MESPR - Movimento de Evolução Social, Político e Religioso

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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Gol de Placa

Em 1988, época em que Romário e Bebeto estavam voando nos gramados. Edicarlos da Silva Ramos era mais um entre milhões de adolescentes que entravam para o mundo adulto destroçado por um sonho frustrado no futebol. Após uma séria lesão, o jovem de 19 anos viu fracassar sua última tentativa de se firmar como jogador profissional.

Mas ele fez a derrota individual na carreira se transformar em vitória coletiva quando teve a idéia de salvar crianças carentes de outra frustração: a batalha contra o tráfico de drogas.

Como motivar a molecada a virar as costas para as drogas e para a criminalidade? Só com uma poderosa arma que ele conhecia muito bem. A bola! O símbolo do fim de um sonho pessoal que passou a ser símbolo de um sonho conjunto de moradores da área onde hoje fica a Vila Pelé.

Assim surgiu, há 26 anos, a Sociedade Esportiva Cantareira. No local, 250 meninos e 50 meninas da Vila Pelé, Mangue Seco, Vila Telma e Dique da Vila Gilda, aqui na baixada santista, treinam futebol três vezes por semana, de graça.

As atividades acontecem no segundo melhor campo de society do Estado, com direito a material e uniforme de primeira linha. Uma estrutura muito parecida com os centros de treinamentos vistos na TV. Padrão Fifa, mesmo!

Edicarlos sempre morou no Caminho São Sebastião, no Dique da Vila Gilda, e viu amigos e conhecidos trilharem caminhos opostos ao seu. Boa parte não está mais aqui para contar história. “O que eu quero é mostrar que existe o caminho do esporte e da educação. Não fosse pelo futebol e pelo Cantareira, talvez até mesmo eu tivesse tomado o rumo errado”.

Ele confessa que não foi fácil chegar onde chegou. “Peguei esse terreno encharcado, coloquei areia e abri a escolinha. Muitos parceiros ajudam com uniformes e materiais, mas até hoje tiro dinheiro do meu bolso para ampliar o projeto. Por isso, muita gente me chama de 13”, diverte-se.

Embalado por essa loucura do bem. Edicarlos conseguiu a concessão de uso da área e fez empréstimo bancário para aumentar o espaço do Cantareira. Organizou um mutirão de amigos e trabalha com eles das 7 às 22hs para construir as salas onde pretende abrir, também de graça, curso de tênis de mesa, xadrez e outras modalidades.

Para freqüentar as aulas, as crianças de 7 a 14 anos precisam ter boas notas na escola. Quem pular na maré, andar descalço ou ficar pela rua não tem vez. “Eles sabem que se forem flagrados aprontando, perdem a vaga. Como ninguém quer correr o risco, andam na linha”.
As aulas são de qualidade e contam com o ex-jogador profissional Régis Cardoso Sanches como técnico. Alguns alunos se destacam e até seguem jogando em clubes. O objetivo maior, no entanto, não é fazê-los brilhar nos campos, mas na vida.

“Não tem satisfação maior do que ver a alegria dessas crianças. Esse é o meu eterno sonho”.

Jornalista Alcione Herzog


Meus sentimentos pelo trágico acidente com o avião do Eduardo Campos. Mas fica uma pergunta: Como não investir no único aeroporto da baixada em Guarujá? Temos o Pré-Sal, fizemos e reformamos vários estádios para a Copa, e deixamos coisas mais importantes em segundo plano. Se a base aérea do Guarujá tivesse pelo menos o sistema automático de pouso o avião não precisaria arremeter-se devido ao mau tempo.

“Muitas vezes o destino te fez crer que partirias antes daqueles que havias nutrido com o beijo das tuas caricias, demandando os mundos ermos e frios da Morte. Mas, partimos e tu ficaste. Ficaste no cadinho doloroso da Saudade, prolongando a esperança numa vida melhor, no seio imenso da Eternidade. E o culto dos filhos é o consolo suave do teu coração. Acariciando os teus netos, guardas com o mesmo desvelo o meu cajueiro, que aí ficou como um símbolo plantado no coração da terra parnaibana, e, carinhosamente, colhes das suas castanhas e das suas folhas fartas e verdes, para que as almas boas conservem uma lembrança do teu filho, arrebatado no turbilhão da Dor e da Morte”.
                                                                   
                                                         Humberto de Campos


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Será que é vergonha roubar mas não poder levar?
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Consciência

Fora corrupção.Vamos viver, pelo menos, com decência!!! A formação política dos chilenos, como de todos os hispano-americanos do começo do séc. XIX, era algo de uma ineficiência gritante. Quase que sem transição, viram-se esses povos donos de seus destinos, sem preparo para a difícil tarefa de governar. Surgiram à tona todas as AMBIÇÕES.