MESPR - Movimento de Evolução Social, Político e Religioso

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terça-feira, 20 de setembro de 2016

E se ele matasse ela?

Assim como aconteceu com o goleiro Bruno do Flamengo.

Imagine vocês, o cúmulo do cúmulo, quando uma pessoa te faz um mal terrível e, ainda, assim mesmo, você tem que ser legal com ela pra não te fuder mais ainda na vida.

Quem é o culpado do mau caráter? Vai aí uma história:

Cristo Rei (nome fictício) veio de uma família católica onde se prega “amai uns aos outros”. Com um pensamento cristão que todos são amigos e filhos de Deus. Só que em sua casa o pau quebra. Seus pais não respeitam em nada a religião que freqüentam. Fica um negócio tão esquisito na sua mente que acaba se fechando para o mundo, e se enterra em seus livros, seus estudos. Transforma-se num míope, ou melhor, num tipo de altista na sua introversão.

Cristo Rei acaba conhecendo uma moça, Maria de Fátima. Ela veio dos interiores de Minas. Foi criada na roça onde o vizinho mais próximo era distante uns 2 km. O pai cachaceiro, lugar sem igreja, escola e televisão, vida de mato mesmo. Onde até as cabras eram estupradas, imagine as meninas. E, quando vinham os forasteiros, deixavam dinheiro pra beber e se deliciar.

Maria de Fátima sai ou foge do seu lugar. Vai pra cidade grande. Arruma emprego de empregada doméstica e conhece Cristo Rei. Rapidinho os dois vão morar juntos. Cristo Rei está esperançoso em formar uma família porque sua criação é nesses moldes e não enxerga a fria em que está se metendo. Trabalha igual a um boi, feito idiota, pra construir a casinha. Maria de Fátima fica grávida e vem uma criancinha. Depois de construir a casa e o filho já com 2 anos, Cristo Rei é abatido subitamente num ataque de loucura regado a cachaça onde Maria de Fátima sem motivo nenhum puxa a faca pra ele e tenta matá-lo. Gente bêbada ou drogada é assim mesmo, não precisa motivo. Com muito esforço ele consegue tirar a faca dela. Sai pra rua pra evitar o pior. Ela, mesmo assim, muito doidona vai atrás dele dando socos, pontapés e jogando pedra. Os vizinhos ficam todos assustados. Foi o maior barraco na favela. Cristo Rei teve vários arranhões e a camiseta rasgada. Voltou pra dentro de casa, e, pra conter a loucura da mulher que começou a quebrar as coisas, acabou dando um murro certeiro na sua cara onde acertou uma veia no rosto e espirrou sangue como se fosse uma mangueira.

Cristo Rei não sabia o que fazer depois de uma hora da confusão, onde se encontrava sozinho a caminhar pensando na vida. Gastou todo o dinheiro naquela construção. Tinha também o filho de 2 anos. “Puta que pariu que mundo foda” – pensou.

Pensou em matar a mulher, mas acabou indo embora. Foi pra outra cidade, e de vez em quando ia visitar o filho. Pensão até umas horas, mas era seu filho. Teve que começar tudo do zero de novo. Foi morar no mangue em palafita porque o salário era pouco, e já vinha descontado a pensão. Sofreu mais que Jesus na cruz, pelo menos no emocional. Às vezes é melhor perder um braço do que passar por uma coisa desta. A cura da alma é muito difícil. Nas suas visitas ao filho tinha que ser legalzinho com a desgraçada pra não prejudicar o emocional do filho. Se fosse outro tinha matado ela e estaria preso. O filho jogado no mundo. Hoje, depois de 13 anos, Maria de Fátima ainda bebe, gosta de um forrozinho e, não entende ou não quer entender a besteira que fez por não ter mais miolo certo por causa da cachaça ou nunca teve, coisa que Cristo Rei na sua carência e ingenuidade não tinha notado e avaliado.

Éd Alemão





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Será que é vergonha roubar mas não poder levar?
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Consciência

Fora corrupção.Vamos viver, pelo menos, com decência!!! A formação política dos chilenos, como de todos os hispano-americanos do começo do séc. XIX, era algo de uma ineficiência gritante. Quase que sem transição, viram-se esses povos donos de seus destinos, sem preparo para a difícil tarefa de governar. Surgiram à tona todas as AMBIÇÕES.