recordação
SEXTA-FEIRA, 22 DE
ABRIL DE 2011
“Governar um povo é
cuidar dos seus
filhos” – SENSITIVISTA.
É de se lamentar que não tenhamos sido vencidos por César ou Alexandre! Tão grandes transformações haveriam efetuado. Nossas qualidades naturais teriam sido consolidadas, introduziriam conhecimentos acerca do cultivo das terras e das artes, nos dariam também as virtudes gregas e romanas. Que progresso teria alcançado nossa civilização se houvesse estabelecido um clima de fraternidade e simpatia?
Mas, ao contrário, nós tivemos só exemplos de desregramentos e abusos. Aproveitaram a nossa ignorância e inexperiência, e nos ensinaram a prática da traição, da luxúria, da avareza, e fomos impelidos a atos de crueldade e de inumanidade. Tudo pelo dinheiro. Nós fomos exterminados.
Nunca a ambição incitou a tal ponto os homens a tão horríveis e revoltantes ações em Cuzco e México. Fomos trucidados tudo por causa do ouro, pérolas e pimenta. Os espanhóis enviados pelo rei de Castela, ao qual o papa, representante de “Deus” outorgara a dominação.
Eles queriam impor sua religião acrescentando ao discurso algumas ameaças. A impressão que tivemos era de que este rei deles fosse indigente e necessitado, devido à tamanha ambição. Os espanhóis mandaram queimar vivos em uma só fogueira 460 dos nossos, depois confessavam para seu Deus perdoá-los. Agora, como testemunho de sua justiça com este seu Deus pelo fato de termos nossas crenças, ou para roubarem o nosso ouro e a nossa terra?
Se estes bárbaros tinham a intenção de propagar sua religião, deviam pensar que não é de território que ela precisa apossar-se e sim de almas. Esta carnificina só poupavam os que lhe iriam servir de escravos na exploração das minas.
Montezuma (em espírito)
É de se lamentar que não tenhamos sido vencidos por César ou Alexandre! Tão grandes transformações haveriam efetuado. Nossas qualidades naturais teriam sido consolidadas, introduziriam conhecimentos acerca do cultivo das terras e das artes, nos dariam também as virtudes gregas e romanas. Que progresso teria alcançado nossa civilização se houvesse estabelecido um clima de fraternidade e simpatia?
Mas, ao contrário, nós tivemos só exemplos de desregramentos e abusos. Aproveitaram a nossa ignorância e inexperiência, e nos ensinaram a prática da traição, da luxúria, da avareza, e fomos impelidos a atos de crueldade e de inumanidade. Tudo pelo dinheiro. Nós fomos exterminados.
Nunca a ambição incitou a tal ponto os homens a tão horríveis e revoltantes ações em Cuzco e México. Fomos trucidados tudo por causa do ouro, pérolas e pimenta. Os espanhóis enviados pelo rei de Castela, ao qual o papa, representante de “Deus” outorgara a dominação.
Eles queriam impor sua religião acrescentando ao discurso algumas ameaças. A impressão que tivemos era de que este rei deles fosse indigente e necessitado, devido à tamanha ambição. Os espanhóis mandaram queimar vivos em uma só fogueira 460 dos nossos, depois confessavam para seu Deus perdoá-los. Agora, como testemunho de sua justiça com este seu Deus pelo fato de termos nossas crenças, ou para roubarem o nosso ouro e a nossa terra?
Se estes bárbaros tinham a intenção de propagar sua religião, deviam pensar que não é de território que ela precisa apossar-se e sim de almas. Esta carnificina só poupavam os que lhe iriam servir de escravos na exploração das minas.
Montezuma (em espírito)
Nossos
mortos jamais esquecem esta bela terra, pois ela é a mãe do homem vermelho
(índio). Somos parte da terra e ela faz parte de nós. As flores perfumadas
são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia, são nossos irmãos. Os
picos rochosos, os sucos úmidos nas campinas, o calor do corpo do potro, e o
homem - todos pertencem à mesma família.
Eu não sei, nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de
suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez seja porque o
homem vermelho é um selvagem e não compreenda.
Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar
onde se possa ouvir o desabrochar de folhas a primavera ou o bater das
asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo.
O ruído parece somente insultar os ouvidos.
E o que resta da vida se um homem não pode ouvir um choro
solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite?
Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmúrio do
vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna
ou perfumado pelos pinheiros.
Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família.
Há uma ligação em tudo. O que ocorrer com a terra recairá sobre os filhos
da terra. O homem não tramou o tecido da vida; ele é simplesmente um de seus
fios. Tudo o que fizer ao tecido, fará a si mesmo.
Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente,
iluminados pela força do seu Deus que os trouxe a esta terra e por alguma
razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Este
destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos
sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos
da floresta densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros
obstruída por fios que falam.
Onde está o arvoredo? Desapareceu.
Onde está a águia? Desapareceu.
É o final da vida e o início da sobrevivência.
Onde está a águia? Desapareceu.
É o final da vida e o início da sobrevivência.
Cacique Seatle
MESPR – Movimento de
Evolução Social, Político e Religioso