MESPR - Movimento de Evolução Social, Político e Religioso

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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Fraqueza Espiritual

Ontem eu fui à casa de uma amiga que o filho se matou enforcado há uns 20 dias. Ele tinha 22 anos. Um jovem que parecia normal, que tinha condições de ter sucesso na vida. Inclusive, ele chegou a me ajudar num trabalho de instalação elétrica na casa de sua mãe.

Ela me contou que ele andava meio depressivo por causa do fim de um namoro e que a moça acabou casando com outro cara. Eu cheguei a ler uns textos que ele escreveu mencionando a sua tristeza. Falava muito em Deus e Jesus.
No seu entendimento, Jesus tinha que resguardar o namoro. Tinha que ter dado um emprego com um salário digno. A depressão tomou conta dele, e com isso começou a questionar Deus. Veio depois o uso de drogas que detonou mais ainda a sua mente. Aí, ficam as perguntas: se ele fosse ateu, não seria um homem mais forte? Se ele não fosse tão carente de mãe, apesar de sua constante presença mas ausente em palavras, será que cometeria esta besteira? A sua mãe é analfabeta e muito religiosa católica. Muitas vezes largava o filho de lado para servir a Deus, indo às muitas missas. Será que se ela fosse um pouco menos religiosa e mais amável com o filho, ele se mataria? Há uns 10 anos atrás, outra vizinha também perdeu o filho de 18 anos enforcado em casa. Este moleque apanhava muito do pai. Tinha um pai muito estúpido e alcoólatra. A sua mãe sempre fervorosa na igreja católica, beata de carteirinha, chora até hoje desta desgraça. São pessoas sem muito estudo que vieram de regiões de extrema pobreza que é o nordeste brasileiro.
No nordeste houve muitas guerras religiosas. Primeiro foi com os índios quando os portugueses começaram a explorar o pau-brasil e depois a cana de açúcar. Portugal mandou os padres jesuítas para converter os indígenas que tinham outra cultura, outra crença. Muitos que não aceitaram a nova fé foram queimados ou torturados. Era a inquisição no Brasil. Depois dos índios convertidos no catolicismo, em 1630 houve a invasão dos holandeses calvinistas judeus. Com isso aconteceu vários massacres religiosos. Existem relatos que crianças e adultos foram partidos ao meio por machadadas dentro da igreja. Teve um padre que seu coração foi arrancado pelas costas.
Vinte e quatro anos de domínio holandês no nordeste que sufocou o cristianismo e fez surgir a cidade de Maurícia ao qual é a Recife dos dias de hoje, afetou em muito a cabeça dos nordestinos. E, para complicar mais ainda, quando os holandeses foram expulsos do nordeste, e Portugal reassumiu a região em 1654, mais guerras religiosas aconteceram. Esta região se tornou o berço de pessoas cruéis. Daí a origem de Lampião, a história de Canudos na Bahia e outros. Juntando a miséria do local que foi destroçado pelo plantio de vastas quantidades de terras destinadas a monocultura da cana de açúcar que detonou o solo nordestino com suas queimadas para o corte, que antes era muito rico pela sua diversidade, somadas as seqüelas das guerras religiosas, se formou um local muito problemático. Ainda mais com o apelo acentuado da igreja católica que retomando a região dos holandeses calvinistas e judeus, impôs um ritmo bem acentuado nas suas inquisições de torturas e abnegação para afastar qualquer outro tipo de religião. 

Reflexão
Já passou esse tempo; o domínio das coisas não pode, hoje em dia, subordinar-se ao conceito das seitas, sejam elas filosóficas, religiosas ou científicas; têm de ceder lugar à razão, que esclarece os espíritos emancipados de fascismo de qualquer natureza, porque a época os vem abroquelando nos imperativos do Direito, do que é justo, do que é verdadeiro, sem constrangimento.
 
VEJAM
Jornal Francês Charlie Hebdo – http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_do_Charlie_Hebdo
 
 

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Será que é vergonha roubar mas não poder levar?
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Consciência

Fora corrupção.Vamos viver, pelo menos, com decência!!! A formação política dos chilenos, como de todos os hispano-americanos do começo do séc. XIX, era algo de uma ineficiência gritante. Quase que sem transição, viram-se esses povos donos de seus destinos, sem preparo para a difícil tarefa de governar. Surgiram à tona todas as AMBIÇÕES.