A cada dia que passava, em vez de dissipar-se a recordação, seu coração se deixava invadir e dominar pela angústia, pelo desespero. Dom Quixote era um viajante solitário a caminhar pelo vale da desesperança. Às vezes lhe chegavam instantes de tranqüilidade; mas eram fugazes, rápidos. A paz por momentos tocada, era a paz da superfície, das aparências: cheio de beleza, a noite feita para o feriado das estrelas, a chuva abençoada no telhado, rumorosa. E, no meio dessas sensações, do mais fundo de suas entranhas, a aflição, o frio, o medo, o remorso.
Hoje, D. Quixote está mais calmo. Tiraram-lhe parte de sua vida, mas ele não descontou em ninguém seus infortúnios. Ele aprendeu algo com Jesus quando lhe apareceu no abismo. Jesus lhe falou:
- Mate o espírito para salvar o corpo.
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Será que é vergonha roubar mas não poder levar?
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