Alberto Barduco – advogado.
Muito se tem falado sobre a discussão mantida entre o compositor Chico
Buarque e alguns rapazes, na saída de um restaurante no Rio de Janeiro, momento
em que, ainda que sem vias de fatos, e até com risadas sarcásticas de ambos os
lados, sobraram ofensas mútuas. Tudo isso pelo fato de que o compositor apóia o
PT e Dilma.
Evidentemente que todos têm o direito de expressar suas convicções
políticas, sem que por isso sejam ofendidos.
Mas, questões partidárias à parte, a culpa daqueles rapazes não é menor
do que a culpa de Chico Buarque.
Ora, primeiramente porque ele não é um exemplo de dignidade, já que
confessou numa entrevista que, quando era adolescente, roubava diversos carros
“para passear e depois destruí-los”. Disse tudo isso rindo, e sem esboçar
qualquer arrependimento.
Segundo, porque há um sentimento generalizado na população brasileira,
de que vivemos uma crise não só econômica (inflação, déficit público,
endividamento, desemprego, etc.), como também política (corrupção em todos os
níveis da administração pública, problemas na saúde, no ensino e na segurança
pública etc).
O fato de a imensa maioria dos membros do PT estar sendo acusada de
corrupção, sendo que outros já estão até presos, via “Mensalão” e “LavaJato”,
ajuda o povo brasileiro a pensar que, “se é PT, é corrupto”, daí a movimentação
do povo em torno do pedido de impeachment o qual, como todos nós sabemos, será
decidido pelos representantes do povo, mas não em nome dele, povo, e sim em
nome dos interesses políticos de cada um dos parlamentares.
Assim, uma pessoa pública como o Chico Buarque, que, aliás, recebe ou
recebeu inúmeras benesses do Governo, através da Lei Rouanet, e que, por certo
merecidamente, tem apartamento em Paris, não pode ser bem vista pela população
que está vendo um (ainda) ícone da música brasileira defender um partido
político que está no fundo do poço, com tantas acusações de corrupção (muitas
delas já provadas e com seus membros presos), e uma Presidente que demonstrou,
demonstra e por certo demonstrará, até o final do seu mandato (agora ou 2018),
que não tem nem capacidade e nem apoio popular para conduzir um país do tamanho
do Brasil.
Ainda assim, Chico Buarque tem o direito de alinhar-se com o PT, mas não
pode reclamar das críticas que recebe e vai receber por isso.
É como um vendedor de sorvete ir ao estádio do Corinthians, usando uma
camisa do Palmeiras, e reclamar porque não vendeu nada...
https://www.youtube.com/watch?v=yWmnHjPm1ys
Servidores de São Vicente
Maurício Martins – A
Tribuna
Funcionalismo de SV ameaça
greve contra escalonamento. Servidores da Prefeitura têm salários e benefícios
atrasados desde novembro e querem fim de pendências.
Os problemas em São Vicente
podem se tornar ainda mais graves nos próximos dias. Sem receber corretamente
os salários, os funcionários públicos pretendem parar até que a Administração
do prefeito Luís Claúdio Bili (PP) resolva todas as pendências com os
servidores. O resultado já é conhecido pelos vicentinos: ruas cheias de lixo,
hospital sem atendimento e escolas paradas.
No momento, a Prefeitura
vem pagando salários do mês de dezembro e entregando as cestas básicas de
novembro. Mesmo atrasados, os vencimentos são quitados de forma escalonada – a
data depende do cargo exercido. A previsão da Prefeitura, que alega
“insuficiência de caixa”, é encerrar essa parte das dívidas até dia 12.
O pagamento ao
funcionalismo municipal vem sendo parcelado há meses, o que já provocou greves
dos servidores e caos para os moradores. O prefeito não conseguiu nem sequer
pagar em dia a segunda parcela do 13º salário, que venceria em 20 de dezembro.
A presidente do Sindicato
dos Servidores Municipais de São Vicente (Sindserv-SV), Mara Valéria
Giangiulio, quer uma reunião com o prefeito hoje, durante a qual pretende
exigir que a situação seja totalmente regularizada – ou vai convocar os
servidores para outra greve geral.
“Não concordamos com esse
escalonamento. É algo confuso, ninguém sabe direito o que foi pago, nem o
sindicato, nem os servidores e nem o próprio secretário (de Administração)
Fabiano Scudeli”, diz ela.
Mara Valéria afirma que os
funcionários públicos não vão mais aceitar a condição imposta pela
Administração. “O prefeito pensa que vai começar o ano assim e ficar 2016 todo
nisso? Então ele não terá servidor trabalhando na Cidade. Vamos parar de vez”,
afirma Mara Valéria.
Não
responde
A assessoria de imprensa da
Prefeitura de São Vicente não respondeu se pretende continuar com o
escalonamento ao longo do ano e também não se posicionou sobre uma eventual
greve na Cidade.
Em nota, a assessoria
informou apenas o cronograma de pagamento dos atrasados: dias 30 de dezembro,
hoje, dia 8 e dia 12 de janeiro, especificando cada função por meio de código,
sem clareza.
Problema
sério
Durante uma paralisação dos
servidores em novembro, pelo mesmo motivo, 50% da categoria aderiu à
paralisação: em torno de 3 mil pessoas.
Na ocasião, A Tribuna
esteve em várias unidades de saúde e escolas, e todos os equipamentos
apresentavam problemas no atendimento à população.
No mês passado, os
empregados da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi)
paralisaram as atividades de varrição de rua, limpeza de canal e recolhimento
de entulho, também por falta de pagamento. A cidade ficou cheia de lixo.
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