A
religião precisa mudar seu discurso ou pragmatismo. Ela se apoderou da dita
chave da salvação se colocando em nome de Deus, mas o reino do céu será
conquistado só por aqueles que têm a verdadeira espiritualidade.
Para
sermos dignos não é necessário sermos religiosos, pois a dignidade veio bem
antes da religião. Ela é a verdadeira espiritualidade. É fazer o bem por gostar
do bem. Enquanto que muitos religiosos só querem fazer o bem pensando em não ir
para o inferno, bitolados em seus livros sagrados discriminam e se omitem em
ajudar, pecando muitas vezes por esta inércia.
Para
Aristóteles (sec IV a.C), a felicidade
não se encontra nos prazeres nem na riqueza, mas na atividade racional.
Admitindo que o pensar é a principal característica humana, conclui que a
felicidade consiste na atividade da alma segundo a razão.
No
cristianismo medieval se pregava que o aperfeiçoamento da vida espiritual teria
que ser por meio de práticas de mortificação do corpo, como jejum, abstinência,
flagelação. Essa tendência predominou na Alta Idade Média, ainda influenciada
pelos padres da Igreja católica.
Segundo
Nietzsche, o cristianismo acelerou o processo de domesticação do ser humano ao
incentivar a “moral do rebanho”, geradora de culpa e ressentimento, fundada na
aceitação do sofrimento, da renúncia, da piedade, típicos da moral dos fracos.
Por isso que os atos do homem forte são criticados pela mediocridade das
virtudes estabelecidas pela religião. Por causa disso é preciso recuperar o
sentimento de potência, a alegria de viver e a capacidade de invenção.
A
ciência está atrasada por mais de cem anos por culpa da religião. Poderíamos
hoje ter uma tecnologia que nos levasse até outros planetas. Uma sociedade mais
igualitária. Um ser humano mais espiritualista, e com um avanço mental trazendo
até paranormalidade como a de Jesus.
Um
crente me disse que Jesus vai voltar. Eu lhe respondi que não vai ser preciso
matar ele de novo. Ele me olhou assustado e quis saber porquê. Falei que Jesus
lutou tanto para nos salvar da exploração da religião dele, onde ia à Sinagoga
e chutava os tabuleiros cheios de moedas dizendo que na casa do seu pai não
poderia ter comércio nas vendas dos perdões divinos, as tais indulgências, que
se ele voltar hoje vai ter um infarto. Vai morrer do coração porque a
exploração está muito maior, e onde antes se falava em nome do seu pai, agora é
falado em seu nome.
Todos
nós temos poderes: poder de produzir, de consumir, de criar, de punir, de
comandar, poder de seduzir, de agraciar... O menos poderoso dos indivíduos tem
poderes, mesmo que secretos! Aliás, Freud percebeu com muita argúcia que certos
doentes “indefesos” manipulam pessoas, mantendo-as na sua dependência.
Diferentemente
dos animais, cujos atos são sempre os mesmos para cada indivíduo da espécie a
que pertencem, não mudando ao longo do tempo, nós desenvolvemos comportamentos
diversificados e precisamos da educação para nos tornar propriamente humanos (a
semente do bem). Muitos são os exemplos dados por antropólogos e psicólogos
sobre crianças que, ao crescerem longe do contato com seus semelhantes,
permaneceram como se fossem animais. Na Alemanha, no século passado, foi
encontrado um rapaz que crescera totalmente isolado. Kaspar Hauser, como ficou
conhecido, permaneceu escondido por razões nunca esclarecidas. Como ninguém o
ensinara a falar, só se humanizou ao se iniciar o processo de sua educação,
quando ficou constatada uma excepcional inteligência, até então obscurecida
pelo abandono a que fora relegado.
Reflexão
Quando pensamos em mitos, hoje,
imediatamente, lembramos de alguns mitos gregos, como o de Pandora, que abriu a
caixa proibida – de onde saltaram todos os males, e onde ficou presa a
esperança -, ou ainda do saci-pererê, de Tupã e outras lendas que povoaram a
nossa infância e que têm origem nas culturas indígenas ou africana.
O mito nasce do desejo de entender o mundo,
para afugentar o medo e a insegurança. O ser humano, à mercê das forças
naturais, que são assustadoras, passa a emprestar-lhes qualidades emocionais.
Assim, ele se move dentro de um mundo animado por forças que ele precisa
agradar para que haja caça abundante, para que a terra seja fértil, para que a
tribo ou o grupo seja protegido, para que as crianças nasçam e os mortos possam
ir em paz.
Os americanos criaram os seus mitos como o
superman, homem aranha, Batman, mulher maravilha, etc. Até, então, como
sentimento de vencedores da última guerra mundial, e também, uma apologia a
Cristo que andava sobre as águas, multiplicava pães, transformava a água em
vinho, ressuscitou Lázaro e outros muitos milagres.
Vejam
Mais um filho de Deus – http://escolasensitivista.blogspot.com.br/2012/04/mais-um-filho-de-deus.html
Terra Santa do Diabo - http://escolasensitivista.blogspot.com.br/2014/08/terra-santa-do-diabo.html
Coragem, Honra e Paz - https://ed10alemao.wordpress.com/2011/02/10/coragem-honra-e-paz/
Dica de Filme
O
Físico - https://www.youtube.com/watch?v=xU5sw-VFBtY