satânicos uma "blasfêmia".
Os crimes e as ameaças são, obviamente, obra de fanáticos, mesmo quando ocupam altos cargos em Estados islâmicos. Desde o 11 de Setembro – um divisor de águas da História e outro marco do choque atual -, um esforço enorme é feito por muçulmanos e não-muçulmanos para separar o fanatismo de Osama bin Laden da fé moderada e pacífica da maioria dos muçulmanos. Afinal, ocidentais e islâmicos estão fadados à convivência. A influência do mundo moderno penetra no cotidiano de muçulmanos e vice-versa. Prova disso são os sopros de modernidade que atravessam nações como Líbano e Turquia – ainda que os tropeços ainda sejam graves. Outro exemplo da coexistência é a adaptação de seguidores de Alá residentes nos Estados Unidos e também no Brasil. Só na Europa, vivem mais de 15 milhões de muçulmanos.
O Ocidente olha para o mundo muçulmano com desconfiança. Teme suas encrencas, suas mulheres cobertas de véus e seus homens-bombas. O mundo muçulmano tem sido contaminado, nas últimas décadas, por uma versão fantasiosa do mundo ocidental, divulgada pelos mulás nas mesquitas: um lugar eficiente, mas sem Deus e, portanto, sem alma. Não há nenhuma razão insuperável pela qual muçulmanos e ocidentais não possam conviver pacificamente. Isso exigiria que cada parte examinasse suas idéias sobre a outra. Em especial, contudo, os muçulmanos precisariam encontrar um jeito de se ajustar à vida moderna.

Sensitivismo
A lei suprema que abrange a universalidade dos seres é a do arbítrio independente. Obrigar individualidades e organizações a determinadas normas de conduta seria a escravização injustificável, e podeis observar, mesmo em vosso mundo, como a liberdade caminha dia a dia para concepções mais avançadas.
Fugindo dos temas temporários da Política, o homem necessita convencer-se de que a única coisa real da vida é a sua alma. Tudo o mais que o rodeia reveste-se de caráter de transitoriedade. O Espírito encarnado atualmente é um estudante longe dos seus penates.
A religiosidade é radicalismo sem a espiritualidade. Enforca a alma e condena o Mundo.

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terça-feira, 11 de novembro de 2014

Altamira

Altamira era uma mulher trabalhadeira. Lutou como uma gigante para criar seus filhos. Não teve apoio de pai e nem de mãe. Viveu em uma época de pura opressão econômica e social. Vinda do nordeste com seu marido Manuel e seu filho Cândido, enfrentou São Paulo dos anos 60.

O país estava em ebulição com o golpe militar de 64. Ela teve seu segundo filho, Cristo Rei, em São Paulo. Depois, com dois anos voltou para o Norte onde teve a Carolina e mais tarde nasceu Mafalda de volta à São Paulo. Foram muitas lutas para criar 4 filhos.

Numa época rude, as pessoas tendem a ficar rudes, brutas e impacientes. Altamira teve que conviver com o alcoolismo de seu marido, mais as humilhações e desencantos. Lutou como uma valente. Manteve a família unida a todo custo.

Cristo Rei saiu cedo de casa. Não agüentou ver as humilhações que sua mãe, ele e seus irmãos passavam por causa do pai.

Passaram anos, os filhos se casaram. O Manuel se regenerou. Quando parecia que estava tudo certo, aconteceu um acidente na escada da casa onde moravam e Manuel teve um derrame. Altamira cuidou com muito afinco e dedicação do seu esposo que ficou inválido por 10 anos numa cama até ele falecer.

Altamira nos seus quase 80 anos vive sozinha em sua casa numa cidade de interior. Ela lamenta da solidão e fica triste. Sua filha Mafalda foi morar lá perto na mesma cidade. Ela casou e teve uma filha. Só que algo que era para ser legal, as duas vivendo numa boa, quanto mais que Altamira já está com certa idade, não está sendo desta forma.

As brigas e discussões giram em torno de opiniões bestas e falta de sensibilidade. Altamira precisa ser um pouco mais política. Aceitar mais as diferenças de pensamento da filha e do genro. Ter mais simpatia e bom astral. Ninguém gosta de lamentações.

