A deterioração geral do meio ambiente compele a produzir doenças que não podemos enfrentar. A limpeza da terra por derrubada de matas para a agricultura resultou numa erosão intensificada e em enchentes. Lavrar terras, boas para a criação de gado, mas pobres para a agricultura, produziu terrenos áridos.
Inseticidas, fertilizantes, detergentes, emanações industriais, resíduos radioativos e esgotos transformaram muitas correntes e lagos, antes claros, bonitos e produtivos, em nauseantes e letais aos homens e peixes. A extração exaustiva da água subterrânea (isto é, bombeá-la mais rapidamente do que o tempo que leva para se acumular), produziu uma deterioração permanente, mesmo em áreas de muita chuva. Na Flórida, por exemplo, o bombeamento excessivo de fontes de água fresca tornou-as salgadas. As técnicas de irrigação em regiões áridas estragaram solos, impregnando-os com substâncias alcalinas e tornando-os estéreis.
A própria atmosfera tem sido tão poluída, que o ar limpo, fresco, tornou-se uma irônica lembrança. O dióxido de carbono adicionado à atmosfera desde a revolução industrial, e a invenção dos motores de combustão interna, mudou radicalmente a composição da atmosfera como um todo. Isso está produzindo mudanças climáticas com resultados bastante imprevisíveis e potencialmente desastrosos. A nuvem de precipitação radioativa, a despeito de amplas flutuações, tem uma tendência definitiva a aumentar e aumentará ainda mais, agora que países sem obrigações oficiais e isentos de qualquer restrição ética, estão entrando no campo nuclear.
Coisas igualmente ou mesmo mais terríveis estão sendo preparados, sem que estejamos mais do que palidamente conscientes delas. Quem sabe que poções maléficas, de efeitos colaterais imprevisíveis – ou, pelo menos, certamente imprevistos – estão fervendo nos caldeirões dos laboratórios? Nós bem sabemos que enormes preparativos para uma batalha biológica de inimaginável horror estão sendo feitos sob uma capa de segredo quase completo e sem verificação ou ordem dos cidadãos, ou de seus representantes de direito.