Por outro lado, Mafalda precisa ajudar nesta quebra de barreira. Não é tarefa fácil. Pois mudar o pensamento duma pessoa com quase 80 anos é barra.

Seu Manuel deve estar muito triste vendo duas pessoas que ele amou se odiando. E, isto tudo repercute em toda família. E, Altamira merece paz, respeito e consideração.


SENSITIVISMO

Focalizei no meu pensamento a idéia de vir ter contigo e bastou isso para que as minhas raras faculdades de fantasma alígero me conduzissem a este maravilhoso recanto sertanejo em que vives, esplendor de canto agreste, quase selvagem, trazendo-me reminiscências de uma paisagem minhota, cortada de regatos, aromatizada de frescas verduras, suave e perfumosa, encantadora e alegre, onde apenas faltasse o cheiro caricioso do vinho verde reconfortador.


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Jesus Cristo – http://ed10alemao.wordpress.com/2012/11/09/jesus-cristo/ 




quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Laços de Família

O Exemplo
Meishu-Sama, em seu dia a dia, sempre praticou o Belo, por meio de suas composições florais, pinturas, poemas e, principalmente, pela sua postura amável, gentil e cortês. Ao saber que ia receber visitas, colhia galhos e flores de seu jardim, e preparava uma linda ikebana para alegrar a alma do visitante. Ele sempre se preocupava com o estado de espírito de seus familiares e dedicantes com quem convivia.

Outro ponto que nos chama atenção era o fato de Meishu-Sama ser muito simpático e bom ouvinte... só não gostava de ouvir lamúrias e reclamações. Sempre deixava seus interesses e satisfação em segundo plano, procurando fazer, em primeiro lugar, aquilo que agradava aos outros e os deixava felizes. Esta era sua natureza altruísta.

AGRADECIMENTO  
Meu nome é Maria Augusta de Almeida dos Santos, ingressei na fé messiânica em 1989 e dedico na cidade de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Gostaria de compartilhar com todos a experiência de fé que vivi a respeito da importância da prática do Belo no cotidiano.

Nasci e cresci em um lar com carência de bens espirituais e materiais. Na infância e adolescência, meus pais foram ausentes, pois meu pai vivia na boemia, e minha mãe trabalhava o dia todo como doméstica para sustentar a família.

As brigas e as discussões eram constantes. Meu irmão mais velho não tinha a iniciativa de tomar as rédeas da casa, e minha irmã mais nova tinha uma saúde frágil. Até os 14 anos, eu cuidava de uma irmã doente, que hoje está no mundo espiritual.

Meu pai faleceu quando eu tinha 15 anos, e passei a trabalhar com minha mãe. Nessa época, conheci meu atual marido, que já tinha uma filha. Casei-me aos 23 anos, e os conflitos continuaram tanto na família que deixara, quanto no meu novo lar, com minha enteada.

Desde minha adolescência, eu sentia a necessidade de encontrar um caminho, uma resposta, pois não aceitava passar a vida infeliz. Queria encontrar a felicidade.

Assim, ao ter crises oriundas de uma pedra na vesícula, meu esposo levou-me à casa de minha cunhada para ela fazer uma oração. Ela levantou a mão em minha direção e, sem nada dizer, começou a ministrar Johrei. Apesar de achar estranha uma oração  sem palavras, após 20 minutos a crise havia desaparecido. Meu esposo, na época, estava freqüentando a Igreja, e essa graça motivou-o a se tornar membro.

Passei a receber Johrei com freqüência e, após um ano, tive a permissão de ingressar na fé messiânica. Durante cinco anos consegui encaminhar muitas pessoas à Igreja e, dentre elas, oito pessoas da minha família, e nunca mais tive crises de vesícula.

Porém, fomos adquirindo dívidas, pois meu esposo ganhava pouco devido ao grau de escolaridade e eu também não conseguia ajudá-lo, já que não tinha uma profissão.

Graças à dedicação, voltamos a estudar e passamos em concursos públicos, o que nos permitiu trabalhar e libertar-nos das dívidas. Entretanto, alguns sentimentos negativos ainda permaneciam vivos dentro de mim. Especialmente aqueles causados pela relação com meu pai.

Sem notar, envolvi-me com as lembranças do passado e fui ficando uma pessoa cada vez mais fechada, fria e insensível. Não sorria, não vibrava e muito menos agradecia a vida maravilhosa que Meishu-Sama me dera. Com isso, fui afastando as pessoas de mim.

Apesar de saber que precisava mudar essa situação, tinha dificuldade de fazê-lo. Foi então que decidi começar pelo primeiro sinal que recebi de Deus e Meishu-Sama – o Johrei. Assim, intensifiquei sua ministração no plantão e também aos familiares, procurando desenvolver o amor altruísta.

Com as orientações de sermos pioneiros da salvação, esforcei-me igualmente na prática do Belo no dia a dia. Procurei ser mais atenciosa, prestativa, cortês e, principalmente, mais simpática. Meu desejo era realmente expressar a verdadeira postura messiânica.

Confirmei a importância da prática do Belo no cotidiano com uma família que mora ao lado de minha casa. Esses vizinhos tinham o hábito de fazer “festinhas” e punham o som em alto volume, começando à tarde e indo até a madrugada. Não podíamos repousar, muito menos dormir direito. Minha filha sempre dizia que precisávamos chamar a atenção deles. Respondi que iríamos realizar as práticas messiânicas.

Assim sendo, passei a cumprimentá-los carinhosamente, a ser gentil e, quando os encontrava, oferecia uma minibana (pequeno arranjo de flores). Após dois meses, eles mudaram os hábitos e, quando colocavam o som um pouco mais alto, não a ponto de nos incomodar, vinham pedir desculpas.

Dessa forma, sem nenhum questionamento, aprimorando minhas atitudes, aliadas às práticas do Belo, voltei a sorrir, a viver com alegria e, finalmente, a ser feliz.


Dica de filme
Pequena Miss Sunshine

A família Hoover é formada por pessoas que não conseguem superar as próprias frustrações ou passar por cima de muitos obstáculos. Na verdade, eles são mesmo fracassados.

A trama acontece enquanto os Hoover atravessam o Novo México, em uma velha Kombi amarela, para levar a filha caçula a um concurso de beleza na Califórnia. Ao longo do percurso, o veículo vai se transformando na personagem principal.

É que apesar das diferenças entre os membros da família, o tempo que passam dentro da Kombi abre oportunidade para eles partilharem suas experiências, aliviando o fardo de cada um. A Kombi, por sua vez, precisa ser empurrada sempre que um novo trecho da viagem é iniciado, ou seja, uma metáfora que mostra que o lugar comum a todos é o elo que permite apoiarem-se mutuamente.

O filme é uma crítica violenta ao culto à beleza, aos estigmas de vencedores e perdedores, sugerindo que a vida não é um concurso permanente. A vida é fracassar, perder, cair e, por fim, levantar-se para novamente empurrar aquela velha Kombi no caminho certo. Vale a pena conferir, porque no fundo, Pequena Miss Sunshine é uma lição de vida e tanto!

REFLEXÃO
A vida não é o sonho, conjunto de idéias quiméricas e fantasias ocas. É o sonho da perfeição, cheio das vibrações da eterna beleza.

Na Terra, a existência é quase só a dos seres que se aglomeram na cadeia das inquietações e dos desejos, os quais a transformaram num pesadelo de expectativas e ansiedades. Passa, porém, rápido, esse mau sonho e, em reabrindo os olhos nos planos espirituais, sente-se o ser liberto, na posse dos inefáveis bens da Vida, se procurou triunfar na luta de suas imperfeições. Experimenta-se, então, envolvido em claridades consoladoras, e o seu coração é como um sacrário de amor eterno e de eterna esperança.

                                                    Espírito de Emmanuel


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Consciência

Fora corrupção.Vamos viver, pelo menos, com decência!!! A formação política dos chilenos, como de todos os hispano-americanos do começo do séc. XIX, era algo de uma ineficiência gritante. Quase que sem transição, viram-se esses povos donos de seus destinos, sem preparo para a difícil tarefa de governar. Surgiram à tona todas as AMBIÇÕES